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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Setúbal - Viagem a Portugal e Espanha


Dia 5 – Setúbal

Manhã

Este dia foi o primeiro em que fizemos check-out em um hotel. Na verdade só tomamos café da manhã, entregamos as chaves na portaria e montamos no ônibus. Não fizemos mais nada. Como fomos com a CVC e com a Special Tours também não precisamos pagar a taxa turística, que é um imposto cobrado por cada noite dormida naquela cidade. Também é conhecida como taxa de dormida em Portugal (ou tassa di soggiorno, na Itália).

Na hora de entregar as chaves – que hoje em dia é um cartão – na portaria eles apenas perguntam se consumimos alguma coisa do quarto. Se a pessoa consumiu, terá que pagar naquele momento. Se não consumiu nada é só entregar as chaves e subir no ônibus.


Rumo a Setúbal

Estava todo mundo no ônibus. Antes de partir, a guia perguntou se as malas pretas que estavam no saguão do hotel eram de alguém que estava naquele ônibus. No começo todo mundo ficou confuso. Eu até desci para olhar se era a minha mala. Mas não era. A guia perguntou de novo. E depois perguntou mais umas 200 vezes. Todo mundo respondeu que não. A mala não era de ninguém. Então, o motorista ligou o ônibus e partimos rumo à cidade de Setúbal.

Quando estávamos quase chegando, o celular da guia tocou e era do hotel avisando que o dono das malas pretas tinha esquecido elas. Pelo nome eles sabiam de quem eram as malas e esta pessoa estava na excursão da guia.

Todo mundo ficou de boca aberta porque a pessoa esqueceu a mala mesmo sendo avisado muitas vezes. Na verdade, o homem não se importou se era ou não a bagagem dele. Ele só foi se importar quando ficou sabendo que a bagagem dele iria de Lisboa até Setúbal de táxi e ele teria que pagar a corrida. Em euros. Aí, ele se achou injustiçado! Mas todo mundo achou que ele foi muito burro.

Então, aqui está uma dica valiosa: é muito importante subir no ônibus, mas só depois que a sua bagagem estiver dentro dele também. Você tem que entregar e ver sua bagagem sendo colocada lá dentro do bagageiro.


Setúbal

Setúbal é uma cidade litorânea. As praia de lá são lindas, mas eu não conheci nenhuma. Nesta cidade, está o Convento de Jesus, mas eu não passei nem na frente dele. Outro ponto turístico interessante em Setúbal é o Forte de São Filipe, mas eu não vi nem de longe.

Este é o problema de fazer uma viagem conhecendo muitas cidades em poucos dias. Você vai em um lugar que nunca foi antes e nas poucas horas que estiver lá, conhecerá muito pouco dele.

Setúbal deve ser uma cidade muito bonita e interessante, mas foi o lugar mais chato desta minha viagem para Portugal e Espanha. Não conheci lugares muito interessantes e a chuva fina que caía me desanimou de explorar um pouco mais.

Os locais que conhecemos foram a Praça do Bocage e a Igreja de São Julião, que fica na mesma praça.


Praça do Bocage

Estátua de Bocage, poeta
português nascido em Setúbal

A praça do Bocage é uma praça bonita e que tem uma estátua do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, nascido em Setúbal. Eu sempre confundo ele com o Gregório de Matos, conhecido como Boca do Inferno. Não tem nada a ver um com o outro além do fato de que os dois são conhecidos por um nome que tem a palavra “boca”: Bocage e Boca do Inferno. É por isto que, de vez em quando, acho que sou meio disléxico.

Eu até procurei um poema ou frase de Bocage que me agradasse para publicar aqui, mas não achei nenhum. Então, é só isto mesmo. Ele foi um homem que eu estudei na escola e que escrevia poemas. De forma geral, eu não gosto de poemas.

Base do Monumento à Bocage

Detalhe do Monumento à Bocage


Igreja de São Julião

Igreja de São Julião, na praça do Bocage

Porta da Igreja de São Julião,
estilo manuelino.
  
A igreja de São Julião é uma igreja de verdade. É escura, úmida, fria, com muitas imagens, muitos símbolos e vários altares bem trabalhados nos detalhes; além do cheiro peculiar de coisa velha. É uma igreja de verdade porque mete medo na gente.

Altar principal da Igreja de São Julião

Interior da Igreja de São Julião

A igreja foi fundada por pescadores no final do século XIII e destruída diversas vezes por tremores de terra. O rei D. Manuel I mandou reconstruí-la em 1513. As obras aconteceram de 1516 a 1520. Foi destruída pelo terremoto de 1531. E novamente reconstruída em 1570. Foi destruída de novo pelo terremoto de 1755. Mandaram mais uma vez reconstrui-la no final do século XVIII. Agora estamos esperando Deus enviar o próximo terremoto porque já deu pra perceber que é um ciclo sem fim. Deve ser por isso que é uma igreja muito malconservada.

Muitos dos azulejos que contam a vida de São Julião estão danificados, mas eles são interessantes. O que mais me chamou a atenção foi um em que 3 pessoas são queimadas. E aqui eu volto a dizer que a Igreja Católica faz questão nos lembrar que o inferno existe e que os fiéis vão queimar no inferno se cometerem pecados. E se fosse na época da Inquisição, os pecadores queimariam aqui no plano terrestre também.

Azulejo da Igreja de São Julião, em Setúbal.
“Deus é amor fervor”
Um lembrete do inferno.

No outro azulejo, São Julião é degolado junto com o menino Celso e outros. “Vinde a mim as criancinhas” pois vou assustar todas elas na Igreja.

Estes azulejos são de perder a cabeça.

No entanto, do momento em que eu entrei na Igreja de São Julião até o momento em que saí, o que mais me chamou a atenção foi um símbolo. Um triângulo cercado com raios de luz. Imediatamente pensei no “Olho que tudo vê” e me perguntei: “O que um símbolo maçom faz em um igreja católica?”

Símbolo do “Olho que tudo vê”

O símbolo que estava na igreja era muito parecido ao “Olho que tudo vê”. A única diferença era que no símbolo da igreja faltava o olho dentro do triângulo. Eu desconfio que este olho tenha sido retirado depois que perceberam a cagada que fizeram. Mas é possível que o símbolo tenha sido colocado lá sem o olho mesmo. O triângulo equilátero representa a Santíssima Trindade, ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Os raios de luz que saem do triângulo representam a divindade, é o símbolo máximo da espiritualização. Na bíblia, Jesus diz: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não caminhará na escuridão e terá a luz da vida." - João 8,12.

O quase “Olho que tudo vê” da
Igreja de São Julião, em Setúbal

Consegui achar este símbolo em pelo menos 3 locais na Igreja de São Julião. Seria este um símbolo cristão ou um símbolo illuminati? Os Illuminati são um grupo secreto, principal inimigo da Igreja Católica, que tenta implantar a Nova Ordem Mundial – uma espécie de governo global dominado por meia dúzia de mentes brilhantes.

Triângulo cercado por raios de luz.
Seria um símbolo católico ou illuminati?

Interior da Igreja de São Julião
O mesmo símbolo pela 3ª vez.
  
Acho melhor eu parar de falar sobre os Illuminati, não quero ser assassinado e, depois, tudo ficar parecendo que foi um acidente. Adoraria voltar a falar de Setúbal, mas não conheci mais nada por lá. Seguimos viagem. A próxima postagem será sobre Évora, ainda em Portugal.
  
Eduardo Franciskolwisk

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