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domingo, 28 de abril de 2013

O meu pé Real de dinheiro

Eu tenho, no fundo da minha casa, um pezinho de dinheiro! Todos os meses, essa plantinha dá o seu fruto Real. Mas, aqui em casa, esse fruto real está mais para o imaginário mesmo. Todo santo mês, nós temos de, em vez de colher os frutos verdes, agüentar os frutos vermelhos. E como são amargos estes últimos! Só quem já os experimentou conhece a sensação horrível.

Para dizer a verdade, acho que não sou o único que tem um pé desses no quintal. Acho que todas as famílias têm uma igualzinha à minha porque se não a tivessem como iriam sobreviver?

E com elas acontecem da mesma forma: todos os meses, num certo dia, os frutos nascem. E é nessa hora que se vê, quais são as famílias inteligentes e quais são as burras. Não contem para ninguém o segredo que eu vou revelar agora, tudo bem? O segredo é que nas famílias inteligentes o fruto do final do mês é verdinho, verdinho e saboroso, tanto que chegamos a pensar que estamos no céu! Já os frutos vermelhos e com gosto horrível, só brotam dos pés das famílias burras!

Eu, como já disse, ultimamente tenho comido só do fruto vermelho. Juro para todos e por tudo nesse mundo: eu não sou burro. Bem, só um pouquinho... Mas vamos esquecer isso!

Achava eu, com muita certeza, que de noitinha, pessoas vinham roubar os meus deliciosos frutos verdes, deixando somente os vermelhos. Por outro lado, já pensei que eles podem fazer esse mesmo serviço durante a luz do dia, embaixo do meu nariz empinado. Porém, a pergunta é: quem os rouba?

As minhas viagens para a Europa foram canceladas, o telefone cortado, até os passeios inexistentes tornam-se insuportáveis para se ir, nunca mais vi o meu pé dar verde. Esse meu pé só está andando para trás.

E os outros trocam de carro, fumam dinheiro, compram TV, computador, rádio, moto. Sabe por quê? Porque o pé deles dá frutos verdes.

Essa história é muito chata! Entedia-me de escrevê-la. Entedia-me arrumá-la. Entedia-me porque o pé dos outros dá dinheiro e o meu dá chulé. E, acreditem-me, um pé com chulé, como o meu, é insuportável.

Eduardo Franciskolwisk

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