Conhecendo o Leitor

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Igreja de Santo Inácio de Loyola - Os Segredos de Roma




Em Roma há muitas igrejas, mas a Igreja de Santo Inácio de Loyola vai te surpreender. Ela foi construída em estilo Barroco entre os anos de 1626 e 1650 e tem o mesmo nome do santo a quem foi dedicada.


Inácio de Loyola foi o fundador da Companhia de Jesus. A Companhia de Jesus existe até hoje. Os padres que fazem parte da Companhia de Jesus são conhecidos como jesuítas. São os mesmos jesuítas que tiveram um papel importante na colonização do Brasil.

Imagem de Santo Inácio de Loyola.


Dentro da Igreja de Santo Inácio de Loyola, você verá vários efeitos de ilusão de ótica. Basta olhar para cima.


Os afrescos foram pintados por Andrea Pozzo de modo tridimensional. Isto faz com que o teto pareça mais alto e mais profundo do que realmente é. Veja a imagem da Apoteose de Santo Inácio de Loyola.


Até a Cúpula da Igreja não existe de verdade. É pura arte, pura ilusão de ótica, é uma visão 3D sem óculos.


Além disso, a Igreja tem várias esculturas para serem apreciadas.

Poucos turistas vão a esta Igreja. Ela fica na Piazza Sant´Ignazio, bem próxima do Panteão e não se paga nada para entrar. Ah, e tente não confundi-la com a Igreja de Jesus, que é muito parecida externamente, também fica perto do Panteão e é onde está o túmulo de Santo Inácio. Uma dica que pode ajudar em casos de dúvida é que na Igreja de Santo Inácio de Loyola está escrito "S. IGNATIO" na inscrição da fachada.

Igreja de Jesus, em Roma. Não confunda com a
Igreja de Santo Inácio de Loyola.

Assista ao vídeo do nosso Canal do YouTube sobre este assunto.


Se gostarem se inscrevam no canal e deixem o seu gostei.

Eduardo Franciskolwisk

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O Buraco da Fechadura - Os Segredos de Roma



Se você gosta de espiar pela fechadura de portas, este lugar é ideal para você.


Aqui está um dos segredos de Roma que poucos turistas brasileiros conhecem.


O segredo está atrás de um portão verde diante do qual é possível que muitas pessoas passem sem nem imaginar o que ele guarda. Mas se você for um pouco curioso e bisbilhotar pelo buraco da fechadura, o segredo se revelará.

Paisagem vista ao espiar pelo Buraco da Fechadura, em Roma.
É possível ver 3 estados independentes: o Vaticano,
a Itália e a Ordem de Malta.

O que se vê é uma paisagem belíssima em um enquadramento único. Atrás do portão, há um corredor de árvores e ao fundo está a Cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Entre as árvores e a Cúpula, ainda é possível ver algumas edificações de Roma.


Mas não é só isso. Do lado de dentro da porta está a Sede da Ordem Soberana e Militar de Malta. A Ordem de Malta é uma entidade internacional independente e embora não seja um Estado, recebe tratamento como se fosse. Sua soberania permite que ela imprima os próprios selos, moedas e passaportes. Permite também que tenham embaixadas nos 107 países com os quais mantém relações diplomáticas, incluindo o Brasil.


Moeda emitida pela Ordem de Malta.

Selos da Ordem Soberana e Militar de Malta.

Eles também emitem seus próprios passaportes.

Sendo assim, se pensarmos bem, ao olharmos pelo Buraco da Fechadura estaremos vendo 3 países independentes: a Itália, o Vaticano e a Ordem Soberana de Malta . Diz aí, você alguma vez na vida já viu 3 países ao mesmo tempo. Bem... Aqui você verá!


Então, se você for para Roma é bom achar esta porta e dar uma espiadinha pelo Buraco da Fechadura. Il Buco della Serratura, nome em italiano, fica na Piazza dei Cavalieri di Malta, perto do Circo Máximo, no bairro Aventino.



Assista ao vídeo do nosso Canal do YouTube sobre este assunto.



Eduardo Franciskolwisk

domingo, 25 de novembro de 2018

Reclamações sobre a minha vida - Parte 3

Continuação das minhas reclamações
Para ler a parte 1, clique aqui.
Para ler a parte 2, clique aqui.

Quando eu tinha 14 anos fui viajar para Porto Seguro e dias antes da viagem, aconteceu alguma coisa que minha mãe brigou comigo. Pois ela teve a coragem de transformar uma coisa que seria boa para mim em uma coisa ruim, em culpa, dizendo para eu pensar no que eu tinha feito durante a viagem inteira. Ou seja, com isto na minha cabeça o começo da viagem foi desagradável e durante o passeio eu tinha lapsos de culpa nos lugares mais improváveis. Eu conseguia ficar triste nos lugares onde estavam todos felizes, era inevitável. Eu sou assim até hoje, mas esta foi a primeira vez que eu me lembro disto acontecer. Parece que as pessoas não querem deixar você ser feliz. Então, esta sensação de tristeza, de culpa, sempre vem nos meus momentos de alegria até hoje, como se fosse um choque de realidade dizendo que eu não mereço aquilo ou que aquilo é passageiro. Não sei se começou ali, mas foi uma das primeiras vezes que eu percebi sofrimento quando deveria sentir alegria.

Isto pode estar relacionado à loucura da minha família porque sempre tinha uma coisa ruim que acontecia em horas que deveriam ser de felicidade. Por exemplo: brigas em festas, brigas em casa antes de ir para a festa, etc. Chega uma hora que a sua cabeça fala: "Fica em casa. É mais fácil. Dá menos trabalho e dá mais alegria.".
  
Acho que a minha primeira crise de depressão foi com 16 anos quando nos mudamos para uma casa longe do centro e eu ficava bastante sozinho, isolado e totalmente deslocado. Um cachorro já quase adulto, grandão, que não tinha uma pata foi morar com a gente. Eu sentia tristeza pelo cachorro e por mim, por estar isolado, sozinho e perdido. O cachorro sem uma pata era para ser meu quando ainda era perfeito, ou seja, com as 4 patas. Aí, na minha casa não quiseram ele (não cheguei nem a ver o bicho) e ele foi levado para uma fazenda. Lá ele sofreu um acidente e perdeu uma pata. Tempos depois, a pessoa que pegou ele não queria mais e ele acabou vindo para a minha casa. Eu já estava meio depressivo e vendo o cachorro sem a pata, "aleijado", eu chorava bastante. Eu não queria aquele cachorro. Eu saía na rua com ele e todo mundo ficava falando "Que dó, o que aconteceu?". Isto foi me dando a impressão de que as pessoas achavam que a culpa era minha. E o meu estado piorava quando pensava nisso. Na época, saber que eu estava ajudando o cachorro não me bastava. Eu tinha a sensação de que eu estava sendo passado para trás: não me deram o cachorro quando ele era perfeito, mas agora que ele era um aleijado e ninguém queria mais, me deram. Eu não quis mais o cachorro. Não sei o porquê, mas logo depois levaram ele embora. Pode ser porque ele já era enorme e todos tínhamos um pouco de medo dele. Não confiávamos 100% porque ele não tinha chegado filhote e sido criado com a gente, tinha chegado adulto. Era um doberman, se não me engano, e apesar de ter 3 patas, era grande e forte. Apesar de ter só 3 patas, a boca dele tinha todos os dentes.  

Minha mãe sempre fez isto (e ainda faz): assume uma responsabilidade e depois foge, obrigando os outros (leia-se eu, o idiota) a fazer o que ela prometeu. O exemplo mais recente foi quando ela pegou um final de semana para cuidar dos netos, mas marcou almoço e deixou os netos para os outros cuidarem. Além disso, ela nem fica com eles, fica fechada no quarto vendo televisão o dia inteiro. Às vezes, me pergunto se eu seria alguém na vida se meus pais fossem outros, se fossem pessoas mais normais.

continua...

Eduardo Franciskolwisk

sábado, 24 de novembro de 2018

Pirâmide de Céstio - Os Segredos de Roma



A pirâmide de Caio Céstio é o único monumento do século I a.C. que ainda está em excelente estado de conservação.


Ela foi construída entre os anos de 18 a 12 a.C. como túmulo para Caio Céstio, um magistrado e membro de um grande corpo religioso de Roma. Caio Céstio era um homem muito rico e quando morreu, deixou em seu testamento o desejo de ser sepultado em uma pirâmide. Ele ordenou que seus herdeiros construíssem o monumento em até 330 dias após a sua morte, sob a pena de não receberem a herança deixada por ele.


Os herdeiros construíram a pirâmide dentro do tempo determinado e, inclusive, em um dos lados da pirâmide há uma inscrição em latim dizendo: "O trabalho foi completo, de acordo com o testamento, em 330 dias por decisão do herdeiro Ponto Mela, filho de Públio dos Cláudios, e Poto, liberto.".


Mas por que um romano construiria uma pirâmide? É porque no ano 30 a.C. o Egito foi conquistado e se tornou uma província de Roma. A partir daí, os romanos passaram a apreciar a cultura da terra dos faraós e tudo o que remetia ao Egito virou moda. Temos como exemplos, as pirâmides e os obeliscos.

Obelisco da Praça São Pedro, Roma

Bem, mas esta história toda não tira a emoção de ver uma pirâmide em estilo egípcio com mais de 2.000 anos de idade no meio da grande cidade de Roma.


A pirâmide tem 36,4 metros de altura e 29,6 metros de comprimento na base quadrada. Ela foi totalmente revestida com mármore branco de Carrara.

Câmara funerária da Pirâmide de Céstio

Dentro, há uma câmara funerária decorada com afrescos onde o corpo de Caio Céstio foi sepultado. Em 1.660, quando a sepultura foi redescoberta, os afrescos já estavam bem apagados e não havia vestígios de qualquer outro objeto. Provavelmente, foi saqueada na antiguidade por ladrões de tumbas.





A pirâmide foi restaurada entre os anos de 2.012 e 2.014. Devido a isto, ela recuperou o seu brilho original.




A pirâmide Céstia fica em Roma, ao lado da Porta São Paulo e do Cemitério Protestante.

À Direita da Pirâmide, é a Porta São Paulo

Escultura de um dos túmulos do Cemitério Protestante

Uma outra curiosidade é que o local onde está a pirâmide virou um santuário de gatos. Então, se você gosta de gatos e de pirâmides, este será um bom lugar para visitar.


Assista ao vídeo do nosso Canal do YouTube sobre este assunto.



segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A Boca da Verdade - Os Segredos de Roma




Datada do século I d.C., La Bocca della Verità ou A Boca da Verdade, em português, é uma imagem de um rosto humanóide esculpida em mármore. Ela tem 1,75 m de diâmetro, 19 cm de espessura e tem um peso de, aproximadamente, 1.200 Kg.

É possível que esta escultura tenha feito parte de uma fonte, de forma parecida como podemos ver na imagem abaixo. Pode ser também que fosse a cobertura de um poço cerimonial. Mas o mais provável é que era apenas uma tampa de esgoto decorativa: pelos orifícios dos olhos, da boca e do nariz passava a água que cairia nos esgotos da cidade.



Acredita-se que a imagem retratada na escultura seja de um dos vários deuses romanos. O mais provável é que seja o deus Oceano. O mesmo deus que está esculpido e representado na Fontana de Trevi.


La Bocca della Verità tem este nome devido a uma lenda que envolve esta escultura desde a Idade Média. A lenda diz que a boca tem poderes para saber se uma pessoa está falando a verdade ou se está mentindo. Ou seja, era um detector de mentiras medieval!


Para saber se uma pessoa estava mentindo ou dizendo a verdade, era necessário que a pessoa colocasse a mão dentro da boca e fizesse uma afirmação. Se ela estivesse mentindo, a boca se fecharia devorando sua mão.


Segundo a lenda medieval, teve um marido que desconfiava de sua esposa e então a levou até a Boca da Verdade para testar sua fidelidade. A mulher fingiu um desmaio e caiu nos braços de seu amante, que a segurou no colo. Depois disso, a mulher jurou com a mão dentro da Boca da Verdade que só tinha estado nos braços do marido e do homem que acabava de segurá-la.


A Boca da Verdade ficou muito famosa no mundo todo devido ao filme Férias Romanas (Roman Holiday), com a atriz Audrey Hepburn e com o ator Gregory Peck. No filme há uma cena em que os personagens fazem o teste da verdade.


A Boca da Verdade está localizada no exterior de uma parede da Igreja de Santa Maria in Cosmedin, que fica na Piazza della Bocca della Verità.


Assista ao vídeo do nosso Canal do YouTube sobre este assunto. 


sábado, 13 de outubro de 2018

Reclamações sobre a minha vida - Parte 2


Continuação das minhas reclamações: para ler a parte 1, clique aqui.

Um outro exemplo de que fui sabotado é que não participei da minha formatura da faculdade. Para mim não tinha dinheiro para pagar a festa (quase não dinheiro nem para a mensalidade), mas para minha irmãs tinha dinheiro até para mandar fazer o vestido. Para minha sorte, nesta época eu já estava acostumado à minha realidade e já tinha fobia social só que eu não sabia. Então, não liguei muito. Provavelmente, minha mãe pensou que íamos de graça como convidado da minha prima que estudou e formou comigo. Só que a comissão de formatura deixou bem claro que ia barrar na porta (mais terrorismo, mais ameaças) formandos que não estivessem participando como pagantes da festa. Ou seja, depois de tantas humilhações por causa de dinheiro e festa que passei na vida, preferi não arriscar me humilhar mais uma vez.

O mais louco é que a minha mãe foi na minha colação de grau e eu não. Se não me engano, ela até chorou de emoção. Diz para mim que eu sou normal! Que tipo de mãe não paga a colação de grau do filho e vai na colação e ainda chora de emoção? Diga para mim que só uma louca faria isto. 

Outra coisa que me incomodou e eu achei absurdo. A faculdade cobrou para participar da colação de grau. Como eu não tinha dinheiro, não participei. Por lei, cerimônia de colação é grátis. Mas na minha vez, tinha que pagar. Era tão errado que atualmente eles não cobram nada. Só tem que pagar a locação da beca. Mas na minha época a lei não valia.

Aí, juntou a fome com a vontade de comer: eu formando num curso que eu não queria e tendo que pagar, sendo que eu não tinha dinheiro. Não fui na minha colação de grau. E achei o máximo quando uma aluna que colava nas provas ganhou o prêmio de melhor aluna do curso. O mundo é todo errado, todos sempre fazem o errado, mas de mim sempre foi exigido o certo.

Mais um trauma da minha vida: quando eu era criança e ia no supermercado com a minha mãe, eu sempre passava vergonha. Depois de fazer a compra do mês, sempre dava problema na hora de pagar. Sei lá, talvez o cheque não tinha fundos, não sei o problema que dava, mas sempre dava merda. Eu me sentia meio envergonhado e passei a ficar com medo de ir nos lugares e passar esta vergonha de novo. Então, passei a evitar de ir. E quando ia, ficava muito ansioso porque tinha quase certeza que o problema ia acontecer de novo. Talvez este seja mais um motivo para a minha fobia social, um dos pontos onde ela começou.

Outra coisa. Quando criança era eu quem fazia banco para minha mãe. Imagina uma criança indo ao banco tirar extrato e pegar talões de cheque. Quando precisava passar pelo caixa, apesar de ser anos 80, eles faziam de tudo para não me dar a porra do que minha mãe tinha mandado eu fazer lá. Muitas e muitas vezes acontecia isto: eu ia, dava errado, voltava para a escola onde ela trabalhava, aí ela ligava no banco, eu ia de novo no banco e aí dava certo. Mas todas as vezes antes de dar certo, dava errado. Isto foi me gerando ansiedade na hora que eu era o próximo da fila. Já ficava imaginando o que ia dar errado. A coisa me incomodava tanto que por muitos anos, de criança até o final meio da adolescência, eu tinha vontade de colocar um bomba naquele banco. Hoje, eu não gosto de ir a nenhum banco presencialmente (nem os bancos querem que nós vamos até lá, vide a porta giratória com sua burocracia para entrar). Só uso pela internet e faço questão de não atender os telefonemas deles. Quando um banco te liga ou é para te cobrar ou é para tentar tirar dinheiro da gente com taxas, cartões de crédito e produtos que são muito vantajosos... para os banqueiros.

Agora, esta é mais uma da imposições que atrapalharam minha vida. Olhando de longe pode não parecer nada, mas para mim que estou dentro é muito desgastante. Minha irmã se mudou de casa e ia vender o guarda-roupa, mas minha mãe quis e minha irmã deu para ela. Como sempre, eu entro na história para tomar no cu bumbum. Eu fui obrigado a ficar com este guarda-roupa no meu quarto. Tive que dar o meu porque era mais porcaria e menor para ficar com o que era melhor e maior. Só que eu não queria. No guarda-roupa que já era meu cabia tudo do jeito que eu precisava dentro do meu quarto. Eu tinha uma cômoda com a televisão numa boa altura. Tinha um espaço para guardar o ventilador quando ele não estava sendo utilizado e o quarto ficava mais livre para andar. Aí, vieram com a imposição de que eu ficasse com o guarda-roupa. Agora a TV fica numa altura baixa e o novo guarda-roupa cobre um pedaço da tela e afeta a visão de quando estou deitado na cama. Ou seja, não dá mais pra ver TV. O ventilador agora fica no meio do quarto o tempo todo, tenho que ficar movendo ele de um lugar para o outro quando tenho que abrir uma porta do guarda-roupa. A cômoda mais alta em que ficava a televisão, teve que sair no meu quarto. Lá dentro tinha um monte de coisa que me ajudava a me organizar. Agora, não é muito útil. Na verdade é, mas como está em outro quarto, agora ficou mais difícil. Então, o guarda-roupa dado de bom grado me atrapalhou a vida. Mas como a geba entra sempre na minha bunda, vou fazer o quê?

Isto me lembrou de quando minha outra irmã morava aqui em casa. Por causa dela me fizeram usar o banheiro do quarto da minha mãe para tomar banho. Então, minha vida é assim: tomo banho em um banheiro, mas escovo os dentes em outro. Faz sentido? Parando para pensar: por que eu tive que fazer isto e não minha irmã? A reposta é: porque quem tem que se foder sou eu, sempre. Hoje, minha irmã não mora mais aqui e eu continuo com o costume sem sentido de tomar banho num banheiro e cagar e pentear o cabelo no outro.

Foi o que fizeram de novo comigo, recentemente, no caso do guarda-roupa: se eu precisar de alguma coisa que está naquela cômoda que estava no meu quarto, agora pra eu pegar tenho que sair do meu quarto e ir para outro quarto pegar o que eu preciso e voltar pro meu quarto. E agora eu me lembrei de outra coisa: no guarda-roupa anterior era só abrir a porta que eu precisava. Neste novo, dependendo da porta que eu preciso abrir, tenho que abrir uma outra porta para abrir a porta que eu preciso. Então, eu fecho a porta que eu não preciso. Aí, para fechar é a mesma coisa, tenho a abrir uma porta para conseguir fechar a outra, senão não fecha direito. Além disso, a porta que eu mais uso do guarda-roupa não abre se a porta do quarto estiver aberta. Depois eu não posso ser maluco? Que sentido faz isto? Que sentido faz viver e se ferrar a favor dos outros? Por que a vida dos outros não foi ferrada na mesma proporção?

continua...

Eduardo Franciskolwisk

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Reclamações sobre a minha vida - Parte 1


Neste ano, prometi para mim mesmo que postaria pelo menos 1 texto por mês. No ano que vem, eu não sei se vou continuar a tentar dar tanta atenção a este blog. Como todos sabem, a época dos blogs já se foi. Hoje, tem mais atenção quem se expressa usando o Youtube. Não acho que os blogs irão morrer, mas acho que vão ficar de escanteio assim como o rádio ficou com a chegada da televisão.

Hoje vou falar do meu estado de ânimo dos últimos meses. Não é nada legal. Talvez eu esteja com distimia (olha eu me auto diagnosticando de novo). É um tipo de depressão crônica. Procurem no Google para saber mais sobre o assunto.

Não tenho mais vontade real de fazer nada. As coisas que antes me davam prazer não dão mais.

Talvez eu seja um azarado em relação à vida. No meu caso, as coisas ruins acontecem mais do que coisas boas. Agravante: as pessoas fazem estas coisas ruins acontecerem. Pode ser uma falta de educação (ar de superioridade) com uma faxineira ou um escândalo por esquecer um objeto sem muito valor na praia. Estou reclamando de todas as coisas ruins que alguém escolheu que acontecesse. Não estou falando de uma doença fatal descoberta de um dia para o outro, nem de uma enchente que destruiu sua casa e seus móveis. Disso não temos nenhum controle. Mas foram coisinhas minúsculas, detalhes imperceptíveis para os outros que destruíram a minha vida para sempre porque fulminaram a minha forma de pensar. A dor maior é isso: fizeram uma escolha. Decidiram me prejudicar, me fazer mal. E - tcharam - conseguiram.

Não estou culpando só os outros por eu ter uma vida desgraçada. Culpo a mim também. Mas quero deixar bem claro: muitas pessoas contribuíram para que a minha cabeça chegasse onde chegou. Alguns mais, outros menos.

Antes eu gostava de escrever. Ainda gosto, mas não é mais uma coisa natural, é uma coisa que está ficando maçante demais para mim. Nunca fui incentivado de verdade verdadeira. Uma vez ganhei um prêmio e não pude ir receber porque "não tínhamos" dinheiro. Hoje, olhando por um lado, poderiam ter feito um esforço maior e me proporcionado aquilo, mesmo que fosse um prêmio comprado, como agora, 17 anos depois, eu desconfio que seja.

Nunca tinha dinheiro para mim, mas para minhas irmãs tinha. Então, eu virei um ser que consegue viver sem muitos luxos. O que de uma certa forma veio fazer uma diferença gritante em nossas vidas atuais. Eu acho que nossas vidas não tem mais nada a ver e quanto mais distante ficarmos, melhor será para todos.

Eu me lembro do dia que quase larguei o curso de farmácia porque não tínhamos dinheiro para pagar. Tivemos que pedir, conversar e praticamente implorar por uma bolsa para mim de 50%. Me senti um pouco humilhado com isto por 2 motivos. O primeiro é que eu tinha passado em 1º lugar e não me deram bolsa nenhuma. Um tempo depois, ele davam (e talvez ainda deem) 100% para o primeiro colocado. O segundo motivo é que na minha vez de fazer faculdade, tive que passar por esta humilhação de ficar mendigando bolsa para os outros e antes, quando foram minha irmãs que fizeram faculdade, não teve disso não. Uma fez Odontologia (muito mais caro que farmácia) na mesma faculdade que eu e a outra estudou Letras numa faculdade pública em outra cidade. Quer coisas mais cara do que morar em outra cidade? Praticamente gastava mais do que eu morando em casa, com 50% de bolsa de estudos, indo de bicicleta para faculdade e almoçando bolacha que custava 1 real o pacote.

Eu me lembro de um passado recente de ir em aniversários de pessoas da família e na hora de ir embora, eu ficava meio atordoado, porque minha mãe tinha ido embora sem dizer nada e me deixado para trás. Isto é uma coisa que alguém normal faça? E vocês acham que isto não afetou minha auto-estima de alguma forma?

Me lembro também do dia que minha mãe destruiu meu quarto. Arrebentou, jogou tudo para o chão, quebrou a melhor luminária que alguém poderia ter. Eu tinha uns 17 anos e este episódio foi muito importante pois quase fez com eu terminasse tudo ali. Quase que eu não tive continuação.

Depois de adulto fiquei sabendo de uns lances de relacionamentos que perdi porque não me ajudaram ou me deram uns toques.

Tudo comigo foi meio jogado. Sempre tive que me virar sozinho. As pessoas olham para mim como se eu fosse uma pessoa mimada e que sempre teve tudo nas mãos, mas a realidade é completamente oposta. Na minha vez, tudo era de qualquer jeito, como desse para ser era; se não desse, paciência. Se por um lado me fez uma pessoa independente, que sabe se virar sozinho, por outro me mostrou que eu não preciso das pessoas. Por que eu viveria com alguém que só vai me encher o saco e arrumar problemas se eu consigo fazer tudo sozinho do meu jeito e sem dor de cabeça? Claro, depois que a gente cresce percebe que as coisas não são tão assim preto no branco.

Tem uma outra coisa que sempre me intrigou bastante: minha mãe sempre disse que meu pai era bunda mole. Ela falava isto para na cara dele mesmo. Que ele não conseguia fazer nada sozinho, que era um imprestável, que sempre pedia ajuda. Pois bem, ela me comparava (e compara) a ele muitas vezes na minha vida. Tanto é que eu odeio comparações, principalmente se for me comparar com ele. Um exemplo: tenho que levar este sofá para dentro da casa. Sei que não consigo e peço ajuda. Então, ouço da minha mãe que pareço meu pai por pedir ajuda por uma coisa que um homem teria que fazer sozinho. Moral da história: não pedia ajuda. Se tivesse que pegar um elefante e colocar ele em cima do armário, eu ia que fazer isto sozinho, mesmo sendo humanamente impossível e o elefante não cabendo em cima do armário. É uma mistura de humilhação com frustração, não sei explicar. Eu era obediente e acreditava nas mentiras que me contavam. Sei lá,  acho foi a minha imaturidade de criança junto com a crença de que pais sempre querem nosso bem, que nunca mentem, que me fazia tentar alcançar o impossível.

continua...

Eduardo Franciskolwisk

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Quando a ternura vai embora




Ternura é quando uma pessoa tem sentimentos afetuosos, ou seja, é quando ela sente ou desperta afeto nos outros. Ternura é carinho, meiguice, é gentileza. É quando a bondade inspira nossas ações. Você faz o bem para ver o outro bem e, então, se sente bem. Ela deveria ser uma das bases para os relacionamento entre as pessoas. Mas não é.

Parando para pensar, conheci poucas pessoas ternas no mundo. A maioria é grossa, mal-educada e altamente focada no próprio umbigo. Onde moro, tanto aqui em casa quanto na sociedade lá fora, não há ternura. E eu me pergunto: será que sou eu que tenho azar ou ternura é coisa rara de se achar por aí?

Posso estar errado, mas sempre tentei ser uma pessoa terna. E ternura em homens é considerado viadagem, fraqueza; é um ponto negativo. Mesmo assim, insisti, achava que este era o melhor caminho. Insisti nisto por anos, na verdade foi por mais de 3 décadas. Deu errado! Quebrei a cara. A voz do grilo falante lá no fundo da minha inconsciência disse sabiamente: “Volta que deu merda!”.

Se deu tão errado assim, claramente a solução é fazer tudo ao contrário do que eu fazia antes. E passei a deixar a ternura de lado e a tentar ser mais parecido com as outras pessoas. Lógico que eu consegui. É muito fácil agir sem se importar com os outros, olhá-los e analisá-los com deboche e rir de seus defeitos físicos, mentais ou morais. É facílimo ver em cada ação das pessoas uma segunda intenção, um interesse implícito. Então, deixei a ternura de lado.

Nem os que vão à Igreja todos os domingos se esforçam para alcançar a ternura. Elas dizem “Amém” e, lá fora minutos depois, pegam um rolo compressor e passam por cima das outras pessoas sem nenhuma sombra de dúvidas, sem nem cogitar a hipótese do mal que fazem aos outros. Sem nem lembrar do que seu Deus lhes ensinou.

Outra coisa que me incomodava bastante é a agressividade gratuita das pessoas. Ainda me incomoda, mas, pasmem, já me acostumei. De tão acostumado, agora eu sou o agressivo. Como se “A melhor defesa é o ataque” fosse a melhor saída para uma vida mais leve. Não é, mas é um caminho para dizer às pessoas que “Quem planta vento, colhe tempestade”. Talvez assim me deixem um pouco em paz.

De forma geral, minha vida sempre foi cheia de terror. Era muito comum as pessoas me ameaçarem ou me aterrorizarem. Elas criam um medo que não existe a não ser na sua cabeça e você fica refém daquilo para quase todo o sempre. Coisas que não fazem nenhum sentido para um adulto, mas que acabam com a vida de uma criança ou adolescente. “Esta matéria é muito difícil, se não estudar você vai repetir de ano.” “Quando você tiver uma namorada, vou contar tudo o que você faz ou é de ruim e ela vai te deixar.” “Se você repetir de ano, eu te arrebento” “Não faz assim, você vai me matar deste jeito”. Onde está a ternura em viver um vida ouvindo este tipo de coisa? Não sei se foi a sociedade que se perdeu ou se foi eu que tive uma vida azarada, só com as pessoas erradas.

Por causa disso tudo, um dia eu acordei e percebi que a ternura já não existia mais em mim. Ela havia ido embora. E quando a ternura vai embora, ela não volta. Ela deixou um buraco bem grande em mim e levou consigo minha esperança, minha energia, meu otimismo, minha felicidade e minha fé nas pessoas.

E foi só tudo isto que eu perdi.

Eduardo Franciskolwisk

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Será que eu tenho Síndrome de Asperger?




Acho que tenho Síndrome de Asperger. Já tinha pensado nisto algumas vezes, mas na semana passada esta ideia veio forte na minha cabeça e ficou por um bom tempo. Então, fui dar uma pesquisada na internet sobre o assunto e talvez eu tenha mesmo Asperger.

Nenhum médico ou psicólogo nunca levantou esta suspeita sobre mim. Sou eu mesmo que estou desconfiado. Então, posso estar bem errado nas coisas que vou dizer e confundindo Asperger com as minhas Fobia Social e Depressão, salpicadas de uma certa desistência da vida e da humanidade.

A Síndrome de Asperger é uma condição neurológica caracterizada por dificuldades de interação social, comunicação e comportamento. Antigamente, ela era considerada um quase autismo, mas que não chegava a ser. Hoje, a Síndrome de Asperger é considerada uma forma de autismo, mas é a forma mais leve (nível 1).  

Os sintomas da Síndrome de Asperger estão abaixo em azul. Em preto, são meus comentários pessoais sobre aquele sintoma.


Problemas com habilidades sociais

Crianças com Síndrome de Asperger geralmente têm dificuldade para interagir com outras pessoas e muitas vezes comportam-se de forma estranha em situações sociais. Portadores desse distúrbio geralmente não fazem amigos facilmente, pois têm dificuldade para iniciar e manter uma conversa.

Eu tenho muita dificuldade de interação social e acho que ajo de forma estranha quando vou a algum lugar cheio de pessoas, como festas ou restaurantes. Eu me sinto diferente, é como se eu não estivesse dentro de mim, ou melhor, é como se minha consciência (ou alma) perdesse o contato com o meu corpo e eu passo a fazer as coisas meio que mecanicamente.
Não tenho amigos e acho dificílimo fazer um amigo. Na verdade, meu caso está tão feio que até colegas está difícil de aturar.
Tenho dificuldades de iniciar conversas porque sempre acho que vão me deixar no vácuo ou penso que vou incomodar a pessoa.
Em relação a manter conversas, depende muito da outra pessoa. Se gosto dela e acho que ela gosta de mim, consigo manter a conversa. Mas ultimamente estou sem paciência para conversas em que o outro que impor suas filosofias de vida e pensamentos para dentro da minha mente. Se eu não gosto da pessoa ou acho que ela não gosta de mim ou as duas coisas juntas (a gente não se gosta), eu tento limitar a conversa ao máximo. Não faço questão de manter papo nenhum. Quanto menos conversar comigo, mais vantagens eu vou ter. Então, prefiro sair no lucro e ser monossilábico.  


Comportamentos excêntricos ou repetitivos

Crianças com essa condição podem desenvolver um tipo de comportamento anormal, que envolve movimentos repetitivos e estranhos, como torcer mão ou os dedos.

Neste item, eu acho que não me encaixo.


Práticas e rituais incomuns

Uma criança com Síndrome de Asperger pode desenvolver rituais que ele ou ela se recuse terminantemente a alterar, como se vestir obrigatoriamente em uma ordem específica, por exemplo.

Não que eu me recuse terminantemente, mas eu sempre tento me vestir em uma ordem específica. Na hora que eu levanto também tenho um ritual: fazer xixi, tomar remédio e escovar o dente. Se eu altero a ordem de colocar a roupa ou do que faço de manhã, com certeza vou esquecer alguma coisa. Então, para facilitar a vida, sigo uma rotina, ou seja, uma ordem para fazer as coisas. Faço isto com tudo. No trabalho, em casa. Se eu não fizer isto é certeza que uma hora vai dar merda.


Dificuldades de comunicação

As pessoas com este transtorno costumam não fazer contato visual ao falar com alguém. Elas podem ter problemas ao usar expressões faciais e ao gesticular, bem como podem apresentar dificuldade para compreender a linguagem corporal e a linguagem dentro de um determinado contexto e costumam ser muito literais no uso da língua.

Em algumas situações tenho dificuldade de olhar nos olhos quando falo com alguém. Na verdade, tenho dificuldade até de falar com a pessoa. Quando acho que a pessoa está acima de mim de alguma forma, eu a evito.
Tenho dificuldade de compreender as pessoas (rosto, corpo e gesto) em situações de possíveis relacionamentos amorosos. Por isto, quase não tenho relacionamento nenhum. Acho tudo bem confuso e tenho quase certeza de que a intenção é esta mesma. Isto me deixa perdido, tão perdido que até hoje não me encontrei.
Quanto ao uso literal da língua, apesar de me confundir às vezes, acho que não tenho este problema. Entendo metáforas e ironias, mas, às vezes, não. Já quanto as piadas, eu entendo, mas mesmo que ela sejam engraçadas, dependendo de quem conta, não tenho vontade de rir. Eu penso “Esta pessoa tem problemas mentais. Ontem ela estava fazendo de tudo para me foder prejudicar, hoje está me contando piadas. Ela acha mesmo que eu vou rir?” O máximo que eu faço é um sorriso falso e amarelado.


Poucos interesses

A criança com Síndrome de Asperger pode desenvolver um interesse intenso e quase obsessivo em algumas atividades e áreas, tais como prática de esportes, clima ou até mesmo mapas.

Não acho que sou obsessivo com alguma atividade ou interesse. Mas tem vezes que minha cabeça fica meio atordoada e eu não consigo parar de pensar determinada coisa. Esta coisa entra na minha cabeça e demora muito para sair: um assunto, uma briga, um fantasia, etc.


Problemas de coordenação

Os movimentos de crianças com Síndrome de Asperger pode parecer desajeitado ou constrangedor.

Eu acho que sou meio esquisito. De vez em quando, eu esbarro metade do meu corpo na parede da porta quando vou passar. Não tenho uma boa coordenação quando vou jogar esportes em grupo, então prefiro esportes individuais como natação e andar de patins.
Acho que a minha coordenação motora não é muito boa por que eu não consegui terminar o curso de datilografia e minhas irmãs conseguiram. Eu não lembro se reprovei na prova final ou se a professora me passou por compaixão. Mas acho que reprovei mesmo...


Habilidosos ou talentosos

Muitas crianças com Síndrome de Asperger são excepcionalmente inteligentes, talentosas e especializados em uma determinada área, como a música ou a matemática.

Não me acho burro, mas também não sou excepcional. Acho que sou um pouco melhor em algumas coisas, mas muito longe de ser uma facilidade inata. É mais por necessidade de não passar fome ou por medo de acontecer alguma coisa. Eu sofri muito e abri mão de inúmeras coisas para ser melhor que os outros em algumas atividades ou para conseguir algo.


Sensibilidade sensorial

Pessoas com Síndrome de Asperger também podem experimentar maior ou menor sensibilidade a sons, toques, gostos, cheiros, luz, cores, temperaturas ou dor. Por exemplo, eles podem encontrar certos sons de fundo, que outras pessoas ignoram ou bloqueiam, insuportavelmente alto ou distrativo. Isso pode causar ansiedade ou até mesmo dor física. Ou eles podem estar fascinados por luzes ou objetos giratórios.

Uma coisa que eu tenho e costumo me imaginar o Superman por isso é a sensibilidade com sons. Não sei se é exagero dos outros (volume muito alto), mas consigo ouvir a TV do quarto do lado como se estivesse no mesmo cômodo que o meu. Teve uma época (bem longa) que não conseguia dormir por isto. Me incomodava muito e a minha mãe não desligava a TV ou diminuía o volume. Então, eu dormia mal. Não gosto de dormir com a TV ligada a noite toda.
Tem vezes que eu tenho que ir lá na sala ou no quarto ao lado porque o volume está alto. Aí, quando chego para abaixar o volume já está baixo, então, tenho que abaixar ainda mais porque mesmo estando baixo, me incomoda.
Outra coisa é o som do portão lá da frente abrindo, eu sei que vai entrar alguém. Dependo do barulho eu sei até quem é.
Às vezes, escuto as portas dos carros batendo lá fora na rua ou o “bip bip bip” do temporizador do alarme do vizinho do outro lado da rua. 


Eu não sei se tenho a Síndrome de Asperger, mas sou esquisito o suficiente para que isto seja possível. Em alguns sintomas eu me encaixo, em outros nem tanto. Vendo vídeos de pessoas "aspies" no YouTube me identifiquei bastante. Porém, isto não é o suficiente para um diagnóstico.

Eduardo Franciskolwisk

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