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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Torre de Belém por dentro – Viagem a Portugal e Espanha


Dia 3 – Lisboa

Tarde

Torre de Belém



Fomos andando do monumento Padrão dos Descobrimentos até a Torre de Belém. No meio do caminho compramos um cachorro quente delicioso, só que era caríssimo.


Vídeo que fiz sobre a Torre de Belém: 
um fracasso de visualizações no YouTube.

A Torre de Belém começou a ser construída em 1514 e concluída em 1520. Ela tem 500 anos de existência. Na minha opinião, vale muito a pena entrar e conhecer o interior dela. A sensação que tive foi de estar em um castelo medieval.

Eu queria muito conhecer a Torre de Belém por dentro e quase que não consegui. Mas deu tudo certo. O ingresso para visitar a Torre de Belém custa € 6,00.

Já na entrada está um detalhe que eu adorava ver nos castelos de desenhos e filmes: a ponte levadiça.

Entrada da Torre de Belém pela ponte levadiça.

Detalhe da corrente presa à ponte.

Placa explicativa sobre a ponte levadiça
e outras defesas da Torre de Belém.

Mecanismo que levanta e desce
a ponte levadiça.

Subimos umas escadas e logo chegamos no Terraço do Baluarte.

Terraço do Baluarte

Uma das 6 guaritas
do Terraço do Baluarte

Visão da Torre pelo
Terraço do Baluarte

Imagem de Nossa Senhora do Bom
Sucesso, também conhecida
como Virgem das Uvas.

Escadas que dão acesso
ao 1º piso da Torre.

No 1º piso fica a Sala do Governador. Nesta sala há uma cisterna que recolhia e guardava a água da chuva. Funcionava da mesma forma que um poço, eram necessários uma corda e um balde para pegar a água.

Cisterna da Sala do Governador

Nos cantos há 2 passagens estreitas que são as entradas para as guaritas. São tão estreitas que tive de andar com os ombros encolhidos para conseguir passar. Isto me impressionou um pouco. Foi feito para complicar o acesso às guaritas onde estavam os soldados responsáveis pela defesa.

Corredor estreito para entrar
nas guaritas que ficam na
Sala do Governador

Aqui ainda há uma escada em caracol que dá acesso às outras salas da Torre. Escada em caracol em uma torre medieval. Eu achei o máximo! Me lembra de filmes com castelos e prisioneiros na torre como, por exemplo, a Fiona: “presa no quarto mais alto da torre mais alta do castelo guardado por um dragão”. 

Escada em espiral da Torre de Belém

No 2º piso está a Sala dos Reis. É um local amplo e claro. Existe uma lareira. Os reis gostavam de assistir às chegadas e partidas das caravelas do varandim que fica neste piso. Varandim é uma pequena sacada.

Varandim de onde era possível assistir as caravelas
partindo e também jogar coisa nos invasores.

O varandim fica justamente em cima da porta que dá acesso à Torre pelo Terraço do Baluarte. No chão do varandim era possível ver 8 aberturas redondas que hoje estão tapadas. Estas aberturas eram chamadas de “matacães” e através delas era possível lançar pedras ou líquido quente sobre os atacantes/inimigos. Isto nunca aconteceu porque a torre nunca foi invadida.

Matacão – hoje fechado. 

No 3º piso se encontra a Sala das Audiências. Esta sala era utilizada como sala de reuniões e por isso é possível ver bancos de pedra junto às janelas. Aqui também existe uma pequena lareira, para aquecer o ambiente nos dias frios.

Bancos de pedra e lareira da Sala das Audiências

No 4º piso está a Capela. Tem apenas 2 janelas altas. O teto é arredondado e arqueado, ou seja, é uma abóbada. Tem várias nervuras em pedra com fechos/detalhes manuelinos. É chamada de capela porque diziam que quem entrava lá sentia um ambiente próprio para oração. Mas eu não senti nada.

Teto da Capela da Torre de Belém

Subimos mais um pouco dos 94 degraus da escada em caracol e chegamos ao Terraço da Torre. Ali é possível ter uma visão muito bonita de Lisboa de um lado e do rio Tejo do outro.

Vista do Rio Tejo do Terraço da Torre

Vista de Lisboa do Terraço da Torre

Para descer estava uma fila enorme e por isso demorou bastante. Ainda faltava conhecer o Baluarte e as masmorras. Nesta hora o monumento já estava fechando, mas me deixaram entrar e conhecer rapidinho.

O Baluarte é uma sala de forma arredondada com canhões por todos os lado que são colocados juntos de aberturas que dão para o rio. O chão é inclinado do centro para os lados da sala para facilitar a saída das águas e para que os canhões funcionassem em uma posição segura.

Baluarte e seus canhões

No centro da sala há um claustrim que servia para arejar o local quando havia fumaça de pólvora.

Claustrim

No piso inferior ao baluarte havia o paiol, ou seja, o depósito onde se guardava a pólvora e também provisões alimentares ou mantimentos. Mais tarde foi utilizado como masmorra.

Paiol ou masmorra, depende da época.

Isto é tudo. Espero que tenham gostado e que tenham uma oportunidade de conhecer a Torre de Belém. Com esta postagem eu encerro a minha passagem por Lisboa. A próxima será sobre Óbidos.

Eduardo Franciskolwisk

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