A sensação é indescritível, mas vou tentar descrevê-la.
Sabe quando estamos com aquela sensação de que algo ruim vai acontecer? Não se sabe o que, como, nem onde. Não sei você, mas às vezes tenho vontade de sair correndo de onde estou porque penso que poderei passar por situações que não são boas.
A verdade é que, mesmo com a enorme vontade de largar tudo e correr pra qualquer lugar, nunca fiz isso. A sensação é horrível, mas sempre a suportei. Eu sempre penso no futuro e isso faz um mal danado para a minha mente já doente por anormalidades que já são corriqueiras para mim.
Meu pior inimigo sou eu mesmo. A minha ansiedade algum dia vai destruir de vez a minha vida. Coisas simples para todos são, para mim, uma tormenta. Até fazer uma ligação é um enorme desafio.
Em alguns momentos penso que fui jogado aos leões por inúmeras vezes e sobrevivi a todas, não sem sequelas, é claro. Outras vezes penso que a vida é igual a um jogo de vídeo game: quando uma fase termina a próxima é sempre mais difícil. O problema é que enquanto jogo a primeira fase, já estou pensando na terceira.
Minha ansiedade já não me deixa ler livros, ver filme ou escrever como antes. Tudo o que escrevo agora fica sem nexo, meio jogado no ar. Tento encontrar as palavras, mas não consigo. Não consigo nem ao menos dizer o que eu realmente gostaria. Então, eu meio que desisti de tudo. Relaxei. Nada me importa mais. As pessoas não me importam mais. Todas elas são egoístas. E fúteis. Agora, inclusive eu. Talvez, eu sempre tenha sido e nunca soube.
Talvez eu devesse correr. Só para ver se o pânico vai embora. Mas é bem provável que não porque meus pensamentos dizem que coisas ruins sempre acontecerão da pior forma possível.
E então, estou certo ou não de estar em pânico?
Eduardo Franciskolwisk
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