A
ideia original era ser apenas uma postagem falando dos absurdos que 3 primos meus
fizeram comigo, mas escrevi demais e aqui está a parte 2. Nesta segunda parte,
vou contar sobre uma prima, irmã do primo da 1ª postagem.
Eu
não curto muito grupo de WhatsApp. Sabe aquele grupo de família onde estão sua
mãe, sua avó, seus primos, tios, o periquito e a amante da namorada do seu
filho? Então, eu não fazia parte deste grupo da família desde do dia em que saí
por causa do outro primo.
No
final de 2020, me puseram de volta naquela bagaça e disseram “Não sai do grupo
porque aqui vão estar todas as informações sobre o Natal. Neste ano vamos
passar todos juntos.”.
Estranhei
um pouco porque já fazia uns 5 anos que não juntávamos todo mundo no Natal e mais,
com a promessa de que isto nunca mais voltaria a acontecer.
Mas
fui seduzido pela ideia, pelas lembranças dos velhos tempo onde o Natal era
mágico e especial. E me empolguei.
Então,
ficamos falando sobre o que faríamos no Natal e devido à pobrice, ficou
resolvido que a troca de presentes seria um amigo secreto. Depois, ficamos
discutindo como seria mais legal e decidimos que seria um amigo da onça. Aí,
cada um falou as regras que conhecia e o que achava legal ou chato.
Definimos
que seria um amigo da onça. Aí, eu lembrei da última vez que fizemos um amigo
da onça no Natal e 90% das pessoas compraram chocolate como presente. Eu disse
que poderíamos colocar uma regra que não poderia ser chocolate. Muita gente
comentou que aquele amigo da onça tinha sido na Páscoa. Lembrei eles que tinha
sido no Natal e ainda explicitei o motivo pelo qual o presente não poderia ser
chocolate. O motivo tinha ficado óbvio. Todo mundo votou e a maioria concordou
que não poderia ser chocolate.
Quase
chegando no Natal, fomos relembrar as regras e aí a minha prima e a mãe dela
disseram que poderia sim ser chocolate. Mas eu disse que não podia porque tinha
sido votado. Aí ela ficou com raiva de mim. Na definição de regras do amigo da
onça, ninguém estava se entendendo porque cada um conhecia as regras de um
jeito. Falei para definirmos nossas regras e seria o que valeria. Com todo
mundo dando palpite, minha prima solta algo parecido com isto:
—
Então... só quem tem amigos e já foi em inúmeras festas de amigo da onça sabe
como funciona. Então, quem não tem amigos não deveria opinar.
Não
lembro muito bem como foi o contexto, mas todo mundo entendeu que era uma
indireta para mim. Indireta é a arma do covarde porque fala nas entrelinhas: se
der certo a pessoa se sente ótima, se der merda tem como se justificar
arrumando desculpinhas.
A
indireta era esta: eu não tinha amigos. Ela queria me ofender com isto. Eu não
tinha, não tenho e, provavelmente, nunca terei amigos novamente. Ninguém tem
amigos de verdade depois de crescido. Rola uma troca de interesses, uma boa
ação daqui e de lá e vida que segue.
Não
fiquei ofendido por ela ter me dito uma coisa que eu já sabia fazia uns 10
anos, inclusive com postagem aqui no blog (postagem de sucesso, diga-se de
passagem). Fiquei um pouco magoado com a intenção com que aquilo foi dito. A
intenção dela era ser cruel e não chegar a um consenso sobre o Natal. Ela
queria me humilhar diante do resto da família. E isto eu achei um absurdo.
Este
é o tipo de pessoa que racha a família. E a lição é: nunca mais passe o Natal
com este tipo de gente. Eu fico em casa, mas não confraternizo com pessoas que
querem o meu mal e ainda dão um empurrãozinho para que ele aconteça.
Depois
disso, comecei a achar que toda a família dela tem birra de mim. Menos meu tio.
Uma
pena porque eu gostava desta prima antigamente. Infelizmente ela foi ficando
arrogante, prepotente e cagadora de regra.
E a
vida segue. Acho que tem pessoas que precisam ser abandonadas no meio do
caminho da vida, caso contrário você não consegue mais caminhar.
Eduardo
Franciskolwisk