Na
última vez que fui ao cinema, assisti ao filme “Era uma vez em... Hollywood”.
Mas hoje, ao contrário do fazem costumeiramente, não vou fazer nenhum
comentário ou críticas ao filme, mas sim ao ato de ir ao cinema. Está ficando
difícil e chato.
A
primeira dificuldade é o preço do ingresso. Aqui na minha cidade, uma entrada
inteira de um filme 2D está custando 30 reais. É um preço salgado, mas que pode
ser amenizado trocando o dia do filme para os dias em que há promoção e é
cobrada a meia-entrada, ou seja, 15 reais. Assim, em vez de ir ao cinema no
sábado, para economizar podemos ir em uma terça-feira.
Já o
preço da pipoca sempre vai ser salgado, não importando se ela é doce ou salgada.
É uma pipoca deliciosa, mas pagar aquele absurdo dói no coração e no bolso. Só
compro quando vou com crianças que fazem questão de comer pipoca durante o
filme.
Até
aqui, nada de anormal. Está tudo dentro do esperado: cinema mais pipoca é a
combinação perfeita.
O
filme estava marcado para as 18:00 horas. Eu estava lá pontualmente para não
perder os trailers. E aí, para minha surpresa no lugar dos trailers começaram a
passar propagandas. Propagandas? Sim, propagandas! Que estranho, não é mesmo?
Estranhíssimo.
Além de pagar um ingresso caro e uma pipoca salgadíssima, sou obrigado a
assistir propagandas no cinema. Se eu quisesse assistir propagandas, eu ficava
em casa vendo a TV aberta. Ou... a TV paga.
O
cinema parece estar seguindo o caminho das TV pagas: cobram caro por um serviço
e te obrigam a assistir propagandas. Um detalhe importante do qual os cinemas
devem saber é que por este motivo as TVs por assinatura estão morrendo.
Eu
contei, foram 8 propagandas que duraram 10 minutos. A primeira foi do aplicativo
Alfredo. Em seguida vieram Natura, Governo do Estado de São Paulo, UNIFAFIBE,
Colégio Nomelini Cirandinha, Anglo – Nomelini Cirandinha, UNIFEB. A última foi
do Centerplex, que exibiu anúncio dele mesmo.
Às
18:10h começaram mais 10 minutos de trailers. O filme mesmo só começou às 18:20h.
Se eu saísse da minha casa no horário em que começa o filme, eu conseguiria chegar
antes de começar a exibição com muita folga.
Depois
que o filme acabou, era hora de pagar o estacionamento do shopping: 7 reais. Na
minha opinião de pobre, é um absurdo termos que pagar para gastar
dinheiro. Fazendo uma conta simples, o ingresso do cinema saiu por 21 reais: 15
do ingresso + 7 do estacionamento. Fui sozinho. Em um dia sem promoção de
meia-entrada, eu pagaria 37 reais. Um abuso! É importante dizer que o preço do
estacionamento teve um reajuste. Pouco tempo atrás, o preço para deixar o carro
parado era de 6 reais.
Para
completar, o supermercado do shopping também aumentou o valor mínimo de compras
que dá direito a 2 horas de estacionamento grátis. O valor mínimo foi de 35
para 45 reais. Para amenizar o gasto com o estacionamento, sempre que vou ao
cinema, faço compras no supermercado para ter direito a estas 2 horas grátis.
Depois, pago 1 real por hora excedente, o que geralmente dá uns 2 reais. Eu
prefiro mil vezes gastar, gastar 45 reais em produto a pagar 7 reais só para
deixar o carro parado.
Devo
confessar que estes dois aumentos, do preço do estacionamento e do valor mínimo
de compras, me deixaram decepcionado e muito desanimado em ir ao shopping.
Diante
disto tudo, percebi que está ficando cada vez mais difícil ir ao cinema. Está
virando coisa de gente rica e com paciência. Talvez, seja melhor ficar em casa.
Eduardo
Franciskolwisk
Cultura por aqui é coisa cara. Também acho um absurdo o preço cobrado pra gente ficar só duas horas dentro de uma sala de cinema. É ridículo ter que pagar tanto por tão pouco tempo de entretenimento. Eu, sinceramente, sou a favor da abolição da lei da meia entrada. Os cinemas sabem que a grande maioria do pessoal que vai pro cinema é jovem em idade escolar. Ou seja, encarecem o preço do ingresso e todo mundo acaba pagando o olho da cara.
ResponderExcluirAcho uma pena, eu gosto de cinema, mesmo indo sozinho.
Eu sou a favor da lei da meia-entrada. Se ela for abolida os cinemas não vão abaixar os preços. Eles vão dar uma desculpa qualquer para o preço ser caro como é hoje e os estudantes vão perder um benefício muito bom, que além de cultura é diversão.
ExcluirVai ser igual as bagagens que deixaram de estar incluída no preço da passagem aérea com a desculpa de abaixar os preços das passagens. Os preços das passagens não abaixaram e agora, além de pagar o mesmo preço de antes, vc paga para despachar a bagagem.
Então eu devo ser muito ingênuo em achar que "o mercado se auto regula".
ExcluirÉ, eu já pensei que os cinemas não abaixariam os preços e os ingressos continuariam muito caros. Mas não sei não, alguma coisa tem que ser feita. O preço para o pobre poder ter cultura é ridículo.
O mercado pode até se autorregular quando tem concorrência. O que não é o caso da minha cidade porque aqui só tem um cinema. Ou seja, cobram o preço que querem pq só tem eles por aqui.
ExcluirEm relação aos pobres, vou te dizer uma coisa. Se procurar tem muita cultura grátis por aí. Principalmente, em cidades grandes. Em cidade pequenas imagino que seja mais difícil.
Aqui na minha cidade, quando o teatro estava aberto, sempre tinha alguma coisa de graça pra todo mundo assistir. O problema é que são espetáculos não muito conhecidos (e as vezes até chatos), mas vc acaba assistindo muita coisa boa.
Claro que estão longe de ser "blockbusters" ou a banda do momento, mas de graça a gente aceita até injeção na testa.