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domingo, 26 de maio de 2024

O Cachorro e a Bosta

Como a vida pode mudar de um segundo para outro, não?
 
Este domingo estava tudo tranquilo. De repente mudou tudo. E eu que estava de boa na lagoa, fiquei putaço.
 
Se tem uma coisa que me irrita é ter que limpar bosta de cachorro. E ultimamente tenho limpado até a bunda peluda dele com papel higiênico. Faço isso pra ele não entrar na casa e sentar com o traseiro tudo sujo de cocô no chão, deixando a bosta ali carimbada.
 
Como eu disse, estava tudo tranquilo e o cachorro foi lá pra fora. Aí, eu já saquei que ele ia fazer cocô. Eu já sou PhD em saber quando ele cagou. Dito e feito. Ele tinha cagado perto do portão.
 
No momento em que eu ia limpar o interfone tocou. O cachorro ficou maluco de ansiedade. Encarnou o Taz parecendo um furacão e fez de tudo pra ser notado: latiu, rodou igual pião, deu um duplo triplo twist carpado e, nesta explosão de felicidade, pisou no cocô que ele mesmo tinha acabado de fazer.
 
Aí, saiu andando com uma pata embostejada e carimbava o chão de bosta por onde pisava. Não bastava eu ter que limpar um cocô, eu teria que limpar vários locais sujo de merda.
 
Na hora o sangue já me subiu à cabeça e fiquei nervoso. Puto.
 
Já comecei a limpar na hora porque se a bosta seca, fica muito mais difícil limpar. Comecei pelo cachorro. Lavei as 4 patas para garantir que não ia carimbar mais nada, mesmo ele tendo pisado com uma pata só. Depois, limpei o chão.
 
Vocês não imaginam a felicidade que me dá em limpar bosta de cachorro. Eu acordo todas as manhãs cantando: “Hoje feliz serei,
porque muita bosta limparei” – no estilo Roberto Carlos.
 
Sério mesmo: eu odeio limpar bosta de cachorro. E aqui em casa ninguém ajuda. O cachorro não é meu, não fui eu quem pegou ele, mas sou eu que dou comida, água, passa remédio e limpa a bosta.
 
Lá fora no portão, era a minha irmã que trouxe o caos junto com morangos. Ela não ficou nem 1 minuto completo. Se ela não tivesse vindo aqui, nada disso teria acontecido. É o efeito borboleta, um acontecimento causa outro acontecimento que, por sua vez, gera outro acontecimento e assim vai sucessivamente até dar merda. Ou seja, no final tudo vira bosta.
 
E eu já sei, sou eu quem vai ter que limpar.
 
Eduardo Franciskolwisk

5 comentários:

  1. Olá Eduardo. Não me leve a mail mas acho que está a fazer uma tempestade num copo de água. Quem tem animais uma vez por outra acontece isso. Mas em compensação o amor que nos dão supera tudo. Eu já me tinha questionado se o Eduardo teria animais de estimação. Mas para o Eduardo estar a dar importância a um problema que não tem problema nenhum é quanto a mim porque a medicação não está na dosagem certa. Já tomou paroxetina. Para mim funciona muito bem. Também já tinha questionado o Eduardo se faria psicoterapia. Isso ajuda bastante. Espero que as coisas corram melhor. Bjs

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    1. Olá, Senhora do Trevo

      De vez em quando me dou o direito de fazer tempestade em copo d´água. Todo mundo faz, por que não eu?

      Eu estou num nível de apático de emoção, então não vejo tanta compensação no amor que o cachorro me dá.

      O Eduardo vê problemas onde não tem porque foi ferrado por pessoas que criavam problemas aonde não tinha. Eu o Eduardo passa a vida prevendo problemas. E ele é bom nisso, embora seja torturante.

      Não entendi nada da parte de medicação certa.

      Não me lembro de tomar paroxetina. Acho que nunca tomei.

      Atualmente, o Eduardo não faz psicoterapia. Ele fugiu. Um dia o Eduardo percebeu que não estava adiantando muita coisa. Ele achava que nem a psicóloga estava aguentando ele. Então, ele deu um tempo.

      Obrigado pelo comentário.

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    2. O Eduardo deve estar muito em baixo. Por isso é que falei que a medicação devia ser revista para se adequar mais ao sue estado. Pelas suas palavras nota-se que o Eduardo se encontra numa depressão profunda e iso é muito difícil. Tem de lutar.

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  2. É esse tipo de texto que eu gosto quando você escreve, é meio crônica, meio desabafo... uma delícia de ler hahahhaah

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    1. São mais fáceis de escrever pq já vêm prontos. É quando a rebeldia encontra a inspiração.

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