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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Obrigatoriedade de diploma de jornalismo é derrubada


Segundo a Folha de São Paulo, o STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu que para ser jornalista não é necessário o diploma da profissão. Foi uma decisão correta. Muitos jornalistas consagrados não fizeram faculdade e, mesmo assim, viraram bons profissionais.

Na minha opinião, exigir diploma de jornalista seria dar um passo para trás. Os jornais ficariam menos cultos, já que o que torna um jornal bom é a diversificação de opinião e modo de escrever. Isso acontece justamente em colunas.

Quem é melhor para escrever sobre medicina: um médico ou um jornalista? E para falar sobre leis? Um jornalista ou um advogado? Se o diploma de jornalista fosse obrigatório, médicos e advogados não poderiam se expressar em jornais. E aí, fere a Constituição de 1988 que garante a liberdade de expressão. Ninguém poderia dar sua opinião em jornais, rádios ou televisões.

Reconheço que as faculdades ensinam técnicas básicas necessárias para facilitar ao profissional o exercício do jornalismo. Um jornalista formado vai conhecê-las e aplicá-las tranquilamente. O problema é que algumas coisas não se aprendem em faculdade: senso crítico, curiosidade, ética, responsabilidade com a verdade e seriedade.

O Boris Casoy não tem diploma de jornalista, é formado em Direito. Com a obrigatoriedade do diploma, ele não poderia apresentar e nem dar sua opinião na TV. Se usarmos a imaginação ao extremo, nem a sua vizinha fofoqueira poderia fazer fofoca! Eu não poderia ter um blog. Qualquer um pode ser jornalista e narrar um fato!

A Folha de São Paulo, a ANJ (Associação Nacional dos Jornais) e a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) são contra a exigência do diploma. Já a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) são a favor da exigência.

A minha opinião é de que o curso de jornalismo é importante, mas não pode ser uma exigência para a prática da profissão.

Eduardo Franciskolwisk

Um comentário:

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