Dia 3 – Lisboa
Manhã
Durante
a manhã, a CVC e a SpecialTours programaram um passeio panorâmico visitando os
principais pontos turísticos da cidade como, por exemplo, a Torre de Belém, o
Mosteiro dos Jerônimos, o bairro de Alfama e a Praça do Rossio.
Como
eu já disse antes, considerando a viagem como um todo, o passeio panorâmico é
desanimador. No entanto, este foi o menos pior, pois cumpriu o que prometeu e
parou em alguns lugares para tirar fotos. Além disso, o guia local era muito
bom e explicou muita coisa interessante.
A
Praça do Rossio, na verdade, não me lembro nem de ver alguma coisa. O ônibus só
deve ter passado do lado e nada mais. Já em relação à Praça do Comércio e ao Arco
da Rua Augusta, tive de escolher qual ver porque como um fica na frente do
outro, só era possível apreciar um deles. Eu escolhi ver a Praça do Comércio,
mas acho que preferiria ver o Arco da Rua Augusta. Infelizmente, olhei para
lado errado! O consolo é que pude ver por alguns segundo o local exato (pelo
menos é o que dizem) onde foi assassinado o penúltimo rei de Portugal, D. Carlos
I, e seu filho, o príncipe herdeiro Luís Filipe. O rei que veio depois, D.
Manuel II, também filho do falecido assassinado, não aguentou o tranco e levou
uma rasteira da República. Nunca mais houve monarquia em Portugal.
Bairro de Alfama
Andamos
a pé pelo bairro de Alfama e o guia foi mostrando e explicando os locais que
víamos.
Casa dos Bicos |
O
primeiro lugar interessante que vi foi a Casa dos Bicos, onde hoje funciona a
Sede da Fundação José Saramago. O local tem como objetivo promover a memória e
a obra literária deste escritor português. Lá há uma exposição com livros,
manuscritos, fotos e objetos pessoais, incluindo a medalha que ele recebeu
quando ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Ele foi o primeiro e único escritor
de língua portuguesa a conseguir tal feitio. Não entramos na casa.
Oliveira trazida de Azinhaga |
Em
frente à Fundação, há plantada uma oliveira que veio da cidade natal de José
Saramago, Azinhaga. Disseram que as cinzas do escritor foram jogadas aos pés
desta árvore.
Detalhe do local onde foram depositadas as cinzas do escritor José Saramago |
Casa mal cuidada com azulejos faltando. Muito parecido com a cozinha da minha casa. |
O
bairro é antigo e tem alguns lugares muito mal cuidados, com azulejos faltando.
Me lembrou da cozinha da minha casa que está em um estado bem parecido. Azulejo
faltando é sinônimo de pobreza.
Roupas secando no varal |
Os
moradores do bairro colocam suas roupas para secar nas janelas que dão para as
ruas e não se preocupam com estética, nem em serem roubados. Eu, pessoalmente,
teria vergonha de dependurar minhas cuecas furadas na frente da minha casa.
Protesto encaixado: “Diga não para o abacaxi na pizza” |
Teve
um morador de uma casa que deixou seu protesto bem claro para todos os
turistas. Em inglês, a placa no formato de caixa de pizza dizia: “Diga não para
o abacaxi na pizza”. Deixo aqui o meu apoio ao morador. Abacaxi na pizza é
coisa de gente doida varrida.
Pude
perceber que as casas foram construídas bem próximas umas das outras formando
as vielas, ou seja, ruas bem estreitas onde não cabe um carro. Tem lógica:
antigamente não existiam carros. Se não me engano, já li em algum livro (antigo
e chato) sobre pessoas que se apaixonavam umas pelas outras só porque se viam
pelas janelas de suas casas.
Eduardo
Franciskolwisk