Sábado passado, eu estava chegando em casa junto com a minha mãe. Enquanto descíamos do carro, vinha pela calçada, subindo a nossa rua, um carinha jovem. Ele passou pela gente, minha mãe entrou. De repente, ele deu meia-volta e veio na minha direção:
— Oi, senhor! Sabe o que é? Eu podia tá roubando, podia ser um marginal! Mas eu não sou assim!
“Ninguém é!”, pensei comigo! Aliás, quando ele começou com esse lindo discurso de “coitadinho de mim”, eu já tinha certeza: “Ele vai me pedir alguma coisa”.
O maior barato dessas pessoas que “poderiam estar” roubando, matando ou mexendo com droga é que elas “poderiam estar” trabalhando, mas nenhuma nunca pensou nessa hipótese. Deve ser tão bom e prático pedir, que elas nem tentam trabalhar... matar... roubar... dar a bunda... traficar... “Pra que isso, gente? Pedir é muito mais fácil!” – deve ser a filosofia.
— Eu bebi umas pinga ali no bar e agora só tenho dois reais – disse pegando do bolso duas notas de um real.
— Eu tô com fome! – ao dizer isso, pegou a camisa com as mãos e a levantou, mostrando a barriga. Barriga bem definida, no estilo tanquinho. Sabe aquela que todo mundo sonha? Me senti humilhado! A minha barriga saliente, ou melhor, salientíssima até encolheu tentando disfarçar. Mas não teve jeito, ela já estava traumatizada. “Quer trocar de barriga?” quase perguntei.
— O senhor não tem aí algum dinheiro pra eu comer alguma coisa? –
“O quêêê?” perguntei para mim mesmo. “Não estou entendendo o que esse cara está dizendo. Ele está me pedindo dinheiro sendo que ele já tem?” O homem queria ficar milionário às minhas custas ou só achava que com dois reais não dava pra matar a fome? Bom, eu com dois reais na mão, faço milagres. Deve ser por isso que a minha barriga está tão grande.
Então, mesmo com dinheiro no bolso, olhei pra ele e disse:
— Hoje, eu não tenho nada, cara! – virei as costas e entrei em casa.
Qual resposta que ele queria ouvir? O homem assumiu que gastou o dinheiro com pinga; tinha uma barriga sarada, muito melhor que minha e ainda tinha dinheiro para matar a fome. Acho que era um “Não”. Além disso...
Não dei dinheiro pra ele porque se ele comer a probabilidade da barriga dele ficar igual a minha é enorme (igual a minha barriga). Nós não podemos fazer para os outros aquilo que não desejamos para a gente.
Eduardo Franciskolwisk
— Oi, senhor! Sabe o que é? Eu podia tá roubando, podia ser um marginal! Mas eu não sou assim!
“Ninguém é!”, pensei comigo! Aliás, quando ele começou com esse lindo discurso de “coitadinho de mim”, eu já tinha certeza: “Ele vai me pedir alguma coisa”.
O maior barato dessas pessoas que “poderiam estar” roubando, matando ou mexendo com droga é que elas “poderiam estar” trabalhando, mas nenhuma nunca pensou nessa hipótese. Deve ser tão bom e prático pedir, que elas nem tentam trabalhar... matar... roubar... dar a bunda... traficar... “Pra que isso, gente? Pedir é muito mais fácil!” – deve ser a filosofia.
— Eu bebi umas pinga ali no bar e agora só tenho dois reais – disse pegando do bolso duas notas de um real.
— Eu tô com fome! – ao dizer isso, pegou a camisa com as mãos e a levantou, mostrando a barriga. Barriga bem definida, no estilo tanquinho. Sabe aquela que todo mundo sonha? Me senti humilhado! A minha barriga saliente, ou melhor, salientíssima até encolheu tentando disfarçar. Mas não teve jeito, ela já estava traumatizada. “Quer trocar de barriga?” quase perguntei.
— O senhor não tem aí algum dinheiro pra eu comer alguma coisa? –
“O quêêê?” perguntei para mim mesmo. “Não estou entendendo o que esse cara está dizendo. Ele está me pedindo dinheiro sendo que ele já tem?” O homem queria ficar milionário às minhas custas ou só achava que com dois reais não dava pra matar a fome? Bom, eu com dois reais na mão, faço milagres. Deve ser por isso que a minha barriga está tão grande.
Então, mesmo com dinheiro no bolso, olhei pra ele e disse:
— Hoje, eu não tenho nada, cara! – virei as costas e entrei em casa.
Qual resposta que ele queria ouvir? O homem assumiu que gastou o dinheiro com pinga; tinha uma barriga sarada, muito melhor que minha e ainda tinha dinheiro para matar a fome. Acho que era um “Não”. Além disso...
Não dei dinheiro pra ele porque se ele comer a probabilidade da barriga dele ficar igual a minha é enorme (igual a minha barriga). Nós não podemos fazer para os outros aquilo que não desejamos para a gente.
Eduardo Franciskolwisk
hahaha
ResponderExcluiro cara tem uma barriga tanquinho, deve ta cheio de mule e ainda reclama? vc fez bem em nao colaborar com o problema da obesidade heh
Eu também podia estar trabalhando, mas estou aqui comentando.
ResponderExcluirVi hoje um pessoal que é super descolado e está passeando pelo centro da cidade com uma caixinha pendurada no pescoço pedindo colaboração pro natal...
Bem melhor do que varrer, capinar, carregar saco de lixo... e dá mais dinheiro.
Parabéns pelo Blog e pelo bom gosto (Laura Pausini) heh!
Bom, não gosto muito de dar "esmolas" a homens. SEi lá, já penso logo que é pra gastar com pinga mesmo. E outra, o certo seria ele sair para pedir serviços e não dinheiro. Há quem mereça, já outros que abusam.
ResponderExcluirGostei daqui.
Obrigada pela visita lá no meu:
http://digaoquequiser.blogspot.com
desgraçado vc!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkk
bela desculpa pra n dar a grana, mas onde eu moro se n der eles tomam!
kkkkkkkkkkk
Nossa!
ResponderExcluirConcordo em todas as partes, axo q esse q 'poderiam estar roubando, matando ou se prostituindo' tbm 'poderiam estar estudando, trabalhando, ou simplesmente longe de um bar'.
Meu pai é autônomo, tem um cara que ajuda ele, que tem vários problemas, mas meu pai disse, enquanto ele estiver aqui TRABALHANDO eu ajudo, eu acho que é isso, quem trabralha recebe!
kkkkkkkk
ResponderExcluirja passei por isso inumeras vezes...
agi da msm forma.
porem motivos diferentes.
Mais que espertinho você em?!
ResponderExcluirSua namorada deve sofrer, cada justificativa criativa que ate convence se a trair. kkkkkkkkk
parabéns pelo texto-confisão.
bjinnn
Confissão*
ResponderExcluirhahahahahahahaha
ResponderExcluirgostei
heehoeeoh
ResponderExcluirbom. prosa boa, blog com boa aparencia.
parabéns ae. volto mais vezes.
Po, Eduardo, eu vim aqui porque vc me mandou um scrap falando do meu blog e não pude deixar de - pelo menos - vir aqui ver o seu, né?!
ResponderExcluirEntão...após ler esse texto aí resolvi comenatr e durante a leitura pensei em várias coisas pra escrever...
Mas é mt relativo, pois eu não estava na hora, mas mesmo assim, quando vc diz:
"O maior barato dessas pessoas que “poderiam estar” roubando, matando ou mexendo com droga é que elas “poderiam estar” trabalhando, mas nenhuma nunca pensou nessa hipótese."
Sabemos bem que mts não tem toda essa oportunidade, ou vc acha que é onda pra eles ficar o dia inteiro se humilhado e pedindo dinheiro de baixo de um sol quente, sendo esculhado por uma penca de gente?!
Porém, já que ele disse que gastou com dinheiro, eu tb não daria...
sobre ele estar com 2 reais, realmente dá pra comer...
rsrs
enfim...
tenho mts visões sobre o post...
mas achei a sua análise mt fria...
abraço aí!
tb gostei do seu blog, apesar da divergência aqui, né?! rsrs
vlw
Muito escroto esse mendigo...rs... Pelo menos usa da sinceridade. Pior são aqueles que inventam doenças na família e mil coisas. Eu tenho por filosofia não dar esmola a ninguém, muito menos a crianças.
ResponderExcluirTrabalhar?
ResponderExcluironde já se viu?
Pedir é melhor :D
Ahhhhh adorei a desculpa!!!
ResponderExcluirE cara de pau do cara!
Tem gente pra tudo no mundo mesmo!
eu hein!
Sempre pensando em fazer o bem ao próximo! Hehehehe bem pensado!
ResponderExcluirbeijos
www.outroblogdamary.com