Dia 4 – Óbidos
Manhã
Óbidos
é uma vila medieval. Ela tem um castelo e é cercada por uma muralha, o que
ajudava a se proteger dos inimigos. É conhecida por ter, entre suas muralhas,
casinhas brancas com faixas coloridas.
Uma
curiosidade é que a Vila de Óbidos era dada às rainhas de Portugal pelo rei. Ou
seja, a vila fazia parte do dote de casamento.
Me
lembro que a primeira coisa que vi quando desci do ônibus foi o aqueduto. Pensei
”Que legal, um aqueduto romano de verdade!”, mas pensei errado. Só agora,
pesquisando para este post, é que soube que o aqueduto é relativamente “novo”.
Começou a ser construído em 1573 a mando da rainha Catarina de Áustria, esposa
do rei D. João III.
Desci do ônibus e vi: Aqueduto de Óbidos |
Aqueduto de Óbidos: não é romano.
Começou a ser construído em 1573.
|
Fomos
em direção às muralhas que protegem a vila. Elas são bem altas. A porta de
entrada principal da Vila de Óbidos foi concluída em 1380 e ao adentrarmos,
caímos em uma pequena área retangular cercada pelas altas muralhas. Havia outra
porta à frente e na diagonal e esta sim dava à Vila de Óbidos. No sistema de
defesa, eles tinham 2 portas. Se a primeira cedesse, os invasores ainda teriam
que derrubar a segunda e estariam encurralados e em desvantagem, levando as
flechadas (e outras coisas) que vinham do alto.
Entrada da Vila de Óbidos e sua muralha |
Porta principal de acesso à Vila de Óbidos, concluída por volta de 1380. |
Após
entrar na Vila, vemos à esquerda uma escada em pedras que leva até o topo da
muralha. Como tinha chovido, as pedras estavam molhadas, então o guia
aconselhou a não andar muito pela muralha pois elas não têm nenhuma proteção
lateral. Então, se alguém escorregasse, era hospital na certa. Segui o
conselho, mas subi para tirar algumas fotos. Na descida, quase escorreguei nas
escadas por causa do meu tênis. Então, era bom mesmo que eu não andasse nas
laterais.
Escada para subir na muralha |
Escada para subir na muralha |
Pessoas andando pela muralha: não há proteção lateral.
Notem a altura da muralha em relação ao chão.
|
Vila de Óbidos vista de cima da muralha. |
Segui
em direção ao castelo por uma ruela (rua estreita). Um loja estava oferecendo a
ginjinha de Óbidos, que é um licor obtido da ginja – um tipo de cereja azeda –
em um copinho de chocolate para quem quisesse experimentar. Não aceitei, mas
até hoje imagino que aquele copinho de chocolate devia estar uma delícia. Já o
licor, qualquer um, não me agrada em nada.
Rua estreita |
Segui
em frente pela ruazinha e encontrei uma igreja, a Matriz de Santa Maria. Não
tive a menor vontade de entrar. Igreja já vi inúmeras na minha vida, mas um
castelo de verdade eu nunca tinha visto. E eu queria ver o castelo!
Igreja Matriz de Santa Maria |
Mas
antes de encontrar o castelo, encontrei um gato. Um gato meio fora de forma.
Quero dizer, ele tinha uma forma, mas era uma forma, digamos, esférica. E
suspeito que era um gato português por causa do bigode.
Gato português |
Depois,
encontrei outra igreja. E também, outro gato. E me enfiei em um lugar sem
saída, sem ninguém e muito bonito.
Outra igreja |
Outro gato |
Lugar sem saída, sem ninguém e lindo. |
Como
graças a Deus não encontrei mais nenhuma igreja, não encontrei mais nenhum
gato. Por isto, encontrei o castelo.
Quase
escorreguei umas 4 vezes enquanto tirava as fotos do castelo por causa do meu
tênis. Alguns lugares eram bem íngremes. Foi do mesmo jeito de quando eu estava
descendo a escada da muralha. Depois disso, não usei mais aquele tênis durante
a viagem e não escorreguei mais.
Castelo de Óbidos |
Lateral do Castelo de Óbidos |
Porta do Castelo |
Castelo de Óbidos com a porta |
Devo
confessar que fiquei meio decepcionado. Do lado do castelo tinha uma estrutura
enorme que parecia um circo ou um palco. Atrapalhou a maioria das fotos e tirou
o ar medieval do local.
Estrutura que estragou o cenário. |
E no
castelo medieval, puseram uma janela dos dias atuais de forma bem grosseira.
Estragou o castelo. Dá para ver claramente que um remendo foi feito ali de
qualquer jeito. É importante eu dizer que o castelo hoje é uma pousada, ou
seja, as pessoas dormem lá. Então, alguém achou que precisava de uma janela e,
simplesmente, puseram sem se preocupar com a estética.
O castelo medieval de Óbidos tem uma janela dos dias atuais? |
Outro ângulo sem a janela. |
Vila de Óbidos vista do Castelo |
Quando
estávamos indo embora pela ruazinha, cruzamos com um caminhão e várias pessoas
enfeitando a rua com ramos (acho que era alecrim ou oliveira). Era Domingo de
Ramos. Ficou um cheiro gostoso no ar de planta recém cortada.
Pessoas felizes espalhando ramos pelo chão |
Ramos espalhados pelo chão |
Depois
disto, entramos no ônibus e fomos até o Santuário de Fátima. E será sobre isto
que vou contar na próxima postagem sobre a viagem.
Eduardo
Franciskolwisk
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