Em alguns assuntos, a
voz da experiência fala mais alto. Então, eu posso dizer que ficar velho é
muito ruim. Com 41 anos, já em idade avançada, às vezes sinto que meu final
está próximo.
Dizem que o gráfico
da felicidade tem o formato de um “U”. Quando você é novo, a felicidade está lá
em cima e com o tempo ela vai decaindo até chegar no nível mais baixo. Depois,
à medida que o tempo vai passando, a felicidade vai voltando até chegar no
mesmo nível de criança, formando um “U”.
Pois o gráfico da
felicidade da minha vida tem o formato de barra invertida: “\”. Começou lá no
alto e só despencou com o passar dos anos. E vai caindo, caindo, até chegar no
fundo do poço. E o fundo do meu poço é surpreendente porque cada vez afunda
mais.
A idade avançada já
me deu doenças que me perseguem:
1) Dor nas costas: De
uns 10 anos para cá as dores tem aparecido com mais frequência. Às vezes, dói
tanto que quase não consigo levantar do sofá. Mas ficar travado aconteceu só 1
vez... por enquanto.
2) Dor de garganta:
Não sei se é a AIDS ou o ar-condicionado. O fato é que eu estou vivendo com a
garganta inflamada. Esta semana ela infeccionou legal. Foi uma delícia não
conseguir engolir e cuspir coisas amarelas. A faringe cheia de bactérias
fazendo a festa e formando coisas brancas. Eu acho que foi porque eu cortei os
pelos do nariz bem curtinho com a maquininha de aparar pelos. Eu tenho que só
aparar com a tesoura porque sempre que uso a máquina dá merda.
3) Calcanhar rachado:
faz tempo que meus calcanhares são profundamente rachados. Quando está com
crostas volumosas, dá para enfiar a ponta de uma caneta ou um carro lá dentro.
Antes eu usava um estile para cortar as crostas. Era coisa de homem macho
mesmo, sabe? Mas depois conheci um aparelho próprio para isso que as mulheres
usam. Muito prático, mas ainda é perigoso e ainda precisa ser macho para
encarar. Eu sempre exagero e corto mais do que devia. Aí, faz um machucado
entre as crostas e dói para andar.
4) Machucado
demorando para cicatrizar: estes tempos fiz um machucado na panturrilha. Acho
que cocei com a unha do pé e arranquei pele. A coisa demorou umas 3 semanas
para começar a cicatrizar. Eu passava pomada, cobria com band-aid e nada. Achei
que era câncer, que era uma pinta-mancha que eu já tinha (eu não lembro
direito). Enfim, agora formou uma casquinha e apesar de meio vermelho, está
curando.
Por um bom tempo,
nunca vi sentido em pessoas que se cortam. Mas de um tempo para cá, passei a
entender as adolescentes (maioria meninas) que provocam machucados em si
mesmas. Percebi já velho o que muitos descobrem ainda jovem: a dor física
diminui o sofrimento mental.
Eduardo
Franciskolwisk
Conhecendo o Leitor
terça-feira, 20 de maio de 2025
domingo, 11 de maio de 2025
Comentário em blog de outra pessoa
Bem, parece que a sua
vida já é uma coisa muito ruim, então aproveita a chance de mudança. Se tudo
der errado, você vai continuar no fundo do poço. Se der certo, as coisas têm a
chance de melhorar.
Pode dar errado e
ficar pior do que já está? Pode, mas probabilidade é muito baixa.
Não sei a sua idade,
mas se você tiver menos de 30 anos, vai fundo sem pensar muito. Aproveita a
chance que seu pai está te oferecendo e vai tentar mudar de vida.
Eu já tive um
trabalho muito ruim, numa área que eu não gostava muito. Pedi demissão, fiquei
desempregado uns 2 anos e fui prestar concurso público. Foi um caminho difícil
e vagaroso, mas cheguei onde queria.
Foi um lugar bom? Não
muito. As pessoas foram ruins. Acho que me afetou muito mentalmente. Eu
recomeçaria hoje? Não, apesar de pensar muito nisso. Então, eu sofro bastante.
Temos que saber que
somos meio problemáticos e aonde formos, vamos ter problemas porque somos o
problema, ele está em nós. Seja aqui ou na Europa ou na Disneylândia. O
problema estará lá.
Então, considere
recomeçar com esta chance, mas a vida não vai ser linda como vemos nos filmes.
Vai ser uma vida real.
Vou deixar 2 frases
que eu penso bastante. A primeira me fez mudar de vida (por causa de um filme) e
a segunda é para parar de idealizar as coisas.
1) "Cada minuto
que passa é uma nova chance de mudar tudo em nossas vidas para sempre."
2) “Cuidado com o que
deseja, você pode conseguir.”
Eduardo
Franciskolwisk
P.S.: Esta postagem
nasceu como comentário no blog de outra pessoa. Me dediquei bastante pra
escrevê-lo e tentar ajudar outra pessoa. Demorei pra escrever, sou lerdo em
tudo que faço. Mas algo em mim disse para copiar o comentário, algo em mim me
dizia que ele seria apagado (não seria valorizado). Então, copiei e guardei
para ajudar a mim mesmo. E ele foi apagado. Então, publico aqui e não comento
mais neste blog.
Não dê pérolas aos
porcos.
terça-feira, 29 de abril de 2025
Um pouco de TOC, trabalho e sofrimento
Ontem eu fui dormir
às 4:30 da manhã e o cachorro me acordou às 9:30, mais ou menos. Não consegui
voltar a dormir porque tentei arrumar a descarga que começou a disparar. Acho
que deu meio certo, mas ainda me preocupa se não vai piorar com o passar dos
dias ou por eu ter mexido.
Ultimamente, tenho
trabalhado muito. Tanto no meu trabalho quanto em casa nos afazeres domésticos.
No meu trabalho, me
sinto sobrecarregado e tenho a impressão de que ninguém quer saber de nada. Aí
eu chego em casa e tenho que fazer afazeres domésticos (também conhecido
como coisas de mulher).
No sábado (ontem),
meu cronograma deu errado e comecei a arrumar/limpar a casa umas 10:30 da manhã
e só fui terminar lá pelas 19:00 horas da noite.
Costumo fazer tudo
que faço normalmente até umas 15:30 da tarde. Inclui arrumar a casa, lavar
roupa e lavar lençóis e toalhas. Depois vou ao supermercado. Neste dia quando
fui ao supermercado já estava escuro.
Lembro de uma época
em que às 14:00 da tarde já estava no supermercado porque já tinha feito quase
tudo em casa.
Antes, eu fazia tudo
mais rápido. Em umas 3 horas eu arrumava/limpava a casa – a minha parte. Agora
demoro mais.
Acho que demoro mais
por causa do TOC e porque quando um sobrinho vem aqui, começa a espirrar. Aí,
acho que é sujeira e tento limpar a casa mais detalhadamente para que ele
continue vindo aqui.
Mas ele não vem mais
com tanta frequência e eu continuo a limpar detalhadamente devido ao TOC. Está
ficando sofrido. É muito sofrimento. Eu praticamente não descanso. Quando
descanso, aparece um problema ou alguém gritando ou me dando pito/bronca.
Sempre foi assim na minha vida.
Eduardo Franciskolwisk
quarta-feira, 23 de abril de 2025
Início de depressão em abril
Eu lembro que no ano
passado estava em depressão em abril. Agora é abril de novo e acho que estou em
início de depressão.
Ontem (sábado),
depois de muito tempo, tive vontade de chorar e chorei enquanto arrumava/limpava
a casa.
Eu sinto o meu
coração queimar um pouquinho neste momento em que escrevo este texto com papel
e caneta, numa caligrafia mais duvidosa do que sempre foi.
E eu escrevo palavras
com letras trocadas porque a necessidade e a velocidade de colocar o que sinto
no papel são mais importantes do que a minha caligrafia. Digo isso porque
sempre me foi cobrado ter a letra bonita. E isto quando escrevo para mim mesmo
não me importa em nada, mas me incomoda muito porque ouvi reclamação e gritos
durante a minha infância inteira por causa da feiura da minha letra.
De uma forma geral,
aqui em casa a beleza exterior sempre foi mais importante que o bem-estar.
Então, você tinha que parecer rico e bonito mesmo se fosse pobre, feio e com a
mente fodida. Não deixa de ser uma forma de marketing, sei disto hoje em dia.
Mas a que custo? Paguei caro.
Às vezes, me pergunto
quando foi que a minha mente adoeceu. Quando foi que a semente das doenças
foram plantadas. Foi na infância, na adolescência ou depois dos 18 anos? Ou em
todas as etapas teve algo que colaborou na doença mental?
Não sei. Só sei que
"Para milhões e milhões de seres humanos o verdadeiro inferno é a
Terra." Eu sou um destes. A vida é apenas sofrimento.
Eduardo
Franciskolwisk
sexta-feira, 18 de abril de 2025
Domingo de manhã
Hoje é domingo de manhã
O tempo começou a esfriar. Chegou outono. Eu gosto porque
faz calor de dia e friozinho a noite. Fica melhor para dormir. Não é aquele
calor absurdo o dia inteiro a ponto de sentir o lençol da cama quente.
Mas eu acho que o frio, de uma certa maneira, colabora
para eu entrar em depressão. Notei isto.
Lembro que no ano passado eu estava em depressão em
abril. Agora é abril de novo e acho que estou em início de depressão.
Eu já vinha tendo alguns acontecimentos ruins nos últimos
dias:
1) Irmã gritando com meu sobrinho
Ela chegou gritando com o filho dela bem no dia do
aniversário dele. A reunião/festinha foi na casa de outra irmã e era para
comemorar o aniversário deste sobrinho e de outro, pois os aniversários têm 2
dias de diferença.
Eu já evito festa em família porque eu sei que este tipo
de merda vai acontecer. Sempre acontece. Querendo ou não é um desgaste
desnecessário – energia negativa.
2) Sobrecarga no trabalho
Tenho que fazer as coisas enquanto vejo que alguns
colegas não estão fazendo nada, ou melhor, estão se ocupando de coisas pessoais
mesmo quando tem trabalho a se fazer.
Talvez eu seja muito preocupado com a vida e estou
tentando diminuir isto. Às vezes, até conversas aleatórias me incomodam porque
além de tirar a minha concentração, se fosse eu quem estivesse conversando,
seria chamado a atenção.
3) Chuvas todos os dias
Nesta época em que escrevo, tem chovido todos os dias com
intensidade moderada. Isto me deixa preocupado. Não sei se vai ter goteira
dentro de casa ou não.
4) Descarga do banheiro
A descarga do banheiro começou a disparar e isto me deixa
preocupado. Acho que é por causa do frio. Aí, eu tento arrumar e melhorar para
isto não aconteça.
Meu maior medo é que dê um problema maior.
5) Eu sou um mar de preocupações.
Muitas vezes, quando meu mar está calmo, alguém vem e
adicionar uma gota, um copo ou um balde de preocupação. Chega uma hora que o
mar calmo vira uma tormenta. Eu não aguento mais. E eu tenho ficado um pouco
agressivo e sem paciência.
Por isso, evito pessoas e evito conversar com elas de
forma mais profunda. Na maioria das vezes, tento conversar somente assuntos
superficiais.
Eduardo Franciskolwisk
quinta-feira, 27 de março de 2025
Vídeos Curtos
O novo mal da
humanidade já está entre nós. O nome dele é Vídeo Curto. Ou melhor, vídeos
curtos já que é impossível assistir a um só.
Eu fiquei viciado em
vídeos curtos a ponto de não querer fazer mais nada. Eu chego cansado do trabalho
e vou pro celular para distrair a mente. Quando vejo, já são 22 horas e eu não
fiz praticamente porra nenhuma.
Devo admitir que este
é um dos motivos do meu afastamento do blog. Por que vou sofrer para escrever
se posso me satisfazer vendo vídeos alegres de crianças dançando?
E eu tento parar, mas
minha mente pede mais, mais e mais. Cheguei à conclusão que fiquei viciado.
Então, eu tento cortar o mal pela raiz e apagar os aplicativos. Dá certo por um
tempo, mas depois eu instalo de novo e volto a ver vídeos de animais graciosos
e engraçados.
Por agora, os
aplicativos estão apagados. Estou tentando me livrar dos vídeos curtos. Apaguei
o TikTok e o Kwai. Não apaguei o Youtube porque ele tem a opção de vídeos
normais, então, eu acabo cometendo deslizes e assistindo alguns “Shorts”.
Esta é a minha
tentativa de continuar sendo um ser humano e de preservar o que restou do meu
cérebro. Senti que meu cérebro estava derretendo e por consequência, eu estava
ficando mais burro do que já sou.
Por mim, tudo bem eu
ficar mais burro. Eu já adquiri um certo nível de inteligência, mas e as
crianças e os adolescentes de hoje em dia? Quem vai estudar com a existência de
TikTok e Kwai? Eu não estudaria. Já era difícil eu estudar só com uma TV com 5
canais.
É muito mais legal, fazer
vídeos dançando ou filmando coisas do que estudar. Ainda corre o risco de ficar
famoso e ganhar muito dinheiro. Vou estudar pra quê?
Eu não estudaria. E
se meus pais fossem inteligentes, me auxiliariam a fazer vídeos curtos mostrando
tudo: casa, danças, choros, festas, etc. Estudar não leva muito longe.
Acho que meu cérebro
já derreteu.
Se eu fosse criança
ou adolescente, eu iria fazer vídeos curtos. Com certeza, teria mais audiência
do que este blog, por exemplo. Das minhas 5 últimas postagens, 2 não passaram
de 90 visualizações e outras 2 não passaram de 50. Somente 1 postagem foi vista
mais de 100 vezes.
O único problema é que
vídeos curtos demoram mais para cansar. Ficamos muito tempo rolando a tela esperando
chegar um vídeo melhor que o anterior. Assistir TV por uma hora me cansava. Livro
eu já começava a ler cansado. Ver um filme inteiro era o suficiente para
levantar e ir fazer outra coisa. Mas vídeos curtos são como água salgada.
Bebemos e queremos mais para matar nossa sede. Vira um ciclo vicioso.
Parei com vídeos
curtos. Nunca mais eu assisto. Até eu ter uma recaída. O que provavelmente será
logo, logo.
Eduardo
Franciskolwisk
segunda-feira, 17 de março de 2025
Impotente
Tem dias que eu me
sinto impotente.
Dias como hoje em que
eu estava bem e aí acontece algum fato, bom ou ruim, e eu passo a pensar que “Nós
não temos nenhum poder sobre nada”.
E isso, querendo ou
não, me coloca muito para baixo.
Eu venho de uma época
tranquila na medida do possível e eu sempre me pergunto, quando e o quê vai me
jogar no buraco, no fundo do poço.
Então, hoje, de supetão
aconteceu algo inesperado por mim, mas que muitos já sabiam com certeza. Acho
que foi algo bom, mas pensando agora, o que me deixou um pouco mal foi alguns
saberem e eu não ficar sabendo antes.
Foi algo bom, mas e
se fosse algo ruim?
O mundo é uma selva
de pedra. Fazemos de tudo para sobreviver. Somos amigos e depois traímos. Ou enfiamos
um pau no rabo de alguém e depois viramos BFF (Best Friends Forever) desta
pessoa. Tudo por interesse. É literalmente um BBB.
Vira e mexe eu tenho
a sensação de que eu sou diferente. Eu não me encaixo aqui. Eu sou impotente
porque não tenho forças para fazer muitas coisas que eu gostaria. Exemplos:
viajar, sair mais de casa, mudar de cidade ou de país, ligar para alguém ou até
mesmo mandar mensagem no WhatsApp.
Às vezes, eu tenho
muito medo. As coisas acontecem e quando percebemos, já foi. Consigo encontrar
algum conforto na frase final do filme “Pinóquio” do Guillermo del Toro: “O que
tiver que acontecer, acontece. E depois, nós morremos.”.
Eu tento não ligar e
tenho melhorado bastante, mas a sensação de impotência mexe comigo. Coisa
besta, eu sei. Daqui a pouco estou melhor, mas agora enquanto escrevo, sinto
meu coração queimar um pouco.
A Ave Fênix é outra
coisa que me traz um pouco de conforto. Quando tudo fodeu, ela arde em sim mesma
e depois renasce, mais forte. Obrigado, Ikki de Fênix!
Espero que este sentimento
de impotência, não mexa com o meu cérebro nos próximos dias. Tomara que amanhã
eu já tenha me esquecido disto.
Eduardo
Franciskolwisk
segunda-feira, 10 de março de 2025
Eu não quero ter responsabilidade
Eu não quero ter filhos.
Eu não queria ter um cachorro. Eu não quero me casar e nem mesmo ter uma
namorada.
Eu não quero chegar
em casa e ter que me preocupar com mais coisas, principalmente com uma outra
vida que dependa de mim.
E tentando analisar a
mim mesmo psicanaliticamente, acho que o fato de eu não querer ter mais responsabilidade
é porque eu sempre tive muita responsabilidade, desde criança.
Meus pais se separaram
quando eu tinha uns 12 anos. E quando eles estavam juntos era só trancos e
barrancos. Sou o mais novo da família e tenho diferenças de 5 e 7 anos das minhas
irmãs. Então, acho que só peguei as desgraças de um casamento. A parte boa deve
ter ficado para elas, que devem ter alguma memória boa. Eu não tenho nada bom
para dizer de um casamento. Então, não quero esta desgraça para mim.
Além disso, parando
para pensar, acho que meus pais eram muito crianças, sem muita responsabilidade.
Meu pai por exemplo, resolveu que não ia mais trabalhar. E de uma certa forma,
sobrecarregou minha mãe. Que por sua vez, devia ficar muito nervosa (com razão)
e descontava nos filhos.
Depois, quando houve
a separação, eu recebi o título de “Homem da casa”. Título um pouco pesado para
um menino de 12 anos. E de uma certa forma, muita pressão foi posta em cima de
mim.
E depois de adulto,
vejo as burrices dos meus pais. Minha mãe por exemplo, vivia endividada. Gastava
horrores no cartão de crédito e só pagava o mínimo, gerando uma “dívida bola de
neve”. Então, dávamos dinheiro para o banco e este dinheiro faltava para a gente.
Hoje em dia, vejo
muita gente burra que dá dinheiro para o banco para parecer ter as condições
que não tem.
Que fique claro:
nunca passei necessidades, mas o conforto e a tranquilidade não existiam. E foi
assim na faculdade também. Como não consegui passar em uma universidade pública,
tive que estudar em uma faculdade particular. E não foram poucas as vezes onde
havia a possibilidade de eu não continuar o curso por falta de dinheiro. Chegou
uma hora que nem eu queria continuar, não era o curso que eu queria mesmo... Mas
eu terminei. E agora eu tenho um diploma na gaveta. Pelo menos posso usá-lo caso
venha a precisar algum dia.
Então, chegar em casa
e ter que cuidar do cachorro que está bem feliz e saltitante porque eu voltei,
me dá uma certa tristeza e bastante culpa. Com certeza eu sentiria o mesmo ao
chegar em casa e ver o meu filho, após um dia cansativo de trabalho.
O mundo deu errado. Não
existe vida em trabalhar o dia todo com pessoas que você não gosta e chegar em
casa para ficar alguns minutos com quem realmente valeria a pena. O dinheiro é um
corruptor. Fazem (e eu também) loucuras por ele. O dinheiro, talvez, seja a
única coisa que a gente tem.
Às vezes, eu acho que
ir morar isolado do mundo, na roça, seja a solução. Acho que teríamos menos responsabilidades
e menos cobranças.
No fundo, eu não
quero ter responsabilidade porque eu acho que já tive bastante responsabilidade
na vida. Responsabilidades que não eram minhas. Jogaram nas minhas costas. Sempre
jogam. As pessoas são irresponsáveis e folgadas. Se acham alguém com boa
vontade, elas montam no lombo e ainda batem para andar mais rápido.
Eu pelo menos tenho a
responsabilidade de não querer mais responsabilidades. Enquanto isto, o mundo está
cheio de irresponsáveis que, provavelmente, são mais felizes do que eu.
Eu acho que continuo
responsável e infeliz, mas não quero mais nenhuma responsabilidade.
Eduardo
Franciskolwisk
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