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sábado, 25 de maio de 2013

É burrice?

Teatro

De duas, uma: ou sou meio burro ou sou um burro por completo.

Por que será que eu nunca consigo entender uma peça teatral?

Eu já até resolvi não gostar de assistir teatro. Evito ir. Em algumas peças as linguagens são antigas e chatas, em outras não consigo ouvir direito o que o ator está falando e perco a história. Enfim, cada dia é uma coisa.

Porém, hoje, resolvi tentar de novo. Fui ao teatro assistir a uma peça chamada “Os amigos dos amigos”, me esforcei ao máximo para prestar atenção e entendi praticamente tudo. As atrizes eram boas, consegui ouvi-las perfeitamente, a forma com que elas encenaram foi bem atrativa, a história foi interessante e me prendeu. Só que não entendi o final. Para mim não houve final. Nunca consigo entender o final direito, ou seja, nunca sei aonde os atores, o diretor e o escritor querem chegar. Acho que o problema sou eu. Não sei o porquê, mas não consigo enxergar o “tchan” da coisa.

Agora estou com um vazio na minha mente. Tenho a sensação de que uma peça do quebra-cabeça está faltando. Fiquei no vácuo! De novo. E de novo não gostei.

Eduardo Franciskolwisk

sábado, 11 de maio de 2013

Minha crise dos 30 anos

Estou prestes a completar 30 anos e o sentimento que tenho é o de que sou um fracassado. Nada do que planejei na vida deu certo.

Não tenho amigos. Não virei escritor famoso, nem jornalista. Não tenho namorada. Não tenho filhos. Não tenho um emprego em que eu me sinta valorizado intelectual e financeiramente, muito menos tenho meu próprio negócio. Não conheci o mundo e também não consegui mudá-lo.

Em algumas vezes, quando vejo ou penso na vida dos meus conhecidos, sinto pena de mim mesmo. E aí eu me pergunto: “Onde foi que eu errei? O que eu fiz para dar tão errado assim?”.

Estas perguntas são amenizadas em meus pensamentos porque descobri que tenho fobia social. E junto com isso descobri também que ao longo da minha vida fiz várias “coisinhas” erradas que resultaram na pessoa perdida que sou hoje. E estas “coisinhas” viraram monstros para mim. Elas ficaram grandes demais e a pessoa em que me tornei ficou pequena. O tempo não volta, portanto, é impossível consertá-las.

Quando eu penso no que eu gostaria de ter feito e sido, sinto vontade de chorar. E mesmo com os olhos cheios de lágrimas, não consigo pensar numa solução.

Vejo as pessoas trabalharem normalmente e se sentirem bem com isto (ou seja, sem entrar em pânico). Algumas vezes, sinto inveja delas. Cada respiração diferente que sinto no meu trabalho me dá desespero. Se isso acontecesse às vezes seria normal ou suportável, mas comigo acontece todos os dias. Só o fato de eu pensar em atender alguém me deixa muito ansioso.

Vejo as pessoas saírem com os amigos; namorando, casando e tendo filhos. Aí, vejo-as tendo dinheiro o suficiente para criá-los com dignidade (escola boa, comida boa, cabeça boa, etc...). E quando olho para mim, vejo que fiquei para trás. É como se eu tivesse parado no tempo.

Hoje, eu estou triste.

Se eu pudesse voltar atrás, faria várias coisas diferentes. Embora eu ache que algumas vezes, as decisões erradas que tomei foram porque, na verdade, não tive escolha.

Não consigo manter contato por muito tempo com uma pessoa. Amigos de infância se foram. Amigos de adolescência se foram (embora conversemos). Amigos de faculdade se foram. Amigos de trabalho nunca tive. Ultimamente, até na internet as pessoas não conversam mais comigo. Talvez eu pegue pesado com as pessoas. Talvez eu faça isso porque sempre pegaram pesado comigo (ou fingiam que pegavam e eu acreditava...). Enfim, isso já não me importa...

Eu sei que é ridículo, mas eu cheguei ao ponto de ter pena de mim mesmo. Tenho vergonha de mim mesmo.

Acho que desisti da vida e só estou esperando a morte.

Não fiz nada da vida e é improvável que eu o faça.

Isso seria uma crise ou é só minha ficha caindo?

Eduardo Franciskolwisk

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