Eu poderia ser o Super-Homem. Mas não, eu sou um superpreocupado.
A minha preocupação exagerada faz com que eu seja uma pessoa ansiosa, ou melhor, extremamente ansiosa.
Não sei dizer ao certo, mas acho que quase todas minhas preocupações começam com “E se....?”:
E se não der certo?
E se ela não gostar de mim?
E se eu telefonar e acabar atrapalhando alguma coisa?
E se ela batesse o carro?
E se ele me bloqueou?
E se não gostarem de mim?
E se puserem a culpa em mim?
Quando alguém faz este tipo de pergunta “E se...?” é porque quer se preparar para imprevistos. O problema é que imprevistos não são previsíveis. Nunca há uma possibilidade só, há milhões. E um superpreocupado quer estar sempre no controle da situação, então ele tenta prever tudo o que pode vir a acontecer. Há muito sofrimento neste meio tempo. E o pior é que nada do que foi previsto acontece.
O mais incrível e inacreditável é que uma pessoa ansiosa nunca pensa que também podem lhe acontecer coisas boas: “E se ele for gente fina?” ou “E se sobrar dinheiro no fim do mês?”.
Talvez isto aconteça porque todo mundo sabe lidar com coisas boas. O problema está nos acontecimentos ruins. Quem sabe lidar com eles com jogo de cintura?
Acho que a probabilidade de coisas boas ocorrerem é baixa, já a desgraça, pessoas idiotas, mercenários e o “diabo a quatro” estão em toda parte.
Esqueçam o parágrafo acima, estou tentado ser positivo. Sou pessimista. Não sei se nasci assim ou se a culpa é das surras que levei do mundo. Sou uma pessoa que se preocupa excessivamente com coisas sem importância. Saber disso agora, é um ponto a meu favor, pois é preciso lutar (igual naquelas batalhas de filmes como “O Senhor dos Anéis”).
Não sou o Super-Homem, mas preciso bancar o herói e salvar a mim mesmo. Do jeito que está, estou mais para vilão da minha própria história.
Eduardo Franciskolwisk
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