Estou de férias. E é
só. Podem ir embora. A novidade era esta. Não tenho mais nada a acrescentar.
Eu gostaria de dizer
que vou viajar ou fazer coisas legais, mas não é isto que acontecerá. Até
descansar eu não posso dizer que estou conseguindo porque tenho arrumado
algumas coisas aqui em casa e fiquei mais cansado do que trabalhando
normalmente.
Quando eu foco em uma
coisa, eu esqueço de tudo. Nem para comer eu parei. Foi coisa de umas 10 horas
direto por alguns dias. Eu simplesmente tenho dificuldade de arrumar e de me
desfazer de algumas coisas. Mas joguei bastante coisa fora.
Eu queria muito ir
viajar, mas eu não tenho a menor vontade de ir. Não é contraditório? É
esquisito. Quero viajar, mas me dá um desânimo. Eu imagino muitas coisas.
Viajar e fantasiar situações na minha mente tem sido suficiente por um lado e
ruim por outro porque me sinto frustrado.
A viagem na minha
mente ou assistindo vídeos do YouTube sobre os lugares tem sido bastante
confortável. Na viagem real podem acontecer problemas e se tiver pessoas na
viagem, o problema é garantido porque as pessoas adoram arrumar problemas e
confusão por qualquer besteira.
Pessoas é igual
problemas.
Eu queria muito ainda
ter a magia que as pessoas têm em suas vidas. Mas eu não tenho. Ouso dizer que
as pessoas que têm magias em suas vidas são aquelas que transformam a vida dos
outros em um inferno. São aquelas pessoas sem noção de tudo, sem noção de
realidade e sem noção de espaço.
Me dá um desânimo
muito grande de viajar e saber que eu vou me estressar mais do que ficando em
casa. Me sinto um idiota em pagar caro numa viagem para outro país e ser
maltratado pelo povo local.
Além disso, depois
que a gente se frustra com alguma coisa, a gente vira um ThunderCat com a
Espada Justiceira: ganhamos visão além do alcance.
Aquele brinquedo não
fazia tudo o que fazia no comercial. Aqueles passeios da CVC não eram tão
legais quanto pareciam no roteiro da viagem.
Viajar para lidar com
pessoas mal-educadas ou que arrumam problemas onde não tem ou que te enganam?
Não, obrigado.
Outro ponto
interessante é que eu me sinto meio preso às responsabilidades. Não sinto
felicidade sabendo que não sou livre de verdade porque tenho sempre que voltar
para um lugar torturante. Será que vou ser feliz depois de aposentado?
Lembro que quando
criança, eu ia passar uns dias na casa da minha tia com os meus primos. Quando
eu voltava, sentia uma sensação de tristeza muito grande. De voltar para o
lugar onde me fazia mal, onde não havia felicidade.
Talvez eu não queira
viajar porque depois da partida, tem sempre a chegada. A hora da volta sempre
foi um retorno a uma vida de problemas, tristezas e responsabilidades. Voltar à
realidade. Eu me lembro até hoje do meu coração queimar.
Eduardo Franciskolwisk
Olá Eduardo. Espero que tenha aproveitado os últimos dias de férias. Nós temos de aproveitar o que a vida nos dá.A água que passa nas margens num rio nunca voltará a passar por lá. Apesar do meu diagnóstico severo de há 15 anos eu agarrei a tudo que aparecia e hoje tenho uma vida muito razoável. Estou certa que se o Eduardo for positivo coisas positivas acabaram por lhe acontecer. Eu faço assim e dá resultado. Cumprimentos.
ResponderExcluirOlá, Senhora do Trevo
ExcluirDá pra ver que vc tenta levar uma vida positiva, vc tem sempre uma palavra de esperança para dizer. Fico feliz com isto.