Não
sei como é na vida de vocês, mas na minha vida acontecem vários absurdos. A
maioria deles (ou seriam todos?) está relacionado a pessoas. Hoje vou contar
algumas situações sem noção que aconteceram comigo relacionadas a primos.
A
primeira delas aconteceu faz uns 5 ou 6 anos. Eu estava no meu trabalho e fui
pegar água na cozinha. Saí da minha sala e quando passei pelo saguão vi um
primo sentado no sofá. Sempre fomos relativamente próximos: família passava
sempre o Natal juntos e outras festas também, principalmente quando éramos mais
novos. Na hora que vi ele lá, nem pensei 2 vezes, fui cumprimentar:
— Oi,
Fulano! Tudo bem? O que você está fazendo aqui? – perguntei porque não era
normal ele estar lá e também para puxar assunto.
Ele
olhou pra mim e disse:
— Ah!
Não é com você que eu vim falar, não!
E só.
Não falou mais nada.
Aí,
eu dei um sorriso amarelo e tentei contornar a situação chata que ficou no ar puxando
mais assuntos, mas com vontade de mandar se foder ou simplesmente olhar para a
cara dele sério e sair dali sem falar mais nada. Porém, eu tenho um problema
com este tipo de gente: nunca consigo entender de primeira o que aconteceu.
Sempre acho que foi um mal-entendido, que falei alguma coisa errada. Nunca acho
que a pessoa apenas está sendo grossa porque ela quer.
Achei
este episódio muito estranho e isto mudou a forma como eu lidei com este primo
no futuro, não fazendo mais questão nenhuma de convívio. Não que tenhamos
parado de conviver totalmente, mas este fato foi um alerta, um sinal vermelho.
Me
peguei pensando no acontecido depois e liguei alguns pontos. Eu já tinha saído
do grupo de WhatsApp da família justamente por causa dele. Tudo o que eu falava
ele rebatia com coisas de “se acha o inteligente” ou “só ele está certo”.
Me
lembro mais ou menos disto: alguém postou um meme que precisava de uma resposta,
por exemplo, um desafio de matemática. Todo mundo dava sua resposta, mas na
brincadeira as pessoas começaram a zoar. Davam respostas erradas ou falava que
o outro estava errado e que a própria resposta estava correta. Eu entrei nesta
também. Dei minha resposta e brinquei com os outros que eu estava certo.
Então,
este primo começou a falar coisas como:
—
Olha lá, só porque é concurseiro acha que está certo e que pode anular todas as
outras respostas.
Não
tenho certeza do que eu vou dizer agora porque é só uma especulação minha. Ali
eu entendi o seguinte: ele estava com inveja de mim por causa dos concursos que
eu estava fazendo e passando. Mas a minha maior especulação é esta: meu tio
(pai dele) mexia com concursos e eu acho que ele deve ter feito alguma cobrança
no menino usando o meu nome. Coisa do tipo “Olha lá, o Eduardo presta concurso
e passa, por que você não faz igual?”.
É a
única coisa que me veio à mente para tentar entender o porquê dele estar me
tratando daquela forma no grupo e naquele outro dia quando me encontrou no meu
trabalho.
Aliás,
neste dia que ele estava esperando ali no meu trabalho e disse que não era para
falar comigo, eu poderia ter sido tão grosso quanto ele e respondido “É óbvio
que você não está aqui para falar comigo, se fosse já tinham me avisado!”. Mas
eu preferi não bater de frente para não ficar um clima pior do que já estava.
Naquele
dia, eu percebi que ele tinha um problema comigo. Devia ter birra de mim. E o
pior é que a partir deste dia, eu comecei a ter birra dele também.
Eduardo
Franciskolwisk
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