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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Portugal e Espanha pela CVC – Ônibus Fretado e Voo Iberia


Dia 1

Saímos da minha cidade até o Aeroporto de Guarulhos (GRU) em um ônibus fretado pela CVC. Ele estava com a suspensão quebrada e balançou tanto, mas tanto, que eu passei mal e fiquei boa parte da viagem agachado no banheiro do ônibus com ânsia de vômito. Eu não vomitava nada porque não tinha nada no estômago para vomitar, então eu só “gorfava”.


Este é o ônibus com a suspensão quebrada que
me proporcionou emoção a viagem inteira.


Imaginem a cena: eu de cócoras no banheiro minúsculo de um ônibus em movimento com a boca em cima da privada e segurando onde podia para não enfiar a cabeça dentro do vaso sanitário enquanto o ônibus sacudia suavemente como se eu estivesse dentro de um liquidificador.

Foi uma linda forma de começar a minha primeira viagem internacional.


Check-in Iberia

Chegamos em São Paulo no aeroporto de Guarulhos e já fomos fazer o check-in no balcão da Iberia. Apesar do atendente ter visto que eu e minha mãe estávamos juntos, ele não nos perguntou se queríamos sentar juntos. Quando pedimos ele já tinha nos colocado em poltronas separadas, mas falou que tentaria mudar. Ele disse que tentou, mas não conseguiu. Desta forma, viajaríamos em filas diferentes, porém, um atrás do outro. Foi o mais próximo que ele conseguiu no colocar.

A Iberia cobra para marcar assento. E cobra caro. É por isto que o atendente aqui do Brasil não se esforçou para que eu e minha mãe sentássemos juntos. É uma forma de dizer “Dá próxima vez, se quiser viajar um do lado do outro, pague!”. Ponto negativo para a Iberia, pois também é uma forma de proporcionar uma experiência desagradável para o passageiro. Com certeza, futuramente isto será levado em consideração quando eu for escolher uma empresa aérea.


Voos Iberia


Voo Iberia: forneceram uma manta e um travesseiro.


O voo de São Paulo a Madri foi tranquilo. Não gostei da educação das aeromoças da Iberia porque parecia que elas não tinham muita paciência com os passageiros. Na verdade, - não sei bem o porquê, é apenas uma impressão minha - acho que não trataram os passageiros bem porque a maioria era brasileiro.

A distância de uma poltrona à outra era bem pequena e por isso não era muito confortável. Havia na frente de todas as poltronas uma tela touch screen que só funcionava quando queria, mas era possível assistir vários filmes recentes.


Uma tela "touch screen" em cada poltrona
com filmes conhecidos e recentes. 


Durante o voo, eu passei sede porque não sabia que podia encher a garrafinha de água antes de entrar no avião e fiquei com vergonha de ficar pedindo água toda hora para as aeromoças. Hoje, eu me pergunto se era vergonha ou medo, tendo em vista que aquelas aeromoças não eram muito carismáticas. E eu não estava a fim de morrer naquele dia...

Era um voo de 10 horas, deu tempo até de desconfiar da mulher que estava sentada à minha esquerda. Achei que ela estava roubando coisas do avião. Ou de mim. Ela abria a bolsa debaixo das cobertas e demorava bastante mexendo em alguma coisa, enrolando e olhando para os lados. Teve uma hora que fui ao banheiro e quando voltei, cismei que ela poderia ter mexido na minha mochila. E foi aí que eu lembrei que eu não tinha colocado a doleira na minha cintura. Então, fiquei bastante ansioso e preocupado. Esperei ela ir ao banheiro e conferi se tudo estava na mochila, inclusive o dinheiro, e aí coloquei a doleira no meu corpo.

Chegamos em Madri e fomos passar pela imigração. Entramos numa fila, mas a fila do lado era menor. Então, mudamos de fila. E, como todos sabemos, a fila do lado sempre anda mais rápido do que a nossa. A fila da qual saímos estava maior, mas andava mais rápido. Então, vimos as pessoas que estavam atrás da gente serem atendidas bem antes.

Depois pegamos uma outra fila, enorme, para sermos revistados, pois pegaríamos um outro voo com destino à Lisboa. Eles pediram para tirar os eletrônicos e metais da mala de mão e da mochila para passar no Raio-X. Minha máquina fotográfica e a mala de mão foram escolhidos para serem analisados por uma pessoa. Isto é muito normal, eles fazem isso com todo mundo e em qualquer suspeita. Da mala de mão ela pegou a bolsinha de remédios, mexeu, olhou e depois mandou eu colocar tudo num saquinho transparente “ziplock” que ela me deu.

Já com a máquina fotográfica ela foi além. Mandou eu abrir a bolsa, apalpou os lados e passou um papel em todas as partes. Ela ia fazer o teste de drogas. Torci e rezei para que desse negativo. Eu não tinha motivos para ter medo nenhum, mas vai que dá uma zebra e me escolhem como bode expiatório. Depois, ela mandou eu pegar minha coisas e disse algo que não entendi direito. Então, eu não sabia se estava preso ou liberado. Como estávamos em grupo, me disseram que eu estava liberado. Sendo assim, pegamos o outro voo com destino a Lisboa, também pela Iberia.

Chegamos em Lisboa, pegamos as malas na esteira e na hora do “transfer” uma moça fez a gente ficar esperando um tempão. Deu a entender que a CVC tinha esquecido de mandar a lista como os nomes para esta moça que estava no aeroporto. Sei lá, não entendi direito, só segui os outros. Eu ainda não estava 100% devido ao ônibus com a suspensão quebrada do começo da viagem que me fez ficar com ânsia de vômito.

Eduardo Franciskolwisk

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