Lendo o livro “Ostra feliz não faz pérolas” de Rubem Alves (ainda não terminei) fiquei pensando em 2 pontos.
1) O primeiro ponto é quando ele dá dica para quem quer ser escritor. Rubem Alves diz que literatura é mostrar conchinhas. Ele diz “O que torna a conchinha importante não é o seu tamanho, mas o fato de que alguém a cata da areia e a mostra para quem não a viu.”.
Fui mais além. Isto me fez pensar que a internet é muito grande. Há páginas e mais páginas de escritos jogadas mar adentro. Mas o que faz um texto meu ser importante é se alguém o encontra sem querer e o cata para si, guardando-o para sempre dentro do coração e da cabeça.
No meio de tantas, a minha conchinha foi a escolhida para ser admirada e aliviar (ou incomodar) aquela pessoa. E depois disso, a pessoa nunca mais será a mesma.
Então, quando isso acontece, eu fico feliz. Mesmo que sejam pouquíssimas vezes.
2) O segundo ponto que gostei foi quando Rubem Alves conta que um amigo seu sempre o corrigia quando ele cometia algum deslize na língua portuguesa. Depois ele escreve: “O que me deixa triste sobre esse amigo é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.”.
Eduardo Franciskolwisk
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