Conhecendo o Leitor

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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Mensagem para quem vai passar o Ano Novo sozinho

 
Para algumas pessoas, o final do ano é marcado como uma época triste. Deve ser por causa das emoções que vêm à tona e invade nossos corpos da cabeça aos pés.
 
É um período em que lembramos do tempo em que éramos crianças, de quando tudo era inocente e belo aos nossos olhos e a esperança de um futuro melhor era real.
 
Lembramos também daquelas pessoas queridas que estiveram com a gente e que já não estão mais. Lembramos da falta que elas fazem e isto faz o coração doer um pouquinho.
 
Aí, recordamos dos tempos de adolescentes em que sempre estávamos cercados de amigos. A felicidade e energia cósmica pareciam nunca ter fim. Hoje, olhamos para o lado e não vemos ninguém. Estamos sozinhos.
 
É... Vamos passar o réveillon sozinhos. E por isto resolvi escrever esta mensagem para você e para mim.
 
O final do ano traz consigo o encerramento de um ciclo e o início de um outro. E querendo ou não, fazemos uma retrospectiva em nossas mentes sobre o que foi bom e o que foi ruim. Às vezes, as más lembranças vêm em maior quantidade e não podemos mudar o passado. Podemos apenas moldar o futuro, porém precisamos de forças para isto. Desejo isto para você: tenha força.
 
Eu gostaria de pensar que o final do ano é apenas o fim de um mês que por acaso é o último do ano e não tem nada de especial nisto. Alguém aí se sente mal quando termina maio e começa junho? Mas não é bem assim, né? Há um simbolismo muito forte de esperança e mudança no início de um novo ano. Embora eu já não a tenha mais comigo, desejo isto a você: tenha a esperança de que dias melhores virão.
 
Além de desejar que você tenha força e esperança no novo ano que vai nascer, peço que seja você a força e a esperança deste mundo. Seja gentil. Seja compreensivo. Seja paciente. Seja íntegro. Seja verdadeiro. Seja engraçado. Seja amável. Seja civilizado. Seja o exemplo a se seguir.
 
Seja tudo aquilo que você quer ver no outros. Assim o ano novo será melhor. Se você não conseguir pelo menos tentou.
 
Se você acha que precisa mudar alguma coisa, mude. E lembre-se de que a verdadeira mudança acontece todos os dias e exige esforço. Ela não acontece num dia mágico à meia-noite com fogos de artifício explodindo fazendo barulho e iluminando o céu escuro.
 
Eu resolvi passar a virada de ano novo sozinho porque foi assim que me senti durante o ano todo. Então, faz sentido para mim que termine assim também.
 
Não se sinta sozinho ou sozinha. Juntos com você na mesma situação há inúmeras outras pessoas. E para todos vocês eu desejo:
 
Feliz Ano novo! Mesmo que aos trancos e barrancos.
 
Eduardo Franciskolwisk

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Passar o Natal sozinho ou mal acompanhado?


Como já é praxe minha, vou falar do Natal deste ano. Ainda não sei se vou ou não participar, mas com os argumentos que vou citar, é mais provável que eu não participe.
 
O Natal este ano será na casa de uma irmã e, obviamente, eles convidam quem eles quiserem. Então, eles convidaram a família de um primo nosso. Um primo por parte do nosso pai. Para mim ele é distante. Em 38 anos de existência, nunca sequer foi cogitada ou imaginada a remota possibilidade de passarmos algum Natal com alguém da família do meu pai.
 
E eu não faço questão nenhuma da família do meu pai e principalmente da família deste primo (com exceções, claro). Então, eu que já estava desanimado desde outubro deste ano por causa de uma depressão média, desanimei ainda mais.
 
Eu não quero ir neste Natal e já comecei até pensar em que vou comer e beber no meu Natal sozinho. Vai ser lasanha pronta com batatinha palha e guaraná. De sobremesa será sorvete de flocos com paçoca. E sem encheção de saco e birrinhas egoístas dos humanos. Para mim está ótimo.
 
Apesar de sermos distantes do meu primo, os filhos dele e os filhos das minhas irmãs são próximos, acho que são amigos e se dão bem. Além disso, a esposa dele é super legal.
 
O problema é que meus tios vão estar lá. Já são velhos, sei lá com que idade. Mas eles me incomodam muito.
 
Minha tia é (ou era) daquelas que vai em festas chiques de clubes de ricos e comem enquanto fala com você, fazendo com que a boca dela vire um metralhadora de comida. Uma nojeira.
 
Meu “tio” não me considera sobrinho. Ele é bem esquisito. Um dia quando adolescente, encontrei ele em um banco e cumprimentei “Oi, tio, tudo bem?”. Ele disse “Não sou teu tio, não. Eu nem te conheço”. Podia ser uma brincadeira? Podia, mas não era. Antes disso, ele não me cumprimentava na rua e depois disso, também não. Antes eu achava que ele não me via por distração, depois passei a ter certeza que ele fingia não me ver. Hoje eu também finjo que não vejo ele na rua, viro a cara e assim todo mundo fica feliz.
 
Outro fato bizarro e que mostra a índole deste “tio” foi uma época que ele queria comprar a parte da minha mãe ou a minha parte, não me lembro bem, numa casa que era do meu avó. Ele ligou oferecendo uma mixaria. Eu falei que este não era o valor da casa e que ela valia mais. Ele surtou e falou que se eu não quisesse vender, eu tinha que comprar a parte dele. Ele achou que eu não tinha dinheiro. Eu falei “Tudo bem, por este valor eu compro”. Ele respondeu “Mas para eu vender o valor não vai ser este, vai ser bem mais caro.”. Aí, eu puto da vida falei “Não, se você quer comprar por este valor, tem que vender por este valor. Ninguém aqui é trouxa”. Ele desligou na minha cara e não se falou mais no assunto. Ainda bem, pois eu não tinha dinheiro nenhum.
 
Quanto ao meu primo, acho que ele segue os passos do pai, mas de uma forma mais moderada. Daqueles que diz “Eu estou sem dinheiro agora...”, mas acabou de viajar para um lugar caríssimo ou acabou de trocar de carro. Tem como confiar em uma pessoa assim? Não! Outra coisa é não tenho assunto para falar com ele e nem quero ter. Se a coisa não deu certo antes, não é agora que vai dar. Bem... se depender de mim, não.
 
Estas não são as pessoas com quem eu quero passar o Natal. Só de imaginar eu ver estas pessoas e ter que fingir felicidade com elas, me dá canseira. Eu até finjo felicidade por pessoas que eu gosto, mas fazer isso por gente sacana é demais para mim.
 
Eu tenho preconceito com a família do meu pai, com o meu pai e até comigo por ser filho dele.  
 
Além disso, hoje aconteceram algumas coisas bem desanimadoras e estranhas aqui em casa relacionados com a minha mãe. Nada muito diferente do que aconteceu durante o ano, mas eu estou realmente cansado disto tudo e quanto mais eu puder evitar é melhor.
 
Como tenho escrito outras vezes, o espírito natalino não é o mesmo de anos anteriores. E em cada ano que eu me animo um pouco mais, como no ano passado por exemplo, acontece alguma coisa que me deixa frustrado. O espírito do Natal morreu em mim.
 
Minha decisão hoje é: eu não vou no passar o Natal com estas pessoas.
 
Eduardo Franciskolwisk

sábado, 3 de abril de 2021

Termômetro do Blog

Olá, Leitor
 
Preciso saber se alguém lê este blog.
 
Estarei usando este mês de abril como um termômetro para o blog. Sei que ele está meio abandonado e meio ultrapassado, mas enfim...
 
Então, se você gosta deste blog responda a enquete no link abaixo:
 
Clique aqui: Enquete antiga que ninguém respondeu em 2020 (isto me deixou preocupado...)
 
Não é preciso se identificar, caso não queira.
 
Depois eu vou ver quantas respostas eu recebi e pensar se devo ou não continuar a publicar textos aqui.
 
Eduardo Franciskolwisk 


Atualização em: 01/05/2021
 
Olá, pessoal
 
No mês de abril foram 3 repostas na enquete. Quero agradecer às pessoas que responderem e se importaram em dar um retorno para mim. Mas este número é muito baixo para um blog que tem 14 anos. Sei que a moda dos blogs já passou, mas eu esperava mesmo que tivesse mais leitores.
 
Eu não vou dizer que não publicarei mais coisas por aqui porque estou meio preso ao blog (no bom sentido pois ele me ajuda), mas preciso tentar fazer outras coisas.
 
Sendo assim, estou pensando em continuar escrevendo, mas não publicar. Desta forma não preciso revisar, nem ler e reler várias vezes para tentar dar um texto de qualidade. Já pensei em mudar de plataforma, mas acho que nesta me encaixo mais.
 
Vou tentar não olhar para ele diariamente, como sempre faço. Vamos ver se consigo. Desânimo, esta é a palavra. Se dedicar e não colher frutos. Hoje é um dia triste, os últimos dias não foram bons.
 
Provavelmente, eu não vou conseguir me afastar daqui, mas preciso tentar.
 
Até breve!

terça-feira, 23 de março de 2021

Queimando formigas



Quando eu era criança, uns 9 ou 10 anos, estudava em uma escola estadual. Lá as crianças tinham o hábito de levar produtos químicos e buchinhas para limparem suas carteiras antes de começar a aula.
 
Então, eu entrei na onda e comecei a levar meu kit limpeza de carteira. Tinha bucha, um frasco antigo de desodorante, daqueles de espirrar, com produtos de limpeza e um pano para secar. Às vezes o que tinha dentro do frasco de desodorante era álcool e às vezes, detergente. Este kit sempre ficava na minha mochila.
 
Um dia, eu estava brincando no quintal e vi uma formigona. Sim, das grandes. Fiquei com medo dela me morder porque um dia uma formiga gigante me picou e doeu muito. Aí, eu não queria repetir a experiência, então, resolvi matar ela. Eu queria matar ela, mas eu precisava ficar a uma boa distância dela para não correr o risco dela me pegar de jeito e de me imobilizar.
 
Foi aí que eu me lembrei do meu frasco de desodorante que tinha álcool e resolvi que seria uma boa ideia queimar ela viva. Fui até a cozinha como quem não queria nada e surrupiei uma caixa de fósforos. Com tudo o que eu precisava em mãos, fui à caça à formiga. Joguei álcool, acendi o fósforo, taquei fogo nela e vi ela queimar até a morte.
 
Eu gostei muito desta ideia, por isso sempre que eu achava uma formiga grande, ia correndo pegar meu kit incendiário, quero dizer, meu kit de limpar carteiras escolares. Aí, eu fazia da mesma forma, jogava álcool nela e depois acendia um fósforo. E ela queimava.
 
Fiz isto até não ter mais nenhuma formiga grande no meu quintal.
 
Me lembro do dia em que eu avistei uma formiga bem diferente das outras, ela era maior ainda. Aí, pus fogo nela também. Depois disso, as formigas sumiram. Hoje, fico imaginando que podia ser a formiga rainha e que eu matava tanta formiga que não deu tempo dela procriar outras e teve que ela mesma ir buscar comida. Aí, ela me encontrou. Desde então, as formigas grandes do meu quintal foram oficialmente extintas. Nunca mais encontrei nenhuma.
 
Hoje, eu penso no absurdo que era: uma criança com álcool e fósforo na mão. Penso em como eu poderia ter me machucado ou colocado fogo na casa inteira, com ou sem intenção.
 
Penso também que psicopatas assassinos judiavam de animais quando crianças e os matavam como se a vida deles não valesse nada. Aí eu me pergunto se sou meio psicopata por isto, mas acho que não. Eu só matava formigas e mato até hoje. Mato também baratas envenenadas toda semana e se eu fosse psicopata, uma sociedade inteira seria psicopata juntamente comigo porque há inúmeros supermercados que vendem inseticidas sem nenhuma piedade destes animais. Nem os protetores dos animais vai contra a matança de insetos.
 
Eu me lembro até hoje de imaginar que as formigas viviam como os humanos de forma secreta e por isso, quando eu matava uma formiga, minha foto aparecia nos noticiários de TV do “Canal das Formigas” e uma formiga repórter anunciava que eu estava matando todas elas e que era para ficarem longe de mim.
 
Sei lá, mas vejo uma certa semelhança dos meus atos infantis com a Igreja Católica. É o mesmo lema: se incomoda, basta queimar vivo na fogueira.
 
Eduardo Franciskolwisk

sexta-feira, 12 de março de 2021

Depressão depois de velho é sorte



A depressão pode aparecer em algumas pessoas quando elas ainda são jovens, sejam crianças ou adolescentes. Há outras pessoas que nunca sofrerão deste mal, nascem e morrem sem saber o que é depressão e algumas delas ainda fazem questão de expressar “sabiamente” que esta doença “não é nada, é uma frescura!”. Por outro lado, há aqueles que vivem a infância, adolescência e adultez sem depressão, mas são capturados por ela quando chegam na velhice. E eu me peguei pensando em quão sortudos são estes idosos que conhecem a depressão após uma vida de felicidade.
 
Tenho uma tia que agora, com pouco mais de 60 anos, foi trocada por uma mulher mais jovem. No começo, era só uma traição descoberta, porém, com o andar dos acontecimentos a troca definitiva foi efetuada. E aí, ela não aguentou o tranco e entrou em uma depressão profunda. Tentou se matar algumas vezes e foi internada em uma clínica psiquiátrica. Talvez nunca mais volte a ser como antes. Após, 40 anos de casamento, além dela, estão envolvidos na bagunça dinheiro, bens, filhos e netos.
 
Imagino que seja bem difícil para uma pessoa que está chegando na velhice ter depressão grave, mas não posso deixar de me comparar e de desejar estar no lugar dela. Como estas pessoas são sortudas! Eu queria muito ter depressão só com 60 anos e não ter tido com 16, com grande possibilidade de ter iniciado antes. Eu queria que minha alma tivesse morrido quando eu estivesse velho, mais perto da morte, do que quando adolescente, mais perto da vida.
 
Eu me pego pensando no caso dela: sempre foi alto astral, sempre teve vida financeira boa, sempre teve muitos amigos, sempre ia em bastantes festas e, além disso, já tem filhos adultos e netos adolescente que moram quase todos com ela. Além disso, sempre soube que era traída. Sei disso porque me lembro da minha tia conversando com minha mãe e avó sobre este assunto quando eu tinha uns 13 ou 14 anos.
 
Então, eu fiquei meio sem entender porque desta vez, depois dos 60 anos, o cérebro dela resolveu espanar. Tudo está a favor dela: tem dinheiro, casa, carro, filhos, netos, ou seja, muito mais coisas para se preocupar nesta idade do que com homem. Eu acho que esta é uma boa idade para levar um pé na bunda: já tem tudo e ainda perde o parceiro que só dava trabalho. Na minha opinião, isto é uma benção e não uma maldição. Ela ganhou liberdade.
 
Na hora da comparação, cagado sou eu que tenho depressão, fobia social, ansiedade e pânico desde adolescente e não tive tratamento na época. Tudo era considerado como viadagem ou frescura minha. Hoje, com 37 anos, eu não tenho amigos, ficante, namorada, casamento, filhos ou casa pra chamar de minha. O que eu tenho é desânimo da vida. Falta vontade até para as festas de família, encontrar as minhas irmãs ou meus sobrinhos. Fiz uma faculdade que não era a dos meus sonhos porque não tinha dinheiro para me mandarem para outra cidade. Tenho que trabalhar aguentando assédios e falta de educação para poder não morrer de fome ou não morar debaixo da ponte quando eu for expulso desta casa.   
 
Aí, quando uma pessoa sadia, que viveu a vida ao máximo, fica em depressão depois de velho, é um escândalo! Todo mundo em volta faz muito barulho. E devia ser o contrário, o escândalo deveria ser feito quando jovens que não tiveram nenhuma experiência têm depressão e continuam sem energia e ânimo para adquirirem estas vivências. Para estes casos, como o meu, o máximo que as pessoas fazem é dar de ombros e dizerem “Ah, ele é esquisito mesmo...”.
 
Então, infelizmente, eu considero ter depressão depois de velho um golpe de sorte. Muita Sorte. É um rabudo com um rabo bem grande mesmo. Eu queria ter sido assim. Azar é a alma ter morrido jovem e o corpo continuar com vida.    
 
Eduardo Franciskolwisk

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

O buraco e saindo dele

Depois da postagem “Caindo no Buraco”, venho oficialmente informar que caí mesmo dentro dele. Sorte minha que desta vez não caí tão fundo. Mas não foi um buraco qualquer, foi um buraco de respeito.
 
Depois daquela postagem as coisas pioraram, como era de se esperar. Não sei se era a época do ano, Natal e Ano Novo – família e um novo ciclo chegando – ou se foi a pandemia que nos tirou a rotina e nos colocou para esperar ansiosamente pacientemente por um futuro melhor (que nada mais é do que a normalidade que já tínhamos antes).
 
Uma coisa que eu venho pensando bastante é: a ansiedade e a depressão não me paralisam. Ouço dizer de pessoas que não conseguem trabalhar ou fazer suas obrigações diárias e até higiene pessoal. Pensando nisto, tentei entender porque isto não acontece comigo. A resposta que me veio à mente é que como eu tive depressão desde sempre (acho que desde criança) eu me acostumei a conviver com ela. Eu não tinha opção: ou fazia as coisas essenciais ou não ia ser ninguém.
 
Por outro lado, analisando bem, a depressão e a ansiedade (culpo mais a ansiedade) me paralisaram em algumas outras partes essenciais da vida, por exemplo, o lado afetivo, de relacionamentos. Como eu julgava isto não tão importante, ele foi ficando de lado. Então, fiquei sem reação nesta parte que não é, num primeiro momento, questão de sobrevivência.
 
Neste meio tempo aconteceu uma coisa que me deixou um pouco chateado. Me colocaram no grupo de Whatsapp da família para combinar as comemorações de Natal – mesmo com a pandemia, diga-se de passagem. Neste grupo estavam tios, primos, incluindo esposos, papagaio e etc., ou seja, era aqueles grupos com todo mundo onde inevitavelmente vai dar confusão.
 
Eu já não estava no grupo porque algumas pessoas ficavam me alfinetando, dando indiretas. Aí me puseram de volta por causa do Natal. Eu até que me animei, achei que seria uma boa ideia diante da minha crise de ansiedade que estava passando. No entanto, teve algumas “discordâncias” a respeito do presente da brincadeira “Amigo da Onça”. Eu queria que não pudesse ser chocolate pois teve um ano que pôde ser qualquer coisa e todo mundo (a grande maioria, na verdade) só levou chocolate. Aí, trocar um chocolate por outro chocolate não teve graça nenhuma.
 
No início todos concordaram, mas depois, uma família resolveu que podia sim levar chocolate e que cada um dava o que quiser. E no meio da conversa, uma pessoa feminina disse algo assim: “Eu já participei de vários “Amigo da Onça”, mas tem gente que não entende como funciona. Também só quem tem amigo pode entender disso.”
 
Isto foi uma indireta para mim querendo dizer: “Você não tem amigos”. Isto em dezembro de 2020. Eu tenho uma postagem de junho de 2009 chamada “Eu não tenho amigos”. Será que ela acha que me contou alguma coisa que eu não sabia?
 
Pois bem, duas coisas me chatearam: a intenção e a indireta. A intenção era me deixar para baixo: conseguiu. E eu já estava em uma crise existencial. A indireta foi para mim, óbvio, me chateou sim porque eu estava trocando ideias, conversando, na boa. Foi covarde. Odeio indiretas. A indireta é a arma do covarde. Ele solta a frase com a intenção de ferir e quando atinge seu objetivo e não aguenta suas consequências, tem a possibilidade de argumentar que a indireta foi entendida de forma errada.
 
Então, eu saí do grupo e a minha intenção é nunca, nunca mais participar de Natal nenhum com esta família. Depois eu fiquei sabendo que este pessoal induziu uma tia a ter uma crise suicida. Pois é, este é o nível da maioria dos seres humanos.
 
Do dia 1º de janeiro de 2021 até o dia 15, eu passei praticamente chorando o dia todo. Ou seja, eu caí no buraco. Depois, fui melhorando com uma pequena recaída agora no início de fevereiro. Mas já estou bem melhor. Espero que não aconteça mais nada que me puxe de volta para o buraco. Uma coisa importante é que eu sei que não saí dele, ainda estou saindo. 
 
Eduardo Franciskolwisk

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