Conhecendo o Leitor

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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu tô na Folha!

promoção da folha

Quem assistiu Montros S.A. deve se lembrar de Mike Wazowski e de como ele ficou extremamente feliz por ter aparecido na TV mesmo sendo tapado pelo logotipo da empresa – “Eu tô na TV!”.

Bom, pois ontem fui informado que “Eu tô no jornal!”. Na Folha Online para ser mais preciso. Ou melhor, na verdade é no site da Livraria da Folha, mas que faz parte da Folha Online.

Como eu consegui isso? Foi simples. Um dia, entrei no site da Folha e vi o link de uma promoção. Para ganhar um livro chamado “Investimento – Como administrar melhor seu dinheiro, escrito por Mauro Halfeld” era preciso responder pelo Twitter a seguinte pergunta: “O que é ser classe média no Brasil?”.

A minha resposta foi esta: “Ser da classe média no Brasil, hoje, é não ter as vantagens dos ricos e nem as vantagens dos pobres.”. Eles me escolheram e fui um dos cinco ganhadores (veja a imagem acima e confira o que cada um escreveu).

Sinceramente, eu nem esperava que fosse ganhar. Só que ganhei e fiquei feliz por isso. Mas fiquei mais feliz porque “Eu tô no jornal”. Na Folha – um dos maiores jornais do Brasil!

Se você não acredita, clique aqui e confira.

Sei que para você, meu leitor, isto é algo insignificante e bobo. Só mesmo quando a sua imagem sair no jornal ou na TV é que você entenderá a emoção que eu e o Mike sentimos.

Eduardo Franciskolwisk

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Emoção lenga-lenga

Na semana passada, assisti ao jogo entre Eslováquia e Itália. Peguei o jogo no meio, quando estava começando o segundo tempo. Que jogão! Fazia tempo que eu não via um jogo tão emocionante como este.

A Eslováquia não estava para brincadeira e foi para cima da Itália com toda força. A Itália jogou muito mal e só reagiu depois que um jogador chamado Pirlo entrou no time. A Itália, campeã do mundo em 2006, mereceu perder. Mesmo assim, foi muito emocionante. Aquilo lá, sim, é jogo que dá vontade de ver.

Eu estava torcendo pela Itália. Nunca vibrei e torci tanto assistindo um jogo de Copa do Mundo como fiz com este jogo. Não tenho nada contra a Eslováquia, mas eu nem sei direito onde fica este país. Então, me considero muito mais italiano do que eslovaco. Por isso torci pela Itália.

A Eslováquia jogou muito bem e se nesta Copa for jogar contra o Brasil, é bem possível que nós voltemos para casa mais cedo. O nosso futebol não é mais espetáculo, agora ele é defensivo. Toquinho para cá, toquinho para lá, volta a bola, enrola um pouco, depois enrola mais um pouco e só às vezes chegamos perto do gol. Nosso futebol tem uma ótima qualidade, mas ficou muito monótono, paradão, chato. Um exemplo disso foi o jogo Brasil e Portugal. A única coisa que aconteceu foi que perdemos 90 minutos de nossas vidas à toa. Teria sido muito melhor se tivéssemos ido assistir ao filme do Pelé!

O Brasil pode até ser campeão do mundo em 2010. Mas a emoção vai ser no estilo lenga-lenga. Ou seja, os jogos serão chatos, cansativos e previsíveis.

Eduardo Franciskolwisk

terça-feira, 22 de junho de 2010

Eu vi a morte

acidente 

Quando achamos que já aconteceu de tudo conosco, vem a vida e nos desvirgina mais uma vez. Tudo tem uma primeira vez. E quinta-feira passada foi a primeira vez que eu vi uma pessoa morrer.

Carlos Drummond de Andrade disse “Eta vida besta, meu Deus” em um de seus poemas. A morte também é besta. E também é tão simples, normal e garantido que chega a dar medo. Deve ser por isso que ela nos assusta e desnorteia tanto.

Na última quinta-feira, enquanto ia de carro para Guaíra/SP pensava em como aquela estrada era perigosa à noite. Depois da ponte do rio Pardo é impossível ver as linhas luminosas (ou melhor, refletivas) no chão com luz baixa por dois motivos: o primeiro é que a terra as tapa e o segundo é que em alguns trechos da pista a linhas laterais brancas simplesmente não existem.

Do nada, os carros que vinham no sentido contrário começaram a dar sinais de luz. Estranhei tanto sinal e pensei que pudesse ter polícia lá na frente. Porém, eu estava enganado. Havia um acidente que tinha acabado de acontecer e eu, quase em pânico, parei o carro. Não sou médico, mas talvez meus míseros conhecimentos farmacêuticos pudessem ajudar de alguma forma.

O carro bateu de frente com uma ambulância. Ele ficou muito amassado (foto, esta aí a prova) e quem começou a prestar os primeiro socorros para o motorista foi o pessoal da ambulância mesmo. Eles não tiveram ferimentos graves e até fizeram a sinalização para avisar aos outros carros do acidente.

Quando me aproximei, pude ver que o motor do carro ainda soltava fumaça e o motorista estava conversando, respondendo tudo o que lhe perguntavam. Depois de uns 15 minutos, ele simplesmente parou de falar. O SAMU chegou uns 3 minutos depois do silêncio do homem e não puderam ajudar muito porque ele estava preso nas ferragens.

Tentaram colocar oxigênio nele, mas não adiantou. Neste momento, a médica disse que ele não tinha mais pulsação. Abriu os olhos dele e disse “midríase”. Na faculdade, eu sempre confundia midríase com miose, “Qual é dilatação e qual é constrição da pupila?”. Depois deste fato, nunca mais vou confundir: midríase é a dilatação da pupila e quando alguém morre é uma das primeiras coisas a acontecerem.

Eu vi uma pessoa morrer e isso me atordoou. Eu não conseguia pensar em outra coisa. Morrer é uma coisa muito besta: em um momento se está aqui e no outro não se está mais.

Me recordo de alguém perguntar para o homem se ele queria que ligasse para alguém da família dele. Ele respondeu “Ainda não” e foi embora sem se despedir de ninguém. Se fosse eu, teria ligado só para ouvir a voz de alguém familiar pela última vez. Não contaria nada do que tinha acontecido. Mas mataria o tempo conversando com alguém querido, enquanto o tempo tratava de me matar.

Eduardo Franciskolwisk

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A força não está nos cabelos

Talvez eu tenha visto muita TV. Talvez seja um trauma. Sempre que preciso cortar o cabelo me dá aflição e penso que eu não serei o mesmo. Aí, eu me lembro da história de Dalila e Sansão.

Sansão era um homem muito forte. Igualzinho o Super-Homem quando o assunto era força. Seus inimigos queriam descobrir de onde vinha tanta força e colocou uma mulher para fazer isso. Dalila conquistou Sansão e ele lhe revelou que sua força vinha de seus cabelos longos. Enquanto ele dormia, ela cortou os cabelos de Sansão e ele ficou fraquinho. Apanhava até de freira!

Sou um pouco Sansão. Acho que vou ficar fraco depois de cortar os cabelos. É uma sensação de que as coisas não serão mais as mesmas ou que algo vai mudar muito repentinamente. É por isso que eu espero “minhas madeixas” crescerem ao máximo, tanto que fica até feio, antes de cortá-las.

Mas sempre que eu corto, vejo que continuo o mesmo. O mesmo potencial, a mesma idiotice, a mesma mesmice.

Então, vou anotar só para que eu não me esqueça:

“A minha força não está nos meus cabelos. Está dentro mim, na minha alma. Ela só irá embora quando eu for embora também.”

Por isso, eu posso gritar “Eu tenho a força!” igual ao He-man. Mas com consciência de que “I´m no Superman”, como diz a música de Lazlo Bane.

Eduardo Franciskolwisk

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Estão Todos Bem

estao todos bem

 

O filme “Estão Todos Bem” fala sobre uma família que tem um pai que exige muito dos quatro filhos. Para este pai, não bastava que o filho fosse um músico, tinha de ser o maestro da orquestra. Cada um dos filhos precisava ser “o mais”, “o melhor” ou “o cara” na profissão que escolhesse.

Como já era de se esperar, a maioria dos filhos não consegue ser grande o suficiente como o pai queria. É perceptível a frustração e a vergonha dos filhos de dizer o que realmente são. Ao mentir para o pai, eles tentam evitar desiludi-lo e também fugir de mais um sermão de como deveriam ter se esforçado mais para ser o melhor.

Quando o pai percebe que durante a vida toda fez pressão e exigiu em demasia dos filhos é tarde demais. O estrago já estava feito. Não o físico, falo do psicológico. Um dos filhos se envolve com drogas e morre de overdose. Na minha opinião, foi o pai que matou o filho. Claro que não o matou fisicamente depois de adulto, mas matou o psicológico quando ele era criança.

Vocês não sabem o quanto é estranho ser bom em determinada atividade, saber disso e não ter o mínimo prazer quando alguém lhe elogia. “Eu não fiz mais do que a minha obrigação.” Vocês não sabem o que é ser melhor que muita gente, saber disso, mas se sentir um lixo.

Na minha opinião, o nome do filme é uma mentira daquelas que contamos para não preocuparmos outra pessoa. De frente ao túmulo da esposa, o pai diz “Estão Todos Bem” se referindo aos filhos. Acho que ela não acreditou muito nesta resposta porque pouco tempo atrás um de seus filhos foi morar com ela. Mas é o que nós respondemos quando alguém pergunta “Como está o pessoal?”.

Este é um filme que fala sobre distância, traumas e arrependimento. E também de como a vida continua apesar dos pesares.

Eduardo Franciskolwisk

terça-feira, 1 de junho de 2010

BIC: Podia ser melhor

Bic

Certo dia, aconteceu uma coisa incrível comigo: eu consegui terminar a tinta de uma caneta BIC. Fiquei tão feliz e empolgado! Foi emocionante! Em 27 anos da minha existência, esta foi a primeira vez que consegui usar uma caneta desta marca do começo até o final.

Então, lembrei que tempos atrás, tinha comprado 3 canetas BIC de cor azul pela internet. É obvio que fui usá-las. Ao começar escrever com uma delas veio a decepção: a caneta estava com uma tinta bem mais clara que a anterior e deslizava com dificuldade durante a escrita. Parecia que a tinta estava seca.

Resolvi reclamar para a empresa BIC. Entrei no site para pegar o 0800. Acho que não existe 0800 ou eles se esqueceram de colocá-lo no Fale Conosco (é normal passar despercebidas informações bobas como esta). Pelo site só é possível mandar um e-mail de reclamação. Aí, eles pedem seus dados pessoais e dados dos produtos que você comprou. No outro dia, eles te mandam um e-mail pedindo para que você escreva tudo de novo para confirmar. (Achei o telefone da BIC em um site de reclamações: 0800-704 45 33)

Reclamação feita, eles pedem para aguardar um portador autorizado que irá buscar o produto reclamado na sua casa e que fará a entrega dos novos.

A troca era de apenas 3 canetas, mas o pacote que chegou aqui caberia tranquilamente 3 caixas desta canetas. Uma comédia! Para que uma caixa tão grande para um conteúdo tão pequeno? Pensei que fosse melhor uma caixa grande de papel, que se degrada no ambiente, do que plástico que demora muito mais tempo para sumir. Mas as canetas dentro da caixa vieram embaladas no plástico e as que eu mandei também foram num saco plástico. No começo achei que a caixa era uma preocupação ambiental, mas percebi que eles não estão nem aí para isso. Uma empresa do porte da BIC tem de começar a se preocupar com isso.

Dentro da caixa, existia uma pesquisa de opinião. Esta pesquisa deveria ser enviada pelo correio. CORREIO? Sim, e para incentivar as respostas você concorre a um Kit bem mixuruca da BIC. É uma proposta tentadora, mas não, obrigado! Não seria mais fácil usar a internet? O número de resposta com certeza seria maior se pelo menos tivessem as duas opções. E o Kit poderia ser mais recheado. Enfim, tudo precisa ser melhorado, afinal vocês são a BIC e não o Zé da Esquina.

Para terminar, fiz os testes com as canetas e elas continuaram ruins. Estas novas deslizaram bem, mas a cor ainda estava muito clara. Então, concluí que o padrão de qualidade da caneta BIC mudou. Para pior, mas mudou. Por isso, da próxima vez que eu for comprar caneta, será da Faber-Castell ou da Pilot.

Eduardo Franciskolwisk

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