Conhecendo o Leitor

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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O cartão vermelho de Eduardo Suplicy



Quando finalmente, um ser eleito senador decide expressar sua indignação ao arquivamento das acusações contra José Sarney, ele vira piada. Em vez de aplausos, recebe zombaria.

Sim. No outro dia, os senadores riam e faziam piada com a cara de Eduardo Suplicy devido ao cartão vermelho que ele apresentara ao Dono do Maranhão e de metade do Amapá (aqui se lê José Sarney).

Ninguém esperava outra coisa dos senadores: rir e gozar. Já nos acostumamos com essa história de que somos palhaços. Somos tão bobos da corte que deixamos que riam da nossa cara e que gozem nela também.

Aquela história de “relaxa e goza” da Marta, ainda tem um pouco de realidade. Está todo mundo gozando, mas desta vez, não tem muita gente relaxada. Ainda não chegamos ao ponto de ir às ruas em grande massa. Deveríamos fazê-lo.

Em outro dia, José Sarney com uma voz de velhinho bonzinho disse: “O meu cartão é o cartão branco, que é o cartão da paz”. Muitas meninas se o vissem numa praça diriam “Ai, que velhinho bonitinho”, quando na verdade deveriam dizer “Chuta que é macumba”.

No outro capítulo, Suplicy dá mais uma na cabeça de Sarney dizendo que teria prazer em levantar o cartão branco depois que fossem esclarecidas as denúncias arquivadas.

Para provar que o povo está a favor do cartão vermelho, Suplicy testa a popularidade do cartão vermelho em sua página pessoal através de uma enquete. A pergunta é “Você concorda com o pedido de renúncia do senador Sarney da presidência do Senado feito pelo senador Suplicy, diferentemente da orientação do presidente do PT Ricardo Berzoini?”. Clique aqui para entrar no site oficial do senador e votar. O link para a enquete é uma frase que está no meio da página e que se mexe, indo da direita para a esquerda.

Quando eu votei, aproximadamente 90% responderam que sim, querem que o Sarney suma da presidência do Senado. Só 10% responderam que não. Esses 10% deve ser o pessoal beneficiado mais os burros de plantão.

Eu estava pensando aqui, com a minha cabeça fútil, vergonhosa e desempregada. A palavra Sarney vem do verbo sarnar (de sarna). Exemplo: eu Sarney, tu sarnaste, ele sarnou, etc. Mas o esquisito é que apesar do verbo estar conjugado no passado, ainda é o nosso presente. Presente de grego.

Essa sarna não nos deixa nem sendo expulsa pelo cartão vermelho do Suplicy. E a gente, como sempre, se coça como pode.

Eduardo Franciskolwisk

sábado, 29 de agosto de 2009

O sumiço de Belchior

Sarney (à esquerda), Belchior (ao meio) e um Robert da vida (à direita).


Está ai! Para quem queria saber o motivo do sumiço de Belchior.

Depois desta foto, até eu sumiria do mapa de tanta vergonha!

Eduardo Franciskolwisk

P.S. Teoria da Conspiração: Como é o Sarney na foto, já é bom começar a procurar o corpo no Mar... no MARanhão. Provavelmente, a arma do crime foi a má pá... AMAPÁ.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

E viva a Festa do Peão!


No final de agosto, a cidade de Barretos muda completamente. É como se ela fosse branca e nessa época ficasse preta. Durante a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, a cidade do interior ganha movimento de uma cidade grande.

Junto com esse status de “cidade grande” vêm para cá todos os prós e contras de uma cidade com tal título. Já vi roubos, congestionamento de 3 km, pista de patinação no gelo e 3 limusines (preta, branca e prata) uma atrás da outra e etc. Até o McDonald´s aparece por aqui de vez em quando.

Os tempos mudaram. Foi-se a época em que a festa do peão era uma festa popular. Ela se tornou elitizada e cara. Antes, a entrada para o parque do peão era “de grátis”. Ninguém pagava nada para bater perna e visitar a feira. O ingresso para o show do dia ou das montarias era pago à parte, só pagava quem queria ver. Agora não funciona mais assim. Agora, para entrar no parque, tem que pagar o valor do show. Querendo ou não assistir, tem que pagar. E não é barato.

Eu não acho isso justo. Se você quiser ir com seus filhos pequenos passear no parquinho de diversões, às 3 da tarde, todos terão de pagar o preço de como se estivessem indo à noite no megashow. E depois, desembolsar mais dinheiro para andar nos brinquedos. E mais para comer e beber (para ir ao banheiro, acho que ainda não precisa).

A moral da história é: “Pobre, fique em casa!”. E nessas horas, eu digo: “Yes, sir!”.

O comércio de Barretos distribui ingressos de graça para 3 dias da festa: segunda, terça e quarta. Enquanto os ricos descansam do melhor da festa, os pobres podem ir lá dar uma passadinha rápida. Tática esperta essa. Assim, os dias com menos público passam a ter mais pessoas.

Mas o que me incomoda mais é que durante a Festa do Peão de Barretos, há uns 3 shows acontecendo simultaneamente. E o pior de tudo é que não conheço ninguém que possa estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Dá a impressão de que é uma incrível promoção “Pague 3 e leve 1”. Mas é incrível para quem?

Durante 10 dias de festa, Barretos tem muitas atrações. Tantas atrações que até sobra. Porém, depois que termina agosto, a cidade passa a não ter nada. É raro ter um evento bom por aqui. E por que não pegar alguns shows bons e distribuir ao longo do ano? Assim, evitaria ter vários cantores de renome cantando um atrás do outro.

Reconheço que a festa aqui foi o que colocou Barretos no mapa. Mesmo assim, Barretos está longe de ser uma cidade turística. Terminou a Festa, acabou! Não tem mais nada, só no ano que vem. Aqui não tem cinema, não tem teatro, não tem shopping. Só tem a festa do peão.

Viva a festa do peão!

Eduardo Franciskolwisk

P.S.: Em Barretos, as pessoas não andam a cavalo e nem usam chapéu diariamente, igual no velho oeste.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Biografia do Touro Bandido será lançado (sic) dia 20



Eu não sei se rio ou se choro.

Afinal, quem compraria a biografia de um touro?

Eu entendo que ele era famoso. Participou de uma novela da Rede Globo. Mas e daí?

O título do livro é “Bandido – Touro com Alma”. Pessoalmente, acho que todos os animais, principalmente os mamíferos, têm alma. Por isso, acho que a escolha do nome do livro foi infeliz, já que dá a entender que nenhum animal tem alma. Só o Bandido, devido à sua fama.

O problema é que ele era um touro muito bravo e muitos dizem que ele era mau. Então, ele tendo alma, depois que morreu, certamente foi para o inferno. A tentativa de jogá-lo aos céus acabou por jogá-lo às profundezas da terra. Com muito fogo. O capeta teria adorado o churrasco... Se tivesse ido a carne e não, a alma.

Há outros títulos que poderiam estar no lugar do original. O livro poderia se chamar: “Touro Bandido – Vida e Obra” ou “As incríveis aventuras de Bandido”.

Deixemos o título de lado e falemos um pouco de sua morte. Esse touro foi enterrado como se fosse uma pessoa importante. Não estou dizendo que ele não foi importante para o rodeio, ele foi. Mas a notícia de que ele morreu não deveria nem ter sido divulgada. Muito menos a notícia de que foi enterrado no Parque do Peão.

Dado como morto e sendo enterrado, perdeu a magia. Ele poderia ter virado lenda, se tornado imortal e, no entanto, virou apenas um possível churrasco desperdiçado.

Ele morreu e ninguém mais precisa ter medo dele. E não venham me dizer que a alma dele reencarnou em algum outro touro, porque essa não vai colar.

Agora, me perguntam por que eu coloquei o “sic” no título. É um erro tão bobo. Com certeza é um erro bobo. Mas na hora que eu li eu pensei num filme do Riquinho, no qual ele tinha um brinquedo que chamava “Lança-Criança”. Sim, imaginei o Bandidão sendo lançado pelos ares numa coisa que pode se resumir em um “estilingue gigante”. E foi só por isso que eu coloquei o sic lá no título. Se bem que depois, eu imaginei mais coisas...

E no meu avatar no MSN nesse exato momento tem a seguinte frase:

“As coisas podem piorar, você é que não tem imaginação.”

Inspirado pelas palavras acima, vou tentar piorar o título deste post que é o mesmo encontrado no site de Os Independentes. O resultado é este:

“Touro Bandido lança autobiografia em noite de autógrafos depois de ter morrido.”

Será que dá para piorar? Dá sim. É só ter uma imaginação fértil como a minha. E eu adoro hambúrguer.

Eduardo Franciskolwisk

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Estrela cadente


Na madrugada de sexta para sábado, 15 de agosto, fiquei acordado até as 4 da manhã na esperança de ver uma chuva de meteoros.

Essa chuva de meteoros aconteceria cruzando o nordeste do céu. Que maravilha! E onde seria o nordeste do céu? Calma, para isso que inventaram os pontos cardeais e a Rosa-dos-ventos. Até então, para mim o sol nascia no Oeste e ponto final. Sorte minha que sou desconfiado de mim mesmo. Graças ao Google (Aquele que tudo sabe e nosso Salvador) pude saber que o sol nasce no Leste. Eu sempre confundo: Leste e Oeste. Se pensarmos bem, muito para Leste já é Oeste.



Bancando o astrônomo, mirei os olhos para o céu. Depois de quase uma hora olhando para cima, o pescoço já estava doendo e eu resolvi fazer o pedido antes mesmo de ver a chuva de estrelas cadentes acontecer. Dizem que as estrelas cadentes podem realizar desejos. Então, eu fiz o meu pedido: “Eu quero ver uma estrela cadente.”. Fui modesto e no meio de uma possível chuva de meteoros, fiz um pedido só. Que não se realizou.

Desisti às 5:30 da matina. Como eu já esperava, não vi nenhuma estrela cadente cruzar o céu. Mas vi: 3 aviões, 1 morcego e 1 OVNI. Esse OVNI (Objeto Voador Não Identificado) estava mais para um disco voador do que para uma estrela cadente. Ou seja, claro que não era um disco voador, porém duvido muito que fosse uma estrela cadente. Era um ponto do mesmo tamanho e brilho de uma estrela média, mas andava no céu a uma velocidade constante. Por isso, se fosse um disco voador, com certeza seria um modelo Fusca.

Fotografei e filmei. Na foto não apareceu nada. No filme, muito menos! E eu estava crente que ia ter uma foto igual a essa aqui debaixo para ilustrar a minha postagem que teria o título de “Meteoro nada. É o cometa Halley”.




Não sei o porquê, mas a estrela cadente que eu nunca vi, não realizou meu desejo. Está certo que fiz o pedido antes de ver a estrela cadente. Só que isso não é desculpa. Dizem que a língua do Universo é a matemática. E a matemática diz que a ordem dos fatores não altera o produto. Sendo assim, o meu produto foi alterado. Não funcionou! Fiquei revoltado! E caso eu não veja nenhuma estrela cadente nesses próximos dias, vou ao PROCON reclamar.

Embora tenha desregulado o meu sono que tinha acabado de regular. Mesmo que provavelmente eu não veja nada além da lua e das estrelas de costume. Sempre que houver a mínima possibilidade de ver algo novo, me esforçarei para estar lá.

Eduardo Franciskolwisk

P.S.1: Estrela cadente é um meteoróide que ao entrar em contato com a atmosfera da Terra sofre intenso atrito e é aquecido. O aquecimento é tão grande que o meteoro pode chegar a pegar fogo. Assim, ele passa a emitir luz própria e, então, pode ser visto pelas pessoas.

P.S.2: Um meteoróide ao entrar em contato com a atmosfera de um planeta, dá origem a um meteoro.

P.S.3: Ao contrário do nome, a estrela cadente não é uma estrela caindo do céu. Então, não é quando a cola que gruda a estrela lá no céu está fraca, desgrudando lentamente até que a estrela caia no chão do espaço. Mas bem que poderia ser...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

La mia bugia


Todo mundo aprendeu na escola que a Itália é uma bota!


Eu morei durante quase dois anos na Itália. Não fiquei em uma cidade só, vivi em Roma, Florença, Milão, Nápoles e em Bari. O que eu fui fazer em Bari eu não sei, mas fui. Fiquei quase um ano só em Roma. Lá tem bastante coisa para conhecer e fazer. Só de andar pela rua já é algo legal de se fazer. Vira e mexe, você topa com ruínas de Roma Antiga, algumas com mais de 2 mil anos de idade.

Fui sem dinheiro e também voltei sem dinheiro. Não consegui guardar nada. Mas valeu cada centavo (ou cêntimo, se preferir). E em Roma, advinha qual era o meu trabalho. Não é piada. Eu entregava pizza. Zueira! Eu não entregava, mas ajudava a fazer e a comer. Comia pizza de graça! E morava de graça também. Isso é que é sorte. Eu morava e comia na pizzaria.

No começo eu tinha muita dificuldade em falar italiano. Depois, com o tempo, melhorou bastante. Ainda não é perfeito, mas é quase. Entender era mais fácil, porque as pessoas faziam gestos. Mesmo assim, eu estudava 30 minutos todos os dias. Eu estudava com os livros do filho da minha patroa. Ele tinha 8 anos... Bem, temos que considerar que em relação à língua italiana, eu era analfabeto.

Conheci o Coliseu, o Vaticano, a Torre de Pisa (em Pisa, claro!), algumas praias da Itália, o centro histórico de Florença, a Fontana de Trevi e muitas outras coisas que eu nem sei o nome.

Mora na Itália é bom. Eu gostei e penso em voltar para lá.

Eduardo Franciskolwisk

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A gripe da educação


O Governo de São Paulo aconselhou “carinhosamente” que as escolas suspendessem as aulas por 3 semanas, devido à gripe suína. Além das férias de julho, muitos estudantes ganharam de brinde mais 20 dias de pura sombra e água fresca.

As aulas foram suspensas para evitar que muitas pessoas permaneçam juntas em locais fechados, facilitando assim a transmissão do vírus. Mas eu me pergunto:

E o metrô de São Paulo também vai parar de funcionar?
As salas de cinemas vão parar de exibir filmes?
Ônibus e aviões continuarão a fazer viagens?

E até em local aberto eu ouso perguntar:

Não deveriam proibir as pessoas de irem ao estádio assistir jogo de futebol? Um espirro que alguém dê ali já transmite o vírus para umas 5 pessoas que estão por perto.

E aqui em Barretos, para piorar, a famosa Festa do Peão começa bem na semana que o Governo estabeleceu para recomeçar as aulas. Pois bem, nessa semana e na outra, aqui não costuma ter aula. E o costume vai continuar. Aulas agora só em setembro. Ou talvez, não.

Sinceramente, não sei se a gripe suína já chegou aqui em Barretos. Mas eu tenho certeza que, se ela ainda não chegou, vai chegar depois da Festa do Peão. Vem gente de vários países e, principalmente, de várias partes do Brasil. E aí, fica impossível, de alguém não fazer a gentileza de trazer consigo o vírus.

Pode ser que tenha um surto pós-Festa. Com o surto em Barretos, provavelmente, vão querer parar as aulas novamente e aí vai mais 3 semanas. Ou seja, aulas só em outubro. Será que vai ser assim?

O que me incomoda é que para estudar o Governo aconselhou (na minha opinião, exigiu!) que tudo ficasse parado, mas para as festas, o trabalho, os shoppings, os metrôs e os cinemas, ele não disse nada.

Deveríamos estar levando uma vida normal. E quem pegasse a gripe suína que fosse se tratar. Caso houvesse algum surto em alguma cidade, aí sim, as aulas deveriam ser suspensas. Mas suspender as aulas num país onde a educação já é precária é o mesmo que dizer “O ensino é tão ruim, que as pessoas indo ou não para a escola dá no mesmo. Não vão aprender nada!”.

A gripe suína é, de certa forma, um surto passageiro. Já a educação brasileira está doente há décadas. E o vírus que causa a doença se chama Governo.

Eduardo Franciskolwisk

P.S.: O vírus influenza A (H1N1) – nome bonito do vírus que causa a gripe suína – não é mais letal do que o vírus da gripe comum. As pessoas morrem por complicações da doença quando não são diagnosticadas ou tratadas da forma correta.

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