– Alô! – disse ela ao atender ao telefone.
– Quem é? – quis saber o homem.
– Com quem você quer falar? – indagou a moça desconfiada.
– Com a Fernanda, ela está?
– Quem gostaria de falar com ela?
– É um amigo dela... Você pode chamá-la? – perguntou o homem.
– Sobre o que é o assunto?
– É só com ela... Quem está falando? – insistiu ele já começando a perder a paciência.
– Sou eu quem faz esta pergunta! – disse ela irritada. – Quem está falando?
– Mas que merda, qual é a droga do seu nome?
– Não te interessa! Não vou dizer meu nome antes de saber o seu, idiota! – estressou a moça.
– Faz um tempão que quero falar com a Fernanda e você não se manca! Se você não quer dizer o seu nome, tudo bem, mas chame-a sem fazer cu doce. E aí, vai chamar ou não?
– Benzinho... Aqui quem fala é a Fernanda. – disse ela cinicamente. – Você pode dizer o que quer agora?
– Claro que sim! Estou ligando para dizer que há dois minutos atrás eu ia convidar você para sair, dar uma voltinha. Eu estava afim de você! Só que percebi que era apenas uma atração física. As nossas voltinhas ficam sendo essas pelo telefone. Afinal de contas, você só me enrolou, enrolou e enrolou!
Eduardo Franciskolwisk
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Leitores, se forem comentar como anônimo por facilidade, peço que deixem pelo menos seus primeiros nomes como assinatura.
Mas se fizerem questão do anonimato, não tem problema!