Depois de um dia inteiro de trabalho, o homem, chefe e dono de uma empresa, desliga seu computador e pega suas chaves do carro. Estava na hora de ir embora e como sempre, antes de sair, disse aos empregados que ficariam trabalhando durante a noite:
– Não aprontem nenhuma durante a minha ausência. Caso contrário amanhã estarei sabendo de tudo, bando de idiotas!
Abriu e entrou no carro e, como sempre fazia, foi pela mais movimentada e congestionada rua da cidade só para mostrar seu carro, zerinho e último modelo.
– Como eu adoro esta vida! Ter o que os outros não têm é bom demais! – pensou.
Realmente, o carro era lindo, chique e chamava a atenção de toda a rua. Para o homem o que mais importava é que o carro era caro. O mais caro de todo o mundo.
Foi em um semáforo que aconteceu. Parado e esperando o sinal abrir com a janela aberta, apareceu, não se sabe da onde, como mágica, um garoto de doze anos de idade.
– Eu estou com fome – disse o garotinho.
O homem, com um olhar cínico e de desprezo, disse:
– Mata o homem e come!
E deu gargalhadas na cara do garoto continuando a esperar que o sinal abrisse.
O garoto, então, tirou a sua automática que até agora estava escondida na cintura e deu três tiros no homem. Dois pegaram na cabeça e um no peito. Com o mesmo ar cínico, mas feliz por ter arrumado a janta, disse:
– Matar eu já matei, agora só falta comer!
Eduardo Franciskolwisk
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