Conhecendo o Leitor

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sábado, 21 de novembro de 2009

Farmácia de proprietário farmacêutico

farmacia blog

Outro dia eu perguntei para a Presidente do Conselho. “Por que não fazem uma lei que exija que todos os donos de farmácia sejam farmacêuticos?”. Dei exemplos: “Os médicos são donos de seus consultórios, os dentistas também, por que não farmacêuticos como donos de farmácias? Assim, a visão de lucro deixaria de estar em primeiro lugar.”.

Ela respondeu: “Não podemos exigir isso. Qualquer um que quiser, pode montar uma clínica de médicos ou de dentistas, desde que lá existam médicos e dentistas exercendo suas atividades. Então, qualquer um pode montar uma farmácia desde que tenha um farmacêutico trabalhando lá.”.

Tenho de reconhecer, foi uma boa resposta! Porém, só em um primeiro momento. Basta pensarmos e encontraremos uma falha. Médicos e dentistas atendem a seus pacientes em uma sala fechada. Não há ninguém mais para dar palpite na relação profissional-paciente. Já na farmácia, todo mundo está ali do lado, ouvindo e dando palpites. Quanto mais o cliente levar, melhor; mesmo se ele não precisar de nada. O dono fica ali do lado ouvindo tudo, prontinho para reprovar qualquer ato que não dê lucro.

A nossa situação é diferente! Não podemos considerar que é igual à de médicos ou dentistas. Para situações diferentes, soluções diferentes. É preciso mudar a forma de vermos o mundo porque o mundo nos vê de uma forma diferente.

Enquanto os donos de farmácia não forem farmacêuticos, continuarão vendendo medicamentos controlados sem receita médica, bebidas alcoólicas (junto com o kit churrasco) e remedinhos abortivos.

Não podemos tirar das pessoas (de qualquer um) o direito de abrir uma farmácia. Mas poderíamos incentivar os farmacêuticos para que abram seus próprios estabelecimentos. Como? Facilitando o acesso a crédito em bancos. Ou seja, empréstimos a juros baixos para que o profissional possa montar sua farmácia por completo.

Assim, o processo de transformar as farmácias em estabelecimentos de saúde seria bem mais rápido e a qualidade nos serviços seria melhor. É uma questão de saúde pública.

Não podemos esquecer que isso seria enriquecedor para a profissão, pois quem mandará na farmácia não é ninguém além do farmacêutico.

O parágrafo abaixo é intrigante. É também a nossa realidade. Precisamos parar para pensar nisso:

Um consultório não funciona sem o médico. Uma padaria não funciona sem o padeiro. Uma escola não funciona sem o professor. Um bordel não funciona sem a prostituta. E a bendita farmácia funciona sem o farmacêutico! Por quê?

Eduardo Franciskolwisk

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

“Ser farmacêutico é...”

medico_ou_farmaceutico

Ando meio desiludido com a minha profissão. A farmácia tem um mercado de trabalho muito amplo. Mas a verdade é que somos desvalorizados tanto pelos “patrões” como por nós mesmos.

A farmácia é um comércio. Donos de farmácia que não são farmacêuticos não querem nem saber da saúde da população. O importante é vender e ficar rico. E o farmacêutico (que é empregado) não se dá ao luxo de ir contra a opinião de quem paga seu salário.

Nessas horas, virão os “sabichões da teoria” e dirão: “Mas o farmacêutico tem que se impor! Se não é respeitado naquele lugar, deve sair e procurar uma outra farmácia para trabalhar. Simples assim!”. Seria simples se não fosse complicado.

O buraco é mais embaixo. Não há como se impor sem poder. E quem tem poder é quem tem dinheiro. Este sim é o manda-chuva. O manda-chuva é o “dono-proprietário”!

Quem abre uma farmácia sem ter curso superior na área almeja lucro. Para ele tanto faz se é remédio ou produtos de R$ 1,99. O importante é que o negócio dê lucro. Mesmo que o custo disso seja a saúde de uma população.

Existem casos (e você pode confirmar isso a qualquer momento) onde a farmácia não tem farmacêutico. Só o dono e um outro ajudante. Cadê o farmacêutico? Não está lá, sabe o porquê? Porque ele é completamente desnecessário. Sim, é desnecessário. Somos dispensáveis.

Somos um pneu estepe. Não precisam da gente para vender. Se precisassem, não haveria farmácia sem farmacêutico. Somos usados só na emergência. Chegou o fiscal, mostra o farmacêutico. E se o negócio feder, aí sim, a culpa é do farmacêutico. Não deveria ser assim. Mas é!

O farmacêutico não é respeitado. Tem uma rede em São Paulo na qual se trabalha 9 dias (8 horas diárias) e descansa 1. Mas, peraí! E o descanso semanal? E o máximo de 44 horas semanais? E a Constituição Federal? Foda-se a Constituição! Pelo menos pagam algum tipo de adicional? Claro que não! Eu vou trabalhar nessa rede? Sim, quando a água bater na bunda e não tiver outra opção. E ainda vou agradecer por ser explorado e desvalorizado.

A desvalorização também é responsabilidade dos farmacêuticos que aceitam trabalhar por metade do piso com a desculpa “Melhor isso do que nada”. E vai chegar um ponto onde todos (e eu também) teremos que aceitar a metade do piso salarial porque, realmente, ela é melhor do que nada.

E no final da história, o profissional que queria seguir o caminho correto vai entortando devagarzinho e muda de rumo. Os princípios mudam. Quem passou anos trabalhando pensando no lucro não vai de uma hora para outra pensar em saúde. Mesmo que seja farmacêutico e tivesse o sonho de mudar o mundo através do seu trabalho quando recém-formado.

Eduardo Franciskolwisk

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Democracia ditatorial

Já te pediram para escolher algo e te deram só uma opção?

Hoje, pela segunda vez na vida, votei para eleger os representantes do Conselho da minha profissão.

E pela segunda vez, só existia uma Chapa. Esta chapa era composta por: presidente, vice-presidente, tesoureiro e secretário geral. Esta era a única opção que existia e ainda me mandaram escolher. Eu me esforço, mas não consigo entender uma coisa dessas. Será que é só para ter efeito legal?

E ainda está escrito assim na cédula “Assinale no círculo, apenas 1 (uma) chapa”, como se a possibilidade de assinalar inúmeras outras existisse. Isso não tem lógica, é incoerente.

cedula blog

Imagino que quando um bandido tenta te estuprar ele te dê as opções: “Ou dá ou morre!”. Quem escolhe é você.

Para que fazer eleição quando só tem um candidato? É o mesmo que escolher entre seis e meia dúzia. Não há escolha. Dá a impressão de que estamos fazendo parte de uma democracia ditatorial, mesmo sabendo que isso não é verdade.

Eduardo Franciskolwisk

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Frases Filosóficas Fantásticas

frases filosóficas fantásticas

“A maioria das pessoas é pessimista. Ao ouvir um barulho no meio da noite, quantos pensam num filantropo em missão secreta para redistribuir sua fortuna?”

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