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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mudanças no CDB Recompensa do Santander

Para informações mais atualizadas sobre o CDB do Santander, clique aqui

cdb

Descobri uma coisa terrível: o produto “CDB Recompensa” do banco Santander já não compensa tanto assim. Minha descoberta aconteceu hoje quando retirei dinheiro da poupança para fazer uma aplicação no referido CDB.

Ele foi modificado a partir do dia 1º de julho de 2015. As taxas (% do CDI) que o banco paga agora são menores (veja a tabela abaixo). Acho que tudo foi feito às escuras porque que não vi nenhum aviso, informativo ou banner sobre o assunto no site. Muito menos apareceu uma mensagem sobre a mudança na hora de fazer o novo investimento. Me senti enganado.

Como era de se esperar, melhorou para o banco e piorou para o cliente investidor (eu e você). Bancos nunca perdem. Tem um ditador popular que demonstra bem isso: “Se alguma vez vires saltar pela janela um banqueiro suiço, salta atrás. Com certeza há algo que ganhar."

No começo, não consegui acreditar. O banco conseguiu estragar o produto que eu mais gostava. Como eu, outras pessoas também achavam que o CDB Recompensa tinha uma rentabilidade melhorzinha. Antes eu achava, agora tenho certeza. O banco não mexeria se a rentabilidade para o cliente fosse “mais ou menos”.

Liguei no 0800 do Santander e fiquei sabendo que a reformulação aconteceu por causa do cenário atual do mercado. Entendo, mas não seria melhor que mantivessem as taxas (ou que as melhorassem) para continuar atraindo os investidores? – Ou será que o cenário atual é tão ruim que não vai ter para onde os pequenos investidores correrem? – Da forma atual, o produto “CDB Recompensa” perdeu completamente a sua atratividade, justamente, por não recompensar mais ninguém da mesma forma que antes. Este investimento virou um mais do mesmo que tem por aí.

Veja como ficou a tabela de rentabilidade:

CDB Recompensa – Santander (investimento mínimo de R$ 10.000,00)

Como é:
Como era:
Prazo*
Taxa (% do CDI) –
a partir de 01/07/2015
Taxa (% do CDI) –
até 01/07/2015
Primeiros 6 meses
80,00 %
90,00 %
De 6 a 12 meses
86,00 %
94,00 %
De 12 a 24 meses
90,00 %
96,00 %
De 24 a 36 meses
95,00 %
100,00 %
De 36 a 48 meses
100,00 %
101,00 %

* Aproximado em meses. O certo seria em dias, mas aqui é só para ter uma ideia.

Mudaram também o CDB Recompensa Fácil. Já era ruim e ficou pior. Veja:

Recompensa Fácil – Santander (investimento mínimo de R$ 1.000,00)


Como é:
Como era:
Prazo*
Taxa (% do CDI) –
a partir de 01/07/2015
Taxa (% do CDI) –
até 01/07/2015
Primeiros 6 meses
78,00 %
80,00 %
De 6 a 12 meses
82,00 %
85,00 %
De 12 a 24 meses
86,00 %
90,00 %
De 24 a 36 meses
90,00 %
95,00 %
De 36 a 48 meses
95,00 %
100,00 %

* Aproximado em meses. O certo seria em dias, mas aqui é só para ter uma ideia.

Enfim, era isso. Como não achei nada na internet, resolvi criar o conteúdo por conta própria. Agora fico imaginando se outras pessoas também ficaram incomodadas com esta mudança. Tomara que sim. Não quero ser o único neste mar de inconformidade.

Eduardo Franciskolwisk

domingo, 5 de julho de 2015

A Minha Farmácia

farmacia publica

No tempo em que fiquei afastado do blog, no período de julho de 2013 a março de 2014, muitas coisas aconteceram, mas vou falar da minha vida profissional.

Voltei a trabalhar na área de farmácia e em menos de 6 menos, saí de novo.  Assim é a vida…!

Voltei para área porque tinha passado em um concurso público que pagava um valor bom comparado ao que eu estava ganhando. Então, me aventurei em viajar todos os dias até outra cidade para ser farmacêutico no SUS. Foi um aprendizado. O mais importante é que entendi porque a saúde no setor público é uma bosta droga. Tudo é no limite. Se a farmácia precisa de 10 pessoas para trabalhar bem, eles te dão 7, sendo que 2 são estagiários. Ou seja, funcionários mesmo seriam apenas 5. Não tenho nada contra estagiários. Eu já fui estagiário! Eles ajudam bastante, mas o governo colocá-los para tapar buracos de servidores efetivos é com certeza uma burrice. Estagiários são temporários e por mais que sejam bons, eles sempre irão embora. Dá até tristeza só de pensar... Porque sabemos de suas capacidades e também sabemos que quando estiverem bem treinados, o estágio termina e eles se vão.  

Os governos (todos – Federal, Estadual e Municipal) deveriam investir mais em funcionários efetivos e valorizá-los de acordo com a sua vontade de trabalhar e de aprender. Se não é possível demitir concursados, é possível estimulá-los fazendo com que mais dinheiro chegue até eles de acordo com o mérito.

A falta de pessoal junto com o desinteresse de alguns, faz com que os outros fiquem sobrecarregados. E aí o estresse vira um inimigo. Se alguém puder escolher entre um ambiente estressante e outro que apenas tem a possibilidade de sê-lo, é muito provável que este alguém tentará a sorte de uma vida mais tranquila em um novo emprego.

Foi o que aconteceu comigo. Voltei para a farmácia achando que nunca mais fosse sair e, no entanto, apareceu um outro emprego pagando um pouco menos, mas com bons benefícios. Somando tudo, ultrapassava de longe o que eu ganhava. E ainda deixei de gastar tempo e dinheiro com viagens. Enfim, além de gastar menos passei a ganhar mais fora da área farmacêutica.

Tenho recebido nos comentários deste blog bastante gente insatisfeita com a farmácia. O negócio é mudar de ramo. É a lei da oferta e da demanda. Só vão valorizar quando ninguém mais quiser ser farmacêutico (e, mesmo assim, ainda tenho dúvidas se algum dia esta profissão será valorizada).

Preciso ressaltar que o meu caso é um pouco diferente: fui forçado a fazer o curso de farmácia. Este nunca foi o meu sonho – meu sonho era ser jornalista -, porém, era o sonho de outras pessoas (embora eu imagine que não seja muita gente).

Enfim, o mundo está aí e precisamos aproveitar as melhores oportunidades. Não é porque me formei farmacêutico que sou obrigado a morrer trabalhando com isso. Posso ser o que eu quiser. Você também! Às vezes, a correnteza da vida nos leva para lugares desconhecidos. Podemos apenas lamentar ou aprender com isso e seguir em frente. Por enquanto, para mim, chega de lamentações.

Eduardo Franciskolwisk

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