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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Viagem a Portugal e Espanha – Museu Nacional de Arqueologia


Dia 3 – Lisboa

Tarde

A tarde deste dia era “livre”. Ainda decepcionado com a correria que me impediu de conhecer a Torre de Belém por dentro, foi oferecido um passeio para Sintra, Cascais e Estoril por “só” 50 euros (na época eram 250 reais, arredondando para cima). E como eu sei que consigo me foder ferrar sozinho, não preciso pagar ninguém para isto acontecer. Então, preferi não ir neste passeio e ficar onde estava para aproveitar e conhecer de verdade aquele lugar em que eu já estava.

O mais estranho é que a CVC e a SpecialTours não levam as pessoas que não querem ir neste passeio pago de volta para o hotel. Eles deixam as pessoas ali e elas que se virem para voltar. Dali eles já vão direto para o outro passeio. Na minha opinião, isto é errado e eles tinham que levar as pessoas que não vão de volta ao hotel, caso este seja o desejo deles porque eles pagaram por isto. Ainda mais em se tratando de pessoas idosas.

Como decidimos não ir a Sintra, Cascais e Estoril, fomos abandonados ali mesmo. Achei o máximo: isto significava que poderíamos explorar o lugar com mais calma.

Frente do Lisboa Card

Verso do Lisboa Card

Compramos um Lisboa Card de 24 horas para mim e outro para minha mãe no valor de 20 euros cada um. Pelas minhas contas, valeria a pena, pois com ele você pode andar de transporte público quantas vezes quiser dentro da validade do cartão. Então, a minha ideia era voltar para o hotel de ônibus (em Portugal chamado de autocarro), bondinho (chamado de elétrico) ou metrô (metro). Mas isto não aconteceu, pois minha mãe quis voltar de táxi. Então, eu não conheci o transporte público de Portugal, mas queria muito ter tentado voltar ao hotel desta forma para comparar a qualidade do transporte público deles com a nossa.

Mesmo não utilizando o transporte público, economizamos € 1,00 cada um com o Lisboa Card. E ainda furamos algumas filas (não sabíamos disso).

Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa

Entrada do Museu Nacional de Arqueologia

Fiquei encantado com o Museu Nacional de Arqueologia. Não esperava nem 10% do que vi quando entrei lá. A entrada custava € 5,00.

Não vou detalhar este museu em postagem explicando as fotos porque a postagem que fiz sobre o MNAA, dividida em 4 partes, foi um fracasso de visualizações. Então, ninguém curtiu e deu muito trabalho para fazer. Sendo assim, vou colocar uma foto ou outra e contar algumas coisas.

O legal deste museu é que são coisas muito antigas e que sobreviveram até os dias atuais. Tem artefatos de 6 milênios antes de Cristo, ou seja, com aproximadamente 8 mil anos de idade. 

Binha
Neolítico Antigo (6º - 5º Milênio a.n.e.)

Aprenda mais aqui:
  • Binha é um vaso bojudo e de gargalo estreito, geralmente de barro, usado para água, leite, vinho e outros líquidos potáveis.
  • A abreviatura a.n.e. significa “antes da nossa era”. É o mesmo que “antes de Cristo” (a.C.).

  
Você tem vontade de colocar a mão nas peças do museu? Pois saiba que no Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa é possível fazer isto. Há algumas peças que estão expostas justamente para serem tocadas. É bem legal. Veja algumas:

Machado de Pedra Polida
Neolítico

Inscrição Funerária
Época Romana

Elemento Arquitetônico
Época Medieval
  
Moedas! Eu coleciono moedas. E foi bem legal ver algumas da época do Império Romano.

260: Sestércio de Marco Aurélio – 174-175 d.C.
261: Sestércio de Gordiano II – 240 d.C.
262: Antoniniano de Galiano – 266 d.C

264: Numus de Constantino I – 320 d.C.
265: Numus de Constâncio Galo – 351-355 d.C.

Neste museu há muitas peças egípcias. E eu quando adolescente era muito fascinado pelo Egito e seus mistérios. Eu queria entrar neste museu só para ver uma múmia e um sarcófago daquela época.

O Olho de Hórus
Império Novo – 1560-1070 a.C.

Busto Faraônico
Época Baixa ou Ptolemaica





Não sei se já comentei aqui no blog, mas eu estudei e aprendi a ler os hieróglifos. Por isto, traduzi a mensagem da placa que está abaixo.

Placa com um maldição egípcia:
“Aquele que visitar este blog
e não voltar nunca mais,
seja homem ou seja mulher,
cairá em desgraça.
Para não morrer picado pela cobra
ou comido pela coruja,
o Olho de Hórus tudo vê,
volte a este blog todos os dias
e quem não fizer assim
amaldiçoado estará nas areias 
desta Terra e no pós-vida.”

“Não blasfemei contra deus,
Não tirei os bens do pobre
Não fiz sofrer,
Não fiz passar fome,
Não fiz chorar,
Não matei,
Nunca fiz mal a ninguém.”
Livro dos mortos (do capítulo 125)

Estatueta de Ptah-Sokar-Osíris
Madeira pintada e folha de ouro
Época Baixa ou período Ptolemaico

Sarcófago de Pabasa
Período Ptolomaico

Sarcófago de Pabasa
Período Ptolomaico

Sarcófago de Pabasa
Período Ptolomaico

Sarcófago de Irtieru
Época Baixa

Sarcófago de Irtieru
Época Baixa

Vaso de Vísceras com Tampa
Época Baixa

Múmia Humana
Período Ptolomaico
  
Máscara Mortuária da Múmia
Período Ptolomaico


Múmia Humana (detalhes)
Período Ptolomaico

Múmia Humana (detalhes)
Período Ptolomaico

Múmia Humana (detalhes)
Período Ptolomaico
  

Múmia Humana (detalhes)
Período Ptolomaico

296 a 300 – Moedas de Bronze
Período Ptolomaico
301 – Amuleto
Época Greco-Romana

O que mais me surpreendeu neste museu foi a sala do ouro, uma exposição chamada “Tesouros da Arqueologia Portuguesa”. Eu nem imaginava que esta sala existisse. Lá dentro não pode tirar fotografias e para entrar é preciso passar por um detector de metal. O sistema é bruto e para eu entrar foi bem parecido com a nossa entrada nos bancos brasileiros: quase fiquei pelado. OK... exagerei um pouco.

Desabafo mode on – Fiquei nervosinho.

Primeiro, tirei tudo o que eu tinha de metal e coloquei numa caixa. Tentei entrar e fui barrado. Tirei até o cinto e neste momento eu já nem queria entrar mais naquela bosta de lugar porque uma fila se formou atrás de mim. Me senti um assaltante armado até os dentes da mesma forma que já estamos acostumados a nos sentir quando vamos aos bancos no Brasil. Eu falei que não tinha mais nada de metal e mesmo assim o detector me denunciou. Aí, eu lembrei da doleira junto ao corpo e que tinha moedas nela. Então, eu tirei a doleira como se estivesse tirando minha calça e consegui passar pelo detector de metal.

Isto me estressou muito, o português grosso, como de costume, me estressou mais ainda e eu já estava pensando em ir embora sem ver aquela desgraça. Mas como eu já estava quase tirando a cueca, pensei “Já cheguei até aqui e aí dentro deve estar a Coroa de Portugal e outras joias, então, vou entrar e ver esta coroa porque deve ser parecida com a Coroa da Rainha da Inglaterra”. Não era bem assim. Afinal, ali só tinhas objetos antiquíssimos, de escavações arqueológicas. Mas não deixou de ser surpreendente.

Se eu tivesse uma arma, vocês acham mesmo que eu ia passar pelo detector de metal? Eu ia era dar um tiro no português mal-educado. E usaria uma bazuca para quebrar os vidros blindados que protegem as peças do acervo.

Desabafo mode off.

Na sala tem muitas peças antigas de ouro e também várias pedras preciosas nas quais tinham desenhos microscópicos. Eu me preguntei como eles faziam aquilo antigamente.

Foi muito legal porque lá tinham 40 moedas romanas de ouro. Eu queria uma para minha coleção. Fiquei em dúvida sobre as moedas expostas: “São áureos ou denários?”. Então, mandei um e-mail (na verdade, foram dois) para o Museu perguntando se eles poderiam me tirar esta dúvida. Eles “gentilmente” não me responderam. Provavelmente são áureos ou soldos que eram moedas de ouro dos romanos. Os denários eram de prata.

Como eu já disse antes, era proibido tirar fotos na sala do ouro e eu obedeci à regra. Mas alguém não obedeceu e aqui embaixo está a foto com as 40 moedas de ouro. A qualidade da foto não está boa, mas temos que considerar que ela foi feita por um espião corajoso. Como o museu não respondeu ao meu e-mail, estou replicando a foto como forma de “retribuir o carinho”.

Moedas de ouro
Época do Império Romano
Dúvida: são áureos ou soldos?

Depois, passamos por um salão enorme em que tinha muitas lápides de sepultura, algumas estátuas e estatuetas e alguns mosaicos. Está parte é bem chata, uma coisa para se fazer apenas uma vez na vida e nunca mais.

Lápides de Sepultura ou Altares?
Não sei direito o que são.

Saímos do Museu Nacional da Arqueologia e fomos conhecer o Mosteiro dos Jerônimos por dentro. Leia e veja as fotos na próxima postagem.

Eduardo Franciskolwisk

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Deduzi que minha irmã deu a bunda para passar na UNESP




Outro dia eu estava estudando matemática com o meu sobrinho de 10 anos. Minha irmã chegou para levar ele no futebol, mas ainda não havíamos terminado de estudar toda a matéria. Aí, eu perguntei por que ela não estudava com ele depois do futebol e ela respondeu que não podia porque não sabia matemática.

Isto me deixou muito puto da vida porque eu também não sei matemática e estava estudando com ele. Qualquer idiota adulto, com um diploma de nível superior, que pegar a matéria do livro de uma criança de 10 anos e ler, vai relembrar. E mesmo que não saiba, basta ler a matéria da 4ª série (5º ano) e não será difícil aprender.

Quando ela respondeu que não podia ajudar o filho porque não sabia matemática, eu pensei duas coisas: ou ela é preguiçosa e não quer ajudar o filho ou ela é retardada mental e não consegue aprender uma matéria que, normalmente, é ensinada a crianças de 10 anos.

Algo não encaixava. Veio à minha cabeça uma pergunta muito simples. Qualquer CSI a faria. Como uma mulher formada pela UNESP não sabe uma matéria da 4ª série?

A única resposta plausível é: sacanagem; putaria; suruba; bacanal. Não tem outra explicação. Ela deu a buceta ou a bunda para poder entrar na faculdade. Ou forneceu o pacote completo: fez as duas coisas e incluiu ainda um chup-chup.

Imagino que seja impossível entrar na UNESP sem saber o básico do básico de matemática.

Ninguém. Repito: ninguém no mundo, que não saiba matemática básica do 5º ano, conseguiu entrar na UNESP, USP ou Unicamp. Já nas universidades particulares é outra história...

Então, como ela não tem muita inteligência, deduzi que ela “deu” para alguém para ingressar na universidade. Prefiro pensar que ela é uma retardada mental que não consegue reaprender porcentagem a pensar que ela é uma mãe preguiçosa que não pode e não quer ajudar o próprio filho nos estudos.

Eduardo Franciskolwisk

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