Eu gosto de carnaval. Não tem aquela coisa chique, onde são necessárias calça social e camisa, mesmo estando um calor desgramado. O cabelo não tem de estar 100% arrumado e as músicas não são “bate-estaca americano”. No carnaval, a gente pode ir de bermuda e camiseta; o cabelo pode desarrumar à vontade no meio da folia; e as músicas, por mais axé que sejam, são brasileiras.
É legal ver as pessoas pulando, dançando e brincando, como se não tivessem problemas nenhum. Tem gente que não gosta porque odeia pobre suado encostando daqui e de lá. Outros não gostam porque odeiam samba. Outros porque têm pavor de axé. O que essas pessoas não sabem é que tem carnaval para todos os gostos. É só encontrar o seu.
Tenho vontade de ir num baile de máscaras, onde a gente pode pintar e bordar. Afinal, a nossa identidade será mantida em segredo pela máscara. Está bem... aquela máscara pequena não esconde ninguém de um conhecido. Mas pode funcionar numa cidade diferente. Deve ser muito legal!
Não gosto muito do carnaval aqui em Barretos. Aqui não tem carnaval de rua. Tem as escolas de samba que ganharam 100 mil reais para fazer o desfile. Seria mais útil pegar esse dinheiro e investir em uma estrutura coberta e numa banda para tocar axé e marchinhas para o povo. Os desfiles das escolas de samba são “uma droga” mesmo. Os carros alegóricos são “uma piada” e a maioria das fantasias parecem sacos com um furo para a cabeça.
O carnaval de Guaíra (SP) é muito bom. É uma delícia! Barretos devia passar por lá para conhecer. Eles fecham uma avenida e a cobrem por inteiro, colocam um palco lá na frente e telões em vários pontos da avenida. A rua fica sempre iluminada. Tocam músicas típicas do carnaval atual, ou seja, o axé; mas também tocam marchinhas antigas e aqueles samba-enredos que já ficaram famosos. O policiamento é ótimo e para entrar no local da festa não paga nada, mas você é revistado para não entrar com nenhuma arma.
Guaíra faz do carnaval o que ele é: uma festa popular. Lá eu vi uma anã, vários cadeirantes, uma menina albina (sim, o olho dela é vermelho igual ao do coelho albino que a gente estuda em genética na escola), um grupo de travestis, crianças de várias idades em plena madrugada e até um carrinho de bebê (a mãe é doida, só pode). Mas festa popular é isso: todo mundo no mesmo bloco sem dar importância para as diferenças.
Sempre tive na cabeça a ideia de que o carnaval deveria existir todo final de semana. E as boates só uma vez por ano. Seria uma boa troca. Eu ficaria mais feliz! Sei que isso não vai acontecer, mas sei também que uma vez por ano, numa noite de carnaval, vou olhar para aquela multidão pulando e dançando feliz da vida e pensar “Que festa fantástica! Como eu adoro o Carnaval!”.
Eduardo Franciskolwisk
É legal ver as pessoas pulando, dançando e brincando, como se não tivessem problemas nenhum. Tem gente que não gosta porque odeia pobre suado encostando daqui e de lá. Outros não gostam porque odeiam samba. Outros porque têm pavor de axé. O que essas pessoas não sabem é que tem carnaval para todos os gostos. É só encontrar o seu.
Tenho vontade de ir num baile de máscaras, onde a gente pode pintar e bordar. Afinal, a nossa identidade será mantida em segredo pela máscara. Está bem... aquela máscara pequena não esconde ninguém de um conhecido. Mas pode funcionar numa cidade diferente. Deve ser muito legal!
Não gosto muito do carnaval aqui em Barretos. Aqui não tem carnaval de rua. Tem as escolas de samba que ganharam 100 mil reais para fazer o desfile. Seria mais útil pegar esse dinheiro e investir em uma estrutura coberta e numa banda para tocar axé e marchinhas para o povo. Os desfiles das escolas de samba são “uma droga” mesmo. Os carros alegóricos são “uma piada” e a maioria das fantasias parecem sacos com um furo para a cabeça.
O carnaval de Guaíra (SP) é muito bom. É uma delícia! Barretos devia passar por lá para conhecer. Eles fecham uma avenida e a cobrem por inteiro, colocam um palco lá na frente e telões em vários pontos da avenida. A rua fica sempre iluminada. Tocam músicas típicas do carnaval atual, ou seja, o axé; mas também tocam marchinhas antigas e aqueles samba-enredos que já ficaram famosos. O policiamento é ótimo e para entrar no local da festa não paga nada, mas você é revistado para não entrar com nenhuma arma.
Guaíra faz do carnaval o que ele é: uma festa popular. Lá eu vi uma anã, vários cadeirantes, uma menina albina (sim, o olho dela é vermelho igual ao do coelho albino que a gente estuda em genética na escola), um grupo de travestis, crianças de várias idades em plena madrugada e até um carrinho de bebê (a mãe é doida, só pode). Mas festa popular é isso: todo mundo no mesmo bloco sem dar importância para as diferenças.
Sempre tive na cabeça a ideia de que o carnaval deveria existir todo final de semana. E as boates só uma vez por ano. Seria uma boa troca. Eu ficaria mais feliz! Sei que isso não vai acontecer, mas sei também que uma vez por ano, numa noite de carnaval, vou olhar para aquela multidão pulando e dançando feliz da vida e pensar “Que festa fantástica! Como eu adoro o Carnaval!”.
Eduardo Franciskolwisk